3 destaques da 4ª ronda das Men’s Seis Nações 2025

Francisco IsaacMarço 9, 20254min0

3 destaques da 4ª ronda das Men’s Seis Nações 2025

Francisco IsaacMarço 9, 20254min0
Com uma jornada ainda pela frente, quatro equipas podem chegar ao título de campeão das Men's Seis Nações 2025 e colocamos-te a par de tudo

Com uma jornada por se jogar, o Men’s Seis Nações 2025 está ao rubro com quatro equipas a poderem ainda chegar ao título de campeão! Mas antes de saltarmos para o final, é melhor visitarmos os três principais destaques desta 4ª ronda da competição com destaque para uma super França no Estádio Aviva!

UM MAESTRO CHAMADO… ROMAIN NTAMACK

A França registou uma das maiores vitórias na Irlanda nos últimos quarenta anos, com a equipa de Fabien Galthié a ter saído do Aviva com um 42-27 que foi especialmente surpreendente até pelo facto de que os Les Bleus estiveram sem Antoine Dupont desde o minuto 27, altura em que o formação foi substituído por lesão (estará de fora entre os próximos 6 a 9 meses). Com a equipa da casa a colocar pressão na defesa e no contra-ruck – nem sempre de uma forma legal -, a equipa forasteira começou a subir o ritmo de jogo com Romain Ntamack a ser a cabeça do motor da selecção francesa que passou de um 13-08 a favor da Irlanda para um 13-23 francês. A partir do 45º minuto, a França passou completamente a controlar todas as incidências, com um controlo total nas fases-estática e um soberbo ritmo na saída para o ataque com a oval controlada, com Ntamack a ser o denominador comum.

O abertura esticou o jogo como queria, foi semeando problemas no canal 2 e 3, encostou a defesa contrária às cordas através de um jogo ao pé calculado e ácido que meteu o trio de  Hugo Keenan, Jamie Osborne e Calvin Nash constantemente desconfortável e sem capacidade de resposta. Dupont é uma baixa massiva para França, mas não há nenhum abertura no rugby francês que seja tão bom gestor de jogo e competente em todos os sectores como Ntamack. Por mais incrível que seja Jalibert, a capacidade de leitura, adaptação ao adversário e trabalho através do jogo ao pé de Romain Ntamack é praticamente única e ajudou aos comandados de Fabien Galthié a arrancar uma vitória por uma margem de 15 pontos.

NO RUSSELL, NO PARTY?

A Escócia garantiu uma importante vitória na recepção ao País de Gales, num jogo que acabou por virar quase por completo quando Finn Russell saiu de campo. À altura, a Escócia estava na frente por 35-15, tendo acabado de consentir um ensaio um minuto antes da saída do abertura do Bath Rugby. De repente, o País de Gales foi lentamente recuperado o fôlego, começando a criar brechas no bloco contrário e a subir no terreno. Sentiu-se um frio em Murrayfield, com os adeptos escoceses a começarem a suar levemente e a ficarem preocupados perante a ousadia de um suposto País de Gales ‘doente’ e ‘frágil’, que em menos de 18 minutos passou desse tal 35-15 para um 35-29, tendo ainda tido um ensaio retirado (bem decidido pela equipa de arbitragem).

Sem Finn Russell a Escócia caiu animicamente, perdeu fio de jogo, ficou sem aquele jogo ao pé mordaz e permitiu que o País de Gales se sentisse atiçado o suficiente para voltar a se lançar na luta pelo resultado do jogo. De qualquer forma, uma vitória é uma vitória e a Escócia vai para a última jornada com a hipótese de ser campeão, apesar de necessitar de uma hecatombe irlandesa em Itália e um reerguer agressivo do País do Gales.

BEN EARL REGRESSA DOS ‘MORTOS’

Ben Earl, um dos maiores destaques da Inglaterra no passado Mundial de Rugby 2023, atravessava uma má fase de forma até a este jogo com a Itália. Num encontro decisivo na luta pelo título das Seis Nações 2025, Earl foi completamente dominante em todos os espectros terminando com 130 metros conquistados, duas quebras-de-linha, 20 entradas no contacto (ganhou a linha-de-vantagem em 15), doze defesas batidos, quinze placagens efectivas, três turnovers e duas placagens dominantes, números completamente insanos para o 3ª linha. E a cereja no topo do bolo? Jogou os últimos 25 minutos como 2º centro devido à lesão grave de Ollie Lawrence, mantendo o mesmo nível de qualidade que tinha feito até ao minuto 50. Foi fulcral nesta esmagadora vitória inglesa na recepção aos Azzurri e voltou ao seu melhor quando falta uma jornada para terminar as Seis Nações 2025 masculinas!


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