Investec Champions Cup 2024/2025: insanidade no Mayol
A maior prova de clubes de rugby do hemisfério Norte teve oito equipas a defrontarem-se neste fim de semana, naqueles que foram os quartos de final do EPCR Champions Cup. Leinster defrontou e aniquilou Glasgow por 52-0; Bordéus derrotou o Munster (naquele que foi o último jogo europeu de O’ Mahony) por 47-29; Os Northampton Saints saíram airosos do embate com os Franceses do Castres por 51-16 e no cair do pano, o campeão em título, o Toulouse, passou o Toulon em casa com uma penalidade de Ramos no último lance de jogo.
O embate entre irlandeses e escoceses esperava-se quente, duro, bem disputado: a equipa treinada por Leo Cullen não deu hipótese.
Foi um caso de rugby total, com oito ensaios (cinco dos quais convertidos), numa tarde onde a excelência de Jordie Barrett (68 vezes internacional pelos All Blacks) a primeiro centro, esteve bem lá em cima. Aliás, os dois centros, Jordie e Ringrose, parece que jogam juntos desde que nasceram!
A equipa do Leinster tem um jogo muito fluido, com uma disposição tática muito aberta e bem basculada. Gibson-Park abriu o livro do seu extenso manancial de passes, sempre com uma visão de jogo que lhe permite apenas decidir para que lado vai a bola e ela chega de facto lá, com Sam Prendergast a não ficar nada mal nesta dupla de médios.
Com um amarelo a Adam Hastings por volta dos vinte minutos de jogo e um ensaio de penalidade, o Leinster conseguiu fazer mais quatro vezes o toque de meta por intermédio de Jordie, Lowe, O’Brien e Keenan, como resultado de três alinhamentos e uma formação ordenada, com passes assertivos e carries com poder e propósito. Na segunda parte assistiu-se a mais três ensaios por intermédio de Ringrose, Sheehan e Deegan. Imapráveis!
O Bordeaux limpou o Munster no seu estádio Chaban-Delmas, embora com muita combatividade. A equipa da casa tem talvez os melhores pontas da actualidade (Penaud e Biarrey) e foi precisamente pela ponta direita que o Bordéus e Penaud conseguiram abrir o marcador aos cinco minutos de jogo, fazendo este o seu 12º ensaio nesta temporada da Champions cup.
O Munster andou sempre atrás do prejuízo, com uma falta de coesão defensiva, mas conseguiu ter algum ascendente nas formações ordenadas e conseguiram meter algumas placagens dominantes, sendo relativamente fatais nos alinhamentos a 5 m.
No embate entre a última equipa Inglesa ainda em prova e o Castres, a equipa de Phil Dowson, apresentou-se com mais concentração e poderio, muito por força da boa forma de Tommy Freeman, Fin Smith e Henry pollock. A equipa está em oitava posição na Premiership, tendo tido algumas irregularidades exibicionais mas na Champions tem estado muito bem, aliás na sequência do ano transacto, onde na fase de grupos ficou em primeiro com 18 pontos, à frente de Glasgow, Munster, Exeter e Toulon, derrotando o Munster nos oitavos, os Bulls nos quartos e tendo caído apenas nas meias frente ao Leinster por 20-17.
O Castres nunca se encontrou neste jogo, com alguma indisciplina à mistura e mais uma vez Pollock, no auge dos seus 20 anos a conseguir um bis, embora com uma arroganciazinha ali na altura de marcar o ensaio, que irá ter de rever em breve, porque não lhe assenta bem, tão pouco aos sócios e fãs da modalidade: ele demora a pousar a bola no chão e a efectivamente marcar ensaio, num display de superioridade que ainda não tem…talvez um dia. Alex Mitchell é aqui o verdadeiro playmaker com Fin Smith a começar a ser decisivo também.
No Stade Mayol, o Toulon esteve mais incisivo na primeira parte beneficiando de muitas penalidades convertidas por Melvyn Jaminet e impondo um marcador de 12-6 ao intervalo. Jogo durinho entre dois velhos rivais, com um amarelo para cada lado e aqueles embates mais puxados para marcar dominância, além de muita pressão feita aos portadores da bola. Na segunda parte, o Stade Toulousain, conseguiu marcar logo um ensaio através de Jack Willis, dando uma outra vitalidade aos campeões em título, que inclusivamente marcaram outro ensaio cerca de sete minutos depois.
Relativamente a por exemplo um jogo do Leinster ou Saints, estas duas equipas não se espalham muito no campo, concentrando os seus elementos à volta do portador da bola, com preferência pelo jogo a meio do campo, o que faz com que as defesas mais juntas com mais pressão, cometam mais faltas. E foi o que aconteceu: Jaminet converteu duas e no último minuto do jogo, uma penalidade mais virada para a direita, é convertida por Ramos, selando a vitória.
No dia 3 Maio será a meia final entre Leinster e Northampton Saints e dia 4 de Maio, o embate Francês entre Bordeaux-Bègles e Toulouse. Apenas como apontamento, na Challenge Cup, as meias finais serão entre Edimburgo e Bath e entre Lyon e Racing 92.
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— Investec Champions Cup (@ChampionsCup) April 13, 2025