Top 5 – Momentos marcantes dos Jogos Olímpicos de Inverno
Um evento quase centenário. As Olimpíadas de Inverno começaram a ser disputadas em 1924 e tem, em sua história, diversos momentos marcantes, daqueles inesquecíveis para os aficionados pelo esporte.
Milagre no Gelo
A União Soviética chegou aos Jogos de Lake Placid -1980, nos Estados Unidos, como os atuais tetracampeões olímpicos. O jogo entre os soviéticos e os donos da casa na fase final era decisivo na disputa direta entre os dois times pelo ouro.
Com um time de jovens universitários, os Estados Unidos conseguiram resultados surpreendentes ao longo do campeonato ao vencerem a Tchecoslováquia e empatando com a Suécia. No jogo contra a União Soviética, os estadunidenses saíram atrás no placar, mas conseguiram empatar e virar no terceiro período, vencendo por 4 a 2.
O apelido do jogo ficou eternizado pela narração de Al Michaels na rede de TV ABC. Nos segundos finais, Michaels declarou “Você acredita em milagres? Sim!”, marcando a vitória improvável. Dois dias depois, os EUA confirmaram o ouro após vencer a Finlândia por 4 a 2. A União Soviética levou o bronze e a Suécia ficou com a prata.
Jamaica abaixo de zero
Os Jogos de Calgary-1988 foi um marco para a participação de países tropicais nos Jogos Olímpicos de Inverno, com a primeira participação de seis países, incluindo a Jamaica. O país se classificou no bobsled e a equipe do país acabou se tornando um dos destaques na imprensa internacional. Os jamaicanos terminaram em último lugar no four-man, mas conseguiram o 30º entre 41 trenós no two-man. A participação jamaicana em Calgary foi retratada o filme “Jamaica abaixo de zero”. Os jamaicanos evoluíram na modalidade nos anos seguintes, conseguindo um 14º lugar no four-man em Lillehammer-1994, ficando a frente de países como Estados Unidos e França.
PERFEIÇÃO
Nas Olimpíadas de 1984, os britânicos Jayne Torvill e Christopher Dean fizeram uma apresentação perfeita na prova de dança livre, ao som de Bolero de Ravel. Os nove juízes deram a nota máxima para eles, que na época era 6.0.
Torvill e Dean conseguiram um conjunto de notas perfeitas, recebendo 6.0 de todos os nove juízes no quesito impressão artística. Eles ainda conseguiram outros três 6.0 no mérito técnico. O sistema de pontuação com notas até 6.0 durou até 2005 e em nenhuma outra apresentação repetiu o feito da dupla britânica.
“Eu, Tonya”
No Campeonato Nacional dos EUA de patinação de 1994, realizado dois meses antes das Olimpíadas Inverno daquele ano, Nancy Kerrigan, que era uma das favoritas, sofreu um ataque com uma barra de ferro que machucou sua perna e a impediu de disputar o torneio. Assim, Tonya Harding venceu a seletiva e se classificou para as Olimpíadas.
As investigações mostraram que o ataque foi feito a mando do então marido de Tonya, Jeff Gillooly, que disse que sua esposa tinha dado autorização para o crime. Menos de dois meses depois, Nancy estava recuperada e pôde participar das Olimpíadas, na qual ficou com a prata. Sua rival, Tonya, fechou em oitavo lugar.
Depois da revelação, a Associação de Patinação dos Estados Unidos retirou o título que ela havia obtido no Campeonato Nacional. Também suspendeu a atleta da patinação por toda a vida, por considerar que ela sabia da conspiração.
Até hoje, não se tem 100% de certeza se Tonya tinha conhecimento do ataque a sua rival.
Uma só Coreia
Com a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno pela primeira vez na Coreia do Sul em 2018, havia especulações sobre um possível boicote da Coreia do Norte. Os dois países vizinhos têm relações diplomáticas complicadas e os norte-coreanos boicotaram os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.
Inicialmente, a Coreia do Norte tinha classificado uma dupla nos pares da patinação artística. Porém, o comitê olímpico do país não aceitou a vaga dos dois a tempo. Mas após conversas entre os dois países e o COI, o Norte resolveu participar dos Jogos Olímpicos, recebendo convites do COI para o esqui alpino, esqui cross-country, short track e para a dupla norte-coreana da patinação artística.
Além disso, as duas Coreias montaram uma equipe unificada para a disputa do hóquei no gelo feminino. No dia da Cerimônia de Abertura, as duas nações entraram juntas, carregando a bandeira da Coreia unificada.
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