NBA: uma indústria de milhões que tem vindo a perder o encanto?
Todas as competições têm os seus pontos mais altos e os seus pontos mais baixos. A NBA, enquanto principal competição de basquetebol do mundo, está a passar agora a sua pior fase. A fase em que nos aproximamos a passos largos dos playoffs e do playin e em que os jogadores que já têm a sua situação da post-season resolvida já não dão corda ao sapato.
Uma indústria de milhões, talvez até biliões, com uma mancha de adeptos muito considerável espalhados pelo mundo inteiro, a NBA, enquanto organização, nunca conseguiu controlar a 100% a forma como os seus jogadores fazem os descansos, “baldando-se” literalmente a jogos, deixando o público sem os principais pontos de interesse de uma partida.
Isto tem acontecido muito ao longo da época, mas trago-o agora não por uma situação de descanso, mas por uma imposição que torna impossível a Kyrie Irving jogar no Barcklays Center, casa dos Brooklyn Nets.
Vivemos num contexto social e politico em que tudo aquilo que é feito por figuras públicas, nomeadamente as da NBA, seguidas por milhões de adeptos fervorosos, é um exemplo de como se deve agir corretamente em sociedade. São impostas regras às quais os jogadores se têm de sujeitar, como é exemplo a quantidade de jogos que têm de realizar durante uma época (82 de época regular mais os playoffs e para os que tiverem mesmo azar, ainda têm o playin) e isto acaba por ser incomportável para um atleta de alta competição que se preze.
Casos como John Wall, que era considerado um dos melhores jogadores da NBA e a quem uma lesão acabou por frustrar qualquer tipo de crescimento sério dentro da sua equipa da altura, os Washington Wizards são sintomáticos de uma liga que está construída para o espectador, naturalmente.
Mas nem os franchises se importam com a mentalidade vencedora dos seus atletas, pensando apenas nos famosos rebuilds e não pensando no que podem fazer para dar as melhores condições de treino, de jogo e de recuperação aos seus atletas.
A NBA enfrenta a grave crise dos rebuilds. Equipas que passam anos a fio a tentarem construir algo afundando um franchise e com eles todos os jogadores que nele se encontrem a jogar, contratualmente ligados.
Falamos, claro, de conjuntos como os Sacramento Kings, Detroit Pistons, Orlando Magic, New York Knicks (tiveram uma boa época o ano passado) e Houston Rockets, que por mais sucesso que pudessem vir a ter nos últimos 5/6 anos, optaram sempre por dar primazia às derrotas, nunca priorizando aquilo que poderiam fazer pelos atletas e, principalmente, pelos adeptos.
É nesta ótica que olhamos para estes conjuntos e percebemos que existem grandes jogadores nestes franchises e que mereciam dar o salto para uma equipa com uma verdadeira mentalidade vencedora. Uma equipa que queira realmente ganhar.
Jerami Grant, Julius Randle, Wendell Carter Jr., De’Aaron Fox, Kevin Porter Jr, são claramente jogadores para outros voos, outros campeonatos. Venha de lá a NBA que se gosta! Com todos dentro do court, e onde todas as equipas, sejam elas mais fortes ou mais fracas, procuram fazer surpresas todos os dias.