E quem é a melhor CrossFitter de Sempre?
Se no lado dos homens a discussão é possível e, no lado internacional, se reduz a dois nomes, Rich e Mat, no lados das mulheres é um pouco como cá, são várias as candidatas. Mas antes de olharmos para os nomes, vamos revisitar o critério: o que separa os melhores, neste caso as melhores, é a determinação e a vontade colocada nos desafios e nas várias competições, não são pódios apenas ou apuramentos conseguidos.
Os primeiros nomes a serem eleitos para o lote das candidatas não podem deixar de ser a Sónia Alves e a Ana Caldas, representantes distintas de uma primeira geração, surgem como as atletas mais fortes e a larga distância de qualquer outra atleta. O nível é tão diferente entre elas e as restantes que a competição é praticamente inexistente. Sónia chega mesmo a, em determinada altura, conseguir o apuramento para os Regionais. A Ana ainda compete deu início a um percurso no estrangeiro onde tem sido coach em várias boxes lá fora, tendo há coisa da de um ano ter escolhido, no entanto, Portugal para a sua recuperação a um intervenção ao ombro.
Os nomes seguintes pertencem a uma segunda geração. Marca também a disseminação de mais boxes e o surgimento de mais atletas. E nesta geração o nível continua muito desigual. Sinal da evolução natural e abertura do desporto com as melhores a destacaram-se facilmente. Lenny Nunes, Joana Tomás, Carina Simões, Patrícia Rochezoire são os nomes em destaque. Todas tinham em comum a capacidade de fazerem muscle-ups, num claro sinal de terem alcançado um dos primeiros Santos Grais do CrossFit. Se bem que Lenny Nunes passa a dedicar-se mais ao Halterofilismo, Joana Tomás deixa de competir tanto, Carina Simões faz igualmente incursões no halterofilismo e Patrícia Rochezoire começa a competir mais em equipas.
A terceira, e atual geração, mantém ainda os anteriores nomes, mas juntam-se-lhes Sara Pinto, que é a primeira atleta a representar Portugal nos Games em individual, Patrícia Dinis e Vera Silva, Joana Simões entre outras.
O leque é muito mais vasto que o dos homens e o gap geracional é mais evidente. De notar a regularidade de Ana Caldas que atravessou todas as gerações para em 2019, no segundo Open, ser a mais Fit em Portugal, e praticamente todas as atletas da segunda geração continuam a participar no Open.
Os critérios para eleger a melhor atleta mantém-se: regularidade/maior número de competições vistas in loco, capacidade de entrega, energia e conhecimento de si e do que pretende da competição. Logo, critérios subjetivos e altamente discutíveis. Contudo, uma vez balizados é possível identificar as atletas: Joana Tomás, Patrícia Rochezoire e Sara Pinto, mas, face a enorme consistência não se pode deixar de considerar Ana Caldas ainda que não tenha presenciado in loco muitas competições.
Daquelas, Joana Tomás é, até ao momento a melhor de sempre em Portugal. É a atleta que, em competições, mostrou que estava sempre para vencer, mostrou uma garra maior que as suas concorrentes e uma excelente conhecimento das suas capacidades. Há uns anos uma lesão abrandou-lhe o ritmo. Abrindo espaço para que este título possa vir a ser revisto.
One comment
Valter Santos
Março 9, 2020 at 12:46 am
Sou o maior suspeito ao dizer isto, mas incluo neste lote a Ana Silva (@anamineiro) que apesar de já ser Master 35-39 é atleta Portuguesa que nos últimos dois anos (compete mais ou menos à dois anos e meio), tem mais pódios em provas nacionais e internacionais.
Go check it…