Patinagem de Velocidade – Quero Abrir um núcleo: o que faço?
Por vezes somos imbuídos de um espírito aventureiro para lançar um novo projeto ou de procurar novos desafios. E porque não iniciar um projeto ligado a esta espetacular modalidade da Patinagem de Velocidade?
Ao longo dos anteriores artigos fomos dando algumas dicas mais técnicas sobre a iniciação à patinagem, bem como de introdução à Patinagem de Velocidade. Acontece que muitas vezes não temos um projeto onde as por em prática… Então, porque não colocamos mãos à obra?
1 – Precisamos, numa fase inicial, de um piso para a prática que seja liso. Não tem que ser obrigatoriamente num pavilhão (embora, por razões óbvias, seja mais confortável…). Cimento ou até mesmo um sintético servem para a abordagem inicial.
Claro está que, com a evolução dos patinadores, irá tornar-se necessário um piso que ofereça menos atrito e permita mais deslize. No entanto, para a aprendizagem, poderá mesmo ser utilizado um piso com sintético, que impedirá exceções de velocidade em fase de aprendizagem e quedas desnecessárias por falta de domínio dos patins.
2 – Comece sem pressas. Querer que os patinadores sejam de repente “atletas de topo” poderá levar também ao abandono precoce, pois geralmente esse sucesso não é instantâneo, como em qualquer área da nossa vida.
3 – Organize-se: estabeleça um plano de ação que contemple formas de divulgação das atividades, objetivos a atingir, locais de treino, entre outras questões que considere pertinentes. Importante é saber onde quer chegar, como e quando. Ter um plano de ação irá facilitar a abordagem de pais e outros agentes que queira trazer consigo nesta aventura.
4 -Procure várias soluções de cobertura de riscos do treino. Para um início de atividade um seguro de atividades de lazer é suficiente para que consiga trabalhar sem percalços. Quando pensar em competir, o ideal é procurar saber qual a Associação de Patinagem da área onde desenvolve o seu projeto. Geralmente estes projetos estão associados a uma coletividade já existente (mais pratico) ou pode optar por constituir a sua própria coletividade/clube (mais complexo).
Em todo o caso o fundamental é ter vontade de arrancar com um grupo de patinadores que tenha vontade de aprender. Depois, com persistência e objetividade é ir ultrapassando as várias etapas que já aqui propusemos!
Ah, e não se esqueça que se vai trabalhar com crianças, eles não são adultos em miniatura. Precisam de um trabalho adequado ao seu desenvolvimento físico e psicológico.