3 Destaques da 2ª ronda das Seis Nações 2024

Francisco IsaacFevereiro 11, 20244min0

3 Destaques da 2ª ronda das Seis Nações 2024

Francisco IsaacFevereiro 11, 20244min0
Jack Crowley voltou a reinar pela Irlanda nesta 2ª ronda das Seis Nações 2024, num fim-de-semana altamente emocional

Depois de uma primeira jornada emocionante das Seis Nações 2024, ora que a segunda decidiu fornecer mais dois jogos de alto nível, com a França e Inglaterra a saírem vitoriosas de dois despiques altamente disputados e que ofereceram emoção até ao apito final. Os 3 destaques do Fair Play desta 2ª ronda das Seis Nações 2024.

O MVP: Jack Crowley volta a confirmar o que se viu em Marselha

Depois de ter sido um dos chamarizes da vitória irlandesa em França, Jack Crowley voltou a despontar e a brilhar no primeiro jogo em casa da Irlanda, com o abertura a assistir para dois dos seis ensaios dos detentores do título, e abriu o marcador com um belo tento da sua autoria que deu o mote para o domínio da selecção de Andy Farrell sob a Itália. Foi uma daquelas tardes perfeitas da Irlanda, impondo todo o seu melhor arsenal, com o nº10 a ter estado no centro das atenções e operações, com passes-chave e críticos que foram esticando a manobra ofensiva da equipa da casa, como se viu aos no terceiro e quarto ensaio. Crowley parecia estar a ver o jogo um segundo antes de todos, conseguindo perceber quando e como atacar e desequilibrar, com um poder de análise genial e que poderá dar à Irlanda outra dimensão em termos de ataque. Se este falatório não é suficiente para convencer o leitor, bem então os dados estatísticos são claros: o jogador com mais portagens de bola (17), o 3º com mais metros (83), o 2º com mais defesas batidos (4), o 4º com mais quebras-de-linha (2) e o elemento com mais passes para ensaio. Crolwy começa a ser um caso sério no rugby irlandês e duas prestações de gala consecutivas são uma perfeita demonstração de que está cá para ficar.

O MOMENTO: NO TRY!

Estávamos já para lá dos 80′ com a Escócia a cinco pontos de dar a volta ao resultado frente à França. Ao fim de nove fases à mão, com progressos significativos de conquista de território, os escoceses tiveram uma fagulha de espaço para explorar e, Duhan Van der Merwe assumiu o risco, atirando-se para dentro da área-de-validação… festejos romperam no relvado e bancadas, parecendo que a Escócia ainda podia estar no trilho do Grand Slam, algo que lhes foge à décadas. Porém, Nic Berry não podia atribuir os cinco pontos porque não viu se a bola tinha tocado no chão, parecendo-lhe que não era ensaio. O TMO mostrou diversos replays de vários ângulos mas era impossível concluir se a oval tinha ou não tocado a 100%. Perante a ansiedade do público, a pressão começou a crescer e… não foi ensaio. Apesar da Escócia ter lutado pela vitória e ter estado à frente do resultado durante um largo período do encontro, a verdade é que os erros de disciplina e de leitura de jogo foram se multiplicando, acabando por terminar da pior forma possível. E antes que entremos na discussão do “foi ou não”, a verdade é que não ficou claro se Van der Merwe tocou com a oval no chão.

O Ensaio: Nunca desconsiderar um bom e belo passe

Voltando ao Escócia-França, o ensaio que escolhemos como o melhor da semana foi concretizado por Gaël Fickou, depois de uma sequência de passes de extraordinário nível e que merecem todo o carinho possível. Os Les Bleus estavam acampados nos últimos cinco metros da Escócia, e não conseguindo forçar a entrada com uma portagem daquelas violentas, optaram por aquilo que melhor sabem fazer: rugby total. Cyril Baille recebeu a bola de Maxime Lucu, com este a transmitir a oval com uma pressão total, atirando-a na direcção de Matthieu Jalibert que, com toda a classe do mundo, desenha um arco perfeito com as mãos. Fickou ficou à espera, captou-a e só teve de acelerar para dentro da área-de-ensaio, insuflando vida a uma França que parecia estar perdida durante a maior parte da primeira-parte. Quando tudo parecia ir na direcção da equipa da casa, a excelência de jogo à mão da França acabou por virar o fluxo de jogo em seu favor, mostrando que ainda estão vivos para estas Seis Nações 2024.


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