5 Veteranos que se evidenciaram no Tour 2023

Gonçalo MeloJulho 24, 20235min0

5 Veteranos que se evidenciaram no Tour 2023

Gonçalo MeloJulho 24, 20235min0
Gonçalo Melo fecha a cobertura ao Tour 2023 com os cinco veteranos que deram show pela mítica clássica do ciclismo internacional

Terminou mais um entusiasmante Tour, e se as manchetes se fazem com os jovens Vingegaard, Pogacar ou Phillipsen, é justo nomear alguns veteranos que continuam a destacar-se no pelotão. Ficam alguns deles abaixo.

Thibaut Pinot, Groupama FDJ

Tinhamos de começar pelo francês de 33 anos, que este ano vai arrumar a sua bicicleta profissional no final da época.

Depois de uma belíssima prestação no Giro, Thibaut vinha ao Tour com um objetivo claro, despedir-se com uma vitoria de etapa.

E o gaulês bem tentou, fartou-se de lutar e entrar em fugas, conseguindo por 4 vezes fechar as etapas no top 10. Esta combatitividade permitiu-lhe arrecadar um 11º lugar na geral.

Para a posteridade, ficam as imagens da etapa 20, na subida ao Col du Platzerwasel, onde os “ultras” franceses o esperavam para o encorajar efusivamente na busca pela conquista da etapa.

O francês retira-se sem conquistar nenhuma grande volta, mas conquistou o coração dos fãs do ciclismo de ataque com todo o espetaculo que Pinot lhes deu ao longo da ultima década.

Mark Cavendish, Astana

Mais um veterano que se despede das entradas no final de 2023, aquele que é para muitos o melhor sprinter da história, não conseguiu infelizmente terminar esta edição do Tour, vendo-se forçado a abandonar depois de uma queda na etapa 8.

Em busca de ultrapassar Eddy Merckx como ciclista mais vitorioso na historia da competição, o britanico parecia estar em crescendo de forma, fazendo 6º, 5º e 2º nas chegadas rápidas.

O Diretor da Astana já comentou que pretende convencer o sprinter a fazer mais uma época para bater o record de Merckx. Aguardemos com paciência.

Wout Poels, Bahrain

O experiente neerlandês conseguiu finalmente vencer uma etapa numa grande volta, um prémio de carreira totalmente merecido, para um dos melhores escudeiros da ultima década, fundamental na Super Sky que dominou anos a fio várias grandes voltas.

Poels foi a par de Richie Porte, fundamental para muitos dos triunfos de Chris Froome no Tour.

Em 2020, mudou de cores, em busca de maior protagonismo e mais chances de liderança ao serviço da equipa do Bahrain. As oportunidades não foram muitas, ainda assim, de registar o excelente 6º lugar na Vuelta em 2020 e vitória na Volta à Andaluzia em 2022.

O prémio de carreira surgiu à etapa 15 deste Tour, quando chegou isolado ao Côte des Amerands, para vencer a sua primeira etapa em grandes voltas.

Ion Izaguirre, Cofidis

O mais novo dos irmãos Izaguirre voltou a picar o ponto no Tour, 7 anos depois de ter ganho a sua primeira etapa na Volta Francesa.

Conhecido pela sua capacidade em provas de uma semana, Ion está numa das equipas mais fortes em vencer a partir de fugas, e na etapa 12, conseguiu mais um grande triunfo para juntar a um currículo que já conta com vitorias na três grandes voltas, e onde se destacam os triunfos na Volta à Comunidade Valenciada e a Volta ao País Basco.

Michael Woods, Israel Premier Tech

O explosivo canadiano era a principal esperança da equipa israelita para conseguir uma vitoria no Tour, e o ciclista de 36 anos não defraudou as expetativas.

Numa chegada bem ao seu estilo (o canadiano adora subidas mais curtas e inclinadas, onde a sua explosividade o separa da maioria), Woods não deu hipótese aos companheiros de fuga, meteu quase meio minuto ao segundo e 35 segundos ao terceiro classificado, levantando os braços e dando esperança a uma Israel que luta por todos os pontos que consiga amealhar.

Com a Vuelta ai virar da esquina, teremos o explosivo Woods a brilhar nas inclinadas rampas espanholas?


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