3 MVPs da 2ª jornada do Mundial de Rugby 2023
Fica a conhecer os 3 MVPs da 2ª jornada do Mundial de Rugby 2023, sendo que um deles é uma surpresa inesperada, não pelo mérito, mas porque não é um jogador.
Bundee Aki (Irlanda)
Está intratável e imparável Bundee Aki neste Campeonato do Mundo 2023, que depois de ter realizado uma prestação extraordinária frente à Roménia, somou mais outra exibição estrondosa desta feita frente à selecção do Tonga.
O centro está numa forma espantosa e o facto de somar seis quebras-de-linha, catorze defesas batidos, quatro ensaios, cinco assistências e doze placagens efectivas, demonstra o quão fulcral tem sido para a selecção treinada por Andy Farrell, que tem em Aki um dos seus pólos de maior decisão e importância.
A excelente combinação que tem desenvolvido com Garry Ringrose e o apoio de alta qualidade oferecido a Jonathan Sexton têm elevado a selecção do Trevo para outro patamar, estando, neste momento, numa forma completamente auspiciosa e de soberbo nível. Aki merece todo o destaque e atenção possível, sendo um dos melhores jogadores deste Campeonato do Mundo 2023.
Nicolás Martins (Portugal)
Soberbo em todas as suas acções e com uma presença essencial para garantir que Portugal cravasse as suas “unhas e garras” na movimentação do País de Gales, com o asa português a somar 18 placagens efectivas, dois turnovers no chão e mais dois no alinhamento, cinco portagens de bola, uma quebra-de-linha e quatro defesas batidos, sendo que foi o seu papel nas fases-estáticas a influenciar positivamente o jogo.
Se puderem revê-lo, notem como Nicolás Martins fechou sempre bem o ângulo na formação-ordenada, limitando a área de acesso do País de Gales, que nunca conseguiu obter nada das fases-estáticas à excepção daquele último ensaio de Taulupe Faletau.
O asa tem sido magistral desde que assumiu a titularidade, e esta exibição no Mundial de Rugby 2023 diz-nos tudo do que precisamos saber.
Simon Raiwalui (Fiji)
O último MVP não é um jogador, mas sim o seleccionador das Ilhas Fiji, Simon Raiwalui, e a vitória com a Austrália é só o pico do icebergue em termos de argumentos para esta escolha. As Fiji tornaram-se uma selecção adulta, forte e capacitada mentalmente, sabendo equilibrar bem aquela vontade de acelerar o jogo constantemente e garantir controlo da posse da bola sem perder o rumo.
Se as fases-estáticas estão um primor, especialmente a formação-ordenada em que infligiram três penalidades e um turnover à Austrália, o que dizer do trabalho no jogo do chão, em que escolhem bem os momentos para se lançarem à bola, mantendo uma organização ordeira e lúcida mesmo naqueles períodos mais desenfreados. Simon Raiwalui assumiu as Fiji no fim de 2022, e a verdade é que o crescimento tem sido impressionante, com esta vitória frente à Austrália a ter sido decisiva para os desígnios dos Flying Fijians.