3 MVPs da 5ª jornada do Mundial de Rugby 2023
Os três últimos grandes MVP’s da fase-de-grupos deste Mundial de Rugby 2023, com Damian Penaud a ter marcado esta 5ª jornada não só pelos ensaios, mas por muito mais!
DAMIAN PENAUD ACELERA PARA O ENSAIO
Intratável… é o adjectivo que melhor se aplica a Damian Penaud, aquele que é capaz de ser o melhor ponta da actualidade, com o francês a ser um constante problema de quase impossível resolução para qualquer equipa e oposição.
Penaud saiu com mais dois ensaios desta jornada, para além de 100 metros de conquista, duas quebras-de-linha e oito defesas batidos, construindo ainda mais dois ensaios que os Les Bleus conseguiram concluir para sair de Lyon com uma esmagadora vitória frente à Itália.
O ponta seja a jogar ao pé, na perseguição às bolas altas, no confronto físico, ou na constante agressividade táctica, com Ange Capuozzo a sentir profundas dificuldades para ampará-lo.
É uma das melhores armas da França e uma que será fulcral frente aos Springboks nos quartos-de-final do Mundial de Rugby 2023.
PETER O’MAHONY É REI E SENHOR DA ESCÓCIA…
Gary Ringrose, Jamison Gibson-Park, Tadhg Beirne, ou Caelan Doris registaram prestações de excelência na esmagadora vitória ante a Escócia, mas o nosso MVP desse encontro vai para o “bully” do Trevo, Peter O’Mahony.
Não há dúvidas que é um dos melhores asas a nível mundial dos últimos quatro anos, açambarcando a maioria dos portadores de bola de uma forma conclusiva, como aconteceu nesta última jornada da fase-de-grupos do Campeonato do Mundo 2023.
Porém, não foi só aí ou nas portagens de bola de alto impacto que se mostrou em alta, pois o seu papel enquanto líder foi também ele fundamental, para além de ter conseguido entrar dentro da cabeça dos escoceses e a criar uma influência altamente negativa na forma como estes se movimentavam.
É só ver no o efeito na formação-ordenada e como foi empurrando Jack Dempsey ou Ali Price a se precipitarem e optarem pela pior opção possível, com o asa a devorá-los de imediato ou a, pelo menos, deixá-los à mercê dos seus parceiros de equipa.
É o monstrinho necessário para a Irlanda ganhar uma vantagem psicológica fundamental frente a qualquer adversário, e na próxima semana veremos esse mesmo impacto frente aos All Blacks.
MATEO CARRERAS CARREGA OS PUMAS ATÉ AOS QUARTOS
Hattrick do “pequenino” mágico da Argentina, que construiu e marcou dois ensaios do nada, eletrificando o corredor quer esquerdo ou direito dos Pumas, resgatando a sua equipa de um jogo que a certa altura parecia estar alinhado com os desígnios do Japão.
Mateo Carreras só precisou de 75 metros para forçar três quebras-de-linha, dez defesas batidos (a 3ª melhor marca individual num só jogo neste Campeonato do Mundo) e seis tackle-busts, mostrando toda uma vestalidade e agressividade necessária para dobrar a defesa dos “Brave Blossoms”.
A Argentina teve, nesta última jornada da fase-de-grupos, a sua melhor exibição, capaz de impor altas dificuldades ao Japão em diversas áreas, quer no jogo aéreo, formação-ordenada ou contra-ataque, só que faltava o factor-X! E quem foi o factor-X?
Mateo Carreras. Como é que o ponta foi capaz de se desfazer de uma série de placadores para encontrar o caminho para o ensaio, é difícil de explicar, mas a genialidade técnica e a raça de querer se bater sem parar foram os ingredientes para esta soberba prestação, que empurrou os Pumas para os quartos-de-final!