A nova Liga dos Campeões de hóquei em patins

José NevesAgosto 25, 20223min0

A nova Liga dos Campeões de hóquei em patins

José NevesAgosto 25, 20223min0
Nas últimas épocas a Liga Europeia foi ponto de discórdia entre clubes e WSE Europe. Agora surge uma renovada competição que conta com o regresso dos “tubarões”.

Depois da polémica e da renúncia de vários dos clubes de topo da modalidade em participar na edição passada da Liga Europeia, 2022/23 conhece uma nova versão da principal prova de clubes do continente europeu. Agora denominada de Liga dos Campeões de Hóquei em Patins, a WS Europe alarga a competição para voltar a ter representantes dos países de menor expressão, com a utilização de duas pré-eliminatórias, e um total de 32 equipas participantes.

Na primeira fase de apuramento destaque para o regresso do campeão inglês King’s Lynn, aos quais se juntam o vice-campeão suíço, quatro equipas francesas, quatro espanholas, quatro italianas, e duas portuguesas (HC Braga e AD Valongo).

Numa fase que conta com quatro grupos de quatro equipas, as duas primeiras de cada um dos grupos avançam para uma segunda fase, onde já estão duas formações portuguesas (UD Oliveirense e OC Barcelos), duas espanholas, duas italianas, bem como o campeão suíço e o campeão alemão.

FC Porto, SL Benfica, Sporting CP, HC Liceo, FC Barcelona, Sarzana, Saint Omer, e o campeão europeu em título Trissino obtiveram entrada direta para a fase de grupos, onde aguardam pelas oito equipas que sairão da segunda fase de qualificação.

Outra das mudanças para esta nova Liga dos Campeões de hóquei em patins é a ausência de Final-4, ao invés, teremos logo após a fase de grupos, uma Final-8 entre todas as oito equipas apuradas dos grupos.

Esta foi a fórmula arranjada pela WS Europe para reformular uma prova que há anos pedia uma reformulação, e que teve na temporada passada o episódio da renúncia das equipas da EHCA (Associação Europeia de Clubes de Hóquei em Patins), que forçaram a implementação de uma Superliga Europeia.

Superliga essa que poderia trazer benefícios no que á vertente do marketing diz respeito, mas que afundaria ainda mais os clubes de países periféricos, uma vez que apenas Portugal, Espanha, Itália e França teriam representação na prova.

Com esta nova vida da principal prova da WS Europe, voltamos desde já a ver o regresso de um representante inglês, que desde a temporada 2008/09 não participava na principal prova de clubes europeus.

Para além do representante britânico, também assistimos a um maior número de participantes oriundos de França, bem como a representantes suíços e alemães, com a certeza de que as equipas que não se apurarem nas fases de qualificação, terão lugar na WSE Cup, a segunda prova da hierarquia europeia.

Certo também é que, para já, os clubes que constituem a EHCA irão regressar à prova, o que significa que a Golden Cup, prova organizada pela EHCA que celebrou o aniversário do HC Liceo, e que foi apelidada por alguns como a prova que iria coroar o verdadeiro campeão da Europa, e que teve o SL Benfica como vencedor, não passou de uma prova de cariz particular, ou não oficial, que para a temporada 2022/23 não terá 2ª edição.

Numa época de mudança para as competições europeias, veremos se o novo modelo adotado pela WS Europe põe fim à instabilidade dos tempos recentes. E traz uma necessária nova atenção à maior prova de clubes do Velho Continente.

 

(Foto de Capa: António Lopes / WS Europe)


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