Santos Tour Down Under

Diogo PiscoJaneiro 14, 20194min0

Santos Tour Down Under

Diogo PiscoJaneiro 14, 20194min0
O sol do verão Australiano volta a dar as boas vindas ao pelotão World Tour no arranque da época 2019. Fique a saber o que esperar do Santos Tour Down Under.

É já amanhã, dia 15 de Janeiro, que o sol do verão Australiano vem aquecer os adeptos do ciclismo, terminando com o frio dos “infindáveis” meses da época de defeso.

Desde Outubro, que o pelotão do principal escalão do ciclismo de estrada se encontra de férias, mas finalmente chegou a altura de voltar ao ativo. Para isso rumam até ao calor que se faz sentir nesta altura do ano na Austrália, participando numa série de provas que já fazem parte da história do ciclismo.

Após uma prova de escalão inferior que se realizou no último domingo, dia 13 de Janeiro, vencida pelo homem da casa Caleb Ewan, pode afirmar-se que o arranque oficial será com o início do Santos Tour Down Under (STDU).

Caleb Ewan conseguiu a vitória frente a Peter Sagan, no passado domingo, na Down Under Classic. Fonte: jornalciclismo.com

O STDU é a primeira prova do calendário do World Tour, como tem sido normal nos últimos anos. É uma prova composta por 6 etapas, num terreno que beneficia aquilo que maior parte do pelotão procura nesta fase da época. Ou seja, o terreno é desafiante q.b., permitindo aos que levam a sua preparação mais atrasada ganhar ritmo de competição e enfrentar dificuldades que acrescentam valor às vitórias daqueles que já estão mais competitivos e procuram começar a vencer desde o arranque da época.

O pelotão terá de enfrentar dois dias com um terreno acidentado, mas que deverá ser fácil de controlar pelas equipas dos sprinters, pelo que se espera uma chegada compacta para que os mais rápidos do pelotão possam brilhar.

Depois serão dois dias ideais para os puncheurs. O primeiro termina dentro de um circuito, onde os ciclistas terão de completar 6 voltas e meia e irão acumular um total de 3300 metros de subida. O segundo, um dia mais calmo mas que nos derradeiros 6 kms terá uma subida de 2,5 kms com 9% de inclinação. Depois disso será sempre a descer até à meta. Dias ideiais para os homens das clássicas começarem a aquecer os motores para a primavera.

Este ano a etapa rainha foi mudada para o último dia, dado que a penúltima etapa passará pela tradicional subida de Sellicks Hill, mas uma passagem ainda longe da meta deverá premiar uma chegada ao sprint ou, mais dificilmente, uma fuga.

Etapa rainha no última dia de prova, com duas passagens no tradicional Willunga (3km a 7% de inclinação), subida que se adapta a vários tipos de ciclistas, o que torna o leque de potenciais vencedores mais alargado.

Uma corrida que costuma ser dominada pelos homens da casa, tem como candidatos à vitória nomes como Daryl Impey (Mitchelton-Scott), como vencedor do ano passado, e em Richie Porte (Trek-Segafredo), Rohan Dennis (Bahrain-Merida), Nathan Haas (Katusha-Alpecin), George Bennet (Team Jumbo-Visma), Ben O’connor (Team Dimension Data), que como patriotas vão querer dar uma alegria ao seu público. No entanto, a lista de potenciais vencedores é muito mais extensa.

Richie Porte é o grande nome do ciclismo australiano actualmente. Fonte: digitalcycling.com.br

O arranque de época na Autrália é também um ponto de interesse para os homens mais rápidos do pelotão. Estão presentes grandes nomes do sprint como, Elia Viviani (Deceuninck-QuickStep), Caleb Ewan (Lotto-Soudal), Peter Sagan (Bora-Hansgrohe), Danny van Poppel (Lotto-Visma), Jakub Mareczko (CCC Team), Phil Bauhaus (Bahrain-Merida).

A presença lusa será defendida pela presença de Ivo Oliveira (UAE-Team Emirates), que se estreia assim no escalão World Tour, e Rúben Guerreiro (Team Katusha-Alpecin)  que poderá ter uma prova bem adequada às suas características.

O ciclismo está finalmente de volta com o arranque de uma época que se espera tão ou mais espectacular do que as últimas. Os elementos estão reunidos, agora é esperar pelo espectáculo em cima das duas rodas.


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