Jogos Olímpicos 2020 – Ciclismo de Estrada
Tadej Pogacar dominou e sorriu nos Campos Elísios, no passado domingo, na consagração final de mais uma edição do Tour, tornada fácil pelo esloveno, a deixar toda a concorrência a mais de 5 minutos (e mesmo assim só Jonas Vingegaard conseguiu-se manter nesta marca). O ciclista da UAE-Emirates partiu de imediato, tal como outros (Wout van Aert à cabeça, por exemplo) para os Jogos Olímpicos de Tóquio, onde agora luta por combater o esforço dispendido nestas últimas três semanas e, principalmente, o jet-lag que viajar para o outro lado do mundo acarreta.
O percurso
Perfil clássico de clássica montanhosa, com 234 quilómetros de extensão para a prova de ciclismo de estrada dos Jogos Olímpicos. A primeira subida, Doshi Road, são 4.3 quilómetros com pendente média de 6.2%. Mais tarde, na subida a Fuji Sanroku, quase 15 quilómetros com pendentes de 6%. A penúltima subida é a mais desafiante e a que poderá criar mais diferenças: a ascensão a Mikuni Pass tem pendente média de 10%, com momentos superiores a 12.5%. Desafiante.
Os favoritos
Teremos de começar com o mais do que óbvio: Tadej Pogacar. O esloveno apresenta-se em Tóquio nas condições que todos nós sabemos, e irá acompanhado pelo principal rival, agora já recuperado da queda que sofreu no Tour e que o forçou a abandonar, Primoz Roglic. Estes dois serão mesmo os principais favoritos a conquistar o ouro olímpico ou até, quem sabe, duas das três medalhas. A seguir temos a Bélgica, com a presença do ainda campeão olímpico, Greg van Avermaet, mas o foco dos belgas está claramente em Remco Evenepoel e Wout van Aert – o jovem pode finalmente mostrar-se a alto nível e van Aert vem de um Tour fenomenal, com três etapas conquistadas, uma em alta montanha (com duas passagens no Mont Ventoux!), o contrarrelógio e a etapa dos Campos Elísios.
Revista Olímpica# Portugal a caminho de Tóquio: quais as novidades? https://t.co/sVQ8fvF0Ka
— Fair Play (@FairPlaypt) July 13, 2021
A Espanha leva Alejandro Valverde para as medalhas, apoiado pelos irmão Izagirre, Jesús Herrada e Omar Fraile. A Grã-Bretanha leva o seu par de irmãos igualmente, com Adam e Simon Yates, Geraint Thomas e Tao Geoghegan Hart. A Colômbia aposta em Nairo Quintana, Rigoberto Uran ou Sergio Higuita, os Países Baixos têm o destaque natural do regresso de Tom Dumoulin, com Bauke Mollema ou Wilco Kelderman também nas contas, a Itália leva Nibali, Ciccone, Bettiol, Moscon e Damiano Caruso, e a Dinamarca aposta em Fuglsang e Kasper Asgreen.
Deixamos para o fim Portugal, com dois ciclistas presentes, João Almeida e Nélson Oliveira, que irão correr a prova de estrada e de contrarrelógio. O jovem da Deceunick-Quick Step é um dos naturais favoritos, depois das duas grandes prestações nas duas últimas edições do Giro d’Italia. Nélson Oliveira irá ajudar Almeida e focar toda a sua atenção no contrarrelógio.