Sport Lisboa Benfica – Equipa goleadora no ataque ao título
O SL Benfica competiu em várias frentes na temporada passada, Taça Continental, Supertaça, Campeonato, Taça de Portugal e Liga Europeia. Vindo de uma época de sucesso em que venceu o campeonato pela segunda vez consecutiva e se sagrou campeão europeu, a época de 2016-17 era esperada com grande expectativa pelos encarnados que procuravam manter a hegemonia na modalidade.
Mas tal não aconteceu, no final da época, dos cinco troféus que almejavam conquistar, apenas um seguiu o caminho do museu benfiquista, a Taça Continental ganha ao OC Barcelos (na época passada ainda em formato de final a duas mãos entre os vencedores das duas provas europeias), com derrota por 4-5 em Barcelos mas com goleada na Luz por 9-2. Antes, na Supertaça António Livramento, o Benfica havia sido goleado pelo FC Porto por 7-13.
Na Liga Europeia a equipa da Luz chegou à final 4 da competição tendo perdido nas meias finais frente aos catalães do Reus, no desempate por grandes penalidades após um empate a quatro bolas. Os espanhóis no dia seguinte haveriam de bater a Oliveirense na final e suceder ao Benfica como campeões europeus.
No Campeonato Nacional o Benfica mostrou mais uma vez ser uma equipa de pendor ofensivo como mostram os 180 golos marcados (mais 20 que o segundo melhor ataque, o FC Porto), mas mostrou fragilidades defensivas que acabariam por custar aos encarnados o tri-campeonato, a equipa de Pedro Nunes terminou o a época com 92 golos sofridos, apenas o 6º melhor registo do campeonato da primeira divisão, com mais 27 golos sofridos que a defesa menos batida, a do FC Porto.
Na Taça de Portugal, o SL Benfica deixou pelo caminho as equipas primodivisionárias do OC Barcelos e do HC Turquel, estes últimos após prolongamento, e a Juventude Salesiana do segundo escalão, saindo de cena nas meias finais da prova. Aí o Benfica teria encontro marcado com o FC Porto, que se havia sagrado campeão nacional na semana anterior, mas em protesto contra a Federação de Patinagem de Portugal e contra a arbitragem do jogo da última jornada do campeonato que opôs Benfica e Sporting, e onde se registou um empate a 5 bolas que permitiu aos dragões festejarem o título, o SL Benfica não compareceu ao jogo sendo-lhe averbada uma derrota de 0-10.
Recuperar os títulos perdidos
Se na temporada passada o objectivo era revalidar os títulos Nacional e Europeu, para a nova época o objectivo é recuperá-los. Numa equipa que mantém todos os principais jogadores e ainda é reforçada com mais duas opções, apresentando-se assim com um plantel mais vasto e equilibrado.
Na baliza, para além da continuidade do veterano espanhol Guillem Trabal, regressa Pedro Henriques, internacional português que na temporada passada jogou por empréstimo dos encarnados no Reus, onde foi crucial para a conquista do título europeu dos catalães e para a eliminação do Benfica no jogo das meias finais, tendo defendido quatro das cinco grandes penalidades das águias. De saída está Diogo Almeida, que apesar de habitual suplente de Trabal foi importante para os encarnados nos jogos da Taça de Portugal, nomeadamente no jogo em Turquel. Sai por empréstimo para o CD Paço de Arcos.
A outra novidade é Vieirinha, jovem de grande potencial que já é internacional sénior português, destacou-se na últimas temporadas ao serviço do OC Barcelos, o defesa/médio chega para o lugar de outro jovem valor do hóquei nacional, João Sardo, que após uma época de muito pouca utilização sai por empréstimo para o SC Tomar.
Todo o restante plantel se mantém das temporadas transactas, o técnico Pedro Nunes continua a contar, para além de Guillem Trabal acima referido, com Valter Neves, capitão da turma encarnada que lidera as tropas em pista; Carlos Nicolia, mago argentino, considerado um dos melhores jogadores do Mundo, jogador dotado de uma grande capacidade técnica; João Rodrigues e Jordi Adroher, goleadores de serviço das águias e melhores marcadores das duas últimas edições do campeonato, o português na época passada marcou 52 golos, o espanhol marcou 51 em 2015-16.
Ainda Diogo Rafael, figura do hóquei nacional capaz de, quando mostra toda a sua qualidade em rinque, ser decisivo para a sua equipa em ambos os lados da pista; Tiago Rafael, o irmão mais velho de Diogo que dá à equipa segurança defensiva quando necessária; e Miguel Rocha, avançado de grande poderio físico e dono de uma excelente meia distância.
Será um Benfica que mais uma vez irá privilegiar um hóquei de ataque, com um temível elenco de jogadores ofensivos e que esta época se reforça defensivamente para não repetir os números da temporada passada. Com um estilo de jogo raramente aborrecido, podem-se esperar jogos emotivos, principalmente contra os rivais directos. O SL Benfica volta a ser esta época um natural candidato a vencer todas as provas em que esteja inserido.