A experiência do Clube Atlético de Alvalade na Accademia Cesenatico

Sofia GoulartSetembro 26, 20183min0
Uma experiência enriquecedora e de descoberta de novos mundos foi o que o Clube Atlético de Alvalade encontrou na Accademia Acrobatica em Itália. Fica a conhecer os porquês!

Este artigo tem como tema um campo de treino de ginástica acrobática em Itália, que decorre durante as férias do Verão na Accademia Acrobatica, em Cesenatico, Itália. Fomos falar com a Liliana Marques, treinadora desta modalidade no Clube Atlético de Alvalade (CAA) e que levou alguns dos seus ginastas a viverem esta experiência enriquecedora.

Em jeito de resumo, explica-nos que os campos de treinos da ginástica acrobática funcionam por convite. Há três anos participaram no campo de treinos da UEG e, a partir daquela altura, ficaram com uma ligação à federação italiana. Um dos objetivos da participação era tentar perceber se os grupos/pares já constituídos na época passada deviam continuar juntos, mas também testar novos conjuntos para a época que se avizinha. Os ginastas do CAA, num total de 5 grupos,  estiveram no campo entre 25 de Agosto e 1 de Setembro.

Durante aquela semana, desenvolveram vários tipos de atividades. Liliana explica que neste campo, os treinos e os vários workshops são ministrados por antigos selecionadores nacionais de alguns países, e o que o papel dela revelou-se mais secundário, através da escolha de um ou outro elemento, mas que a parte principal dos treinos foi atribuída aos outros ‘’experts’’. Explica-nos que ver o desempenho dos seus ginastas de outra perspetiva, ou seja, de uma forma mais ‘’distante’’ permite fazer outro género de correções. É importante estar de fora a ver, pois também dá para aprender outras técnicas.

Diz-nos que houve dois conjuntos que aprenderam a fazer o elemento gímnico ‘’full’’ (mortal empranchado com uma pirueta completa) com duas técnicas diferentes. Os miúdos vêm motivados pela panóplia de coisas novas que aprenderam e esforçam-se para continuar a evoluir.

Como ponto menos positivo, Liliana indica a preparação física. Explica-nos porquê: o facto de terem ido no fim do mês de Agosto, depois de decorrido quase todo o Verão e o período em que os ginastas habitualmente descansam, levou a que estivessem com um ritmo mais lento e menos preparados em termos de condição física.

Neste campo, nos seis dias em que participaram, houve treinos bi-diários, cada um com a duração de 2 horas e meia, o que por si só já é cansativo… Dentro dos horários de treino que se podia escolher, tinha início às 8h00 e terminava às 10h30, e outro das 10h30 às 13h00. No período da tarde, ou treinava-se das 15h às 17h30 ou das 17h às 19h30.

Por um lado, pode ser negativo porque o interregno foi comprido mas, por outro, pode ser positivo porque pode permitir um bom arranque para a nova época. É um misto, acrescenta. No entanto, salienta que este ano houve mais trabalho em torno das figuras e das pirâmides dos conjuntos, em vez de tanta preparação física.

Dentro do leque de atividades que é promovido neste campo, para além das atividades em redor da acrobática propriamente dita e de toda a componente técnica que a rodeia, também houve workshops de coreografias e de elementos de dança, aprende-se a construir e desenvolver um esquema de ginástica, ensina-se com mais pormenor o código de pontuação que regula as competições internacionais, entre outros aspetos.

Por fim, Liliana diz-nos que estarão presentes na edição de 2019 do campo.


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