3 Destaques da 5ª ronda das Seis Nações 2024

Francisco IsaacMarço 18, 20244min0

3 Destaques da 5ª ronda das Seis Nações 2024

Francisco IsaacMarço 18, 20244min0
A Irlanda é a campeão das Seis Nações 2024, mantendo o título debaixo do seu dedo e Francisco Isaac diz-te o que se passou neste fim-de-semana

Dito e feito, a Irlanda suou mas conquistou novamente o título de campeão, derrotando a Escócia por 17-14 e pondo um fim nas dúvidas destas Seis Nações 2024. Os três destaques de um fim-de-semana emotivo e que vai deixar boas memórias para todos.

MVP: GEORGE FORD (INGLATERRA)

Tivesse Steve Brothwick ouvido alguns comentadores e adeptos ingleses, talvez tinha saído de Paris com uma derrota expressiva, pois uma boa parte desses queriam que George Ford ficasse de fora da convocatória por acharem que já não tem o nível necessário para estar no XV da Rosa. Não podiam estar mais enganados, pois o abertura foi nuclear para o quão bem a Inglaterra se apresentou neste Le Crunch, com o abertura a dominar o jogo táctico, ofertando uma noite complicada ao três-de-trás francês. A forma como viu o jogo e foi capaz de explorar as debilidades tácticas e técnicas francesas, empurrou a Inglaterra para perto da vitória, tendo sido de longe o melhor jogador dos ingleses em toda-a-linha. Ficam alguns dados estatísticos: 14 pontos ao pé, duas assistências, cinco pontapés que forçaram erros franceses e três passes para quebras-de-linha de colegas de equipa.

O MOMENTO: RAMOS TOCA A METER TRÊS!

Le Crunch é sempre um jogo altamente esperado por todos, colocando franceses e ingleses frente-a-frente, ambos preocupados em tentar infligir o máximo de dano no seu adversário. Apesar de que quando entraram para dentro de campo o título já estava decidido, por força da Irlanda ter ganho frente à Escócia, ninguém queria arredar pé e deixar estas Seis Nações 2024 sem uma nova vitória, que acabou por sorrir a Fabien Galthié… depois de muito sofrimento.

Num encontro em que os franceses pareciam estar a controlar e a dominar na primeira-parte, uma segunda metade de excelência por parte de George Ford, Ollie Lawrence e Ben Earl ofereceu a liderança do resultado à Inglaterra, para depois se dar novo volte-face… e volte do volte-face. Quando faltavam sensivelmente uns quatro minutos para o fim, a França procurava desesperadamente forma de chegar aos pontos, sendo que três bastariam para passar novamente para a frente do resultado que foi o que acabou por acontecer.

A Inglaterra defendia bem, com uma entrega inesgotável e que parecia fechar a defesa a sete chaves, impossibilitando a França de retornar aos 22 metros adversários, até que um erro de Ben Earl – placagem sem braços e já quando estava deitado no chão – espremeu uma penalidade que Thomas Ramos ficou com o obséquio de converter. Quase a 50 metros dos postes mas frontal, Ramos não podia fazer o que tinha feito anteriormente: falhar. Era necessário pontaria e acertar entre aqueles postes desse por onde desse. O polivalente 3/4’s ajeitou a oval e desferiu com segurança um belo movimento, convertendo os três para gáudio dos adeptos presentes em Lyon.

A França teve de ir ao fundo do poço, mas a verdade é que mereceu conquistar a vitória terminando no segundo posto destas Seis Nações 2024.

O ENSAIO: PANI VAI… PANI VAI… PANI MARCA!

A Itália foi a Cardiff brilhar, dominar e dar uma mostra que está aqui para ir mais além, tendo tido uma das Seis Nações mais positivas dos últimos 24 anos, somando uma segunda vitória e um terceiro jogo sem perder, um dado espectacular que há que registar! Em pleno Millenium e no jogo de despedida de George North, os italianos fizeram questão de mostrar o seu maior virtuosismo e raça, desenhando uma série de jogadas que fariam Da Vinci orgulhoso, apanhando a defesa contrária desprevenida e que esteve na maioria das vezes a “dormir” perante a velocidade e maior dinamismo dos Azzurri.

Aos 45′ e após uma primeira-parte de enorme nível, os italianos vieram dos balneários com só uma intenção: virar ainda mais a mesa do avesso! Após um alinhamento rápido, o ataque dos transalpinos aproveitou o maior distanciamento defensivo galês e começou a fazer girar a oval, atirando passes bem medidos e rápidos, com Paolo Garbisi a ditar bem o jogo. E aí surgiu Lorenzo Pani, que correu 45 metros de forma imparável, dançando perante dois placadores, atirando-os ao solo e a chegar ao 2º ensaio da Itália no encontro.

A genialidade no marcar a defesa, prender todo o movimento defensivo de Gales para dar espaço ao seu nº15 para explodir e ir velozmente em direção ao ensaio foi sensacional, ajudando a Itália a somar mais uma vitória nestas Seis Nações 2024.


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