Tempestades elétricas no Mundial de Clubes 2025
O caso mais emblemático foi no duelo entre Chelsea e Benfica em Charlotte, suspenso por quase duas horas devido a relâmpagos a apenas 13 km do estádio, a partida durou 4h39min.A FIFA segue protocolo do National Weather Service (NWS) dos EUA: a partida é interrompida se houver trovões ou relâmpagos num raio de 8–16 km, com recomeço apenas 30 minutos após o último evento. Conforme o site oficial da FIFA, 6 partidas tiveram atrasos ou suspensões devido a tempestades e raios até 1º de julho de 2025 :
Data | Partida | Local (cidade) | Duração da paralisação |
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17 jun | Ulsan HD × Mamelodi Sundowns | Orlando | +1 h05 para início |
18 jun | Pachuca × RB Salzburg | Cincinnati | ~1 h30 de suspensão |
19 jun | Palmeiras × Al Ahly | East Rutherford, NJ | ~45–50 min de paralisação |
20 jun | Benfica × Auckland City (grupos) | Orlando | ~2 h de atraso no intervalo |
28 jun | Benfica × Chelsea (oitavas) | Charlotte, NC | ~1 h30 de paralisação |
Como funcionam os protocolos nos EUA
Nos Estados Unidos (e seguindo protocolo NWS/FIFA), a partida é suspensa automaticamente quando há sinais de raio dentro de 8–16 km do estádio. Após o último trovão ou relâmpago, aguarda-se um mínimo de 30 minutos antes de reiniciar — cada novo raio reseta esse temporizador.
Enzo Maresca: “Não é futebol. É uma piada”
Após o drama em Charlotte, o técnico do Chelsea, Enzo Maresca, desabafou:
“Para mim pessoalmente, não é futebol… é uma piada”
Ele criticou a escolha dos EUA como sede, argumentando que suspensões em amplos trechos:
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“Se suspenderem sete, oito jogos, provavelmente não é o lugar certo para a competição.”
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“Os jogadores passam duas horas dentro do estádio, não conseguem se manter mentalmente focados… é uma piada.”
Ele enfatizou que o clima distorce a dinâmica das partidas, alterando ritmos, estratégias e até resultados.
O alerta para o Mundial de 2026
Esses eventos levantam sérios alertas para a Copa de 2026 (EUA, Canadá, México): Além das paralisações por conta das tempestades elétricas, outro fator muito comentado foram as altas temperaturas. O que influência no ritmo e intesidade dos jogos. Principalmente dos atletas que atuam na Europa. Lá sempre jogam num clima mais ameno e por isso o desgaste é menor.
Calor extremo intenso
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Diversas cidades-sedes previstas em 2026 registram temperaturas médias em junho/julho acima dos limites seguros de 28°C, com picos semelhantes ou superiores aos vistos no Qatar 2022.
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Apenas Miami, Dallas e Houston terão estádios com teto ou climatização; as outras sedes ficarão expostas ao calor.
Propostas e reações
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A FIFPRO recomendou deslocar o início das partidas para noites, estender o intervalo ou suspender jogos se o ultrapassar 28°C, abaixo do limite atual oficial de 32°C .
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Há sugestões de pausas de hidratação adicionais e intervalos de 20 minutos por metade, conforme proposta recente.
Tempestades e relâmpagos
- EUA contam com risco de tempestades/tornados no verão – embora furacões sejam mais raros em junho, eventos severos ainda ocorrem.
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As lições aprendidas com o Mundial de Clubes exigem pausas similares em 2026, com clara necessidade de protocolos decididos com antecedência.
O temor das paralisações preocupa, caso ocorram em partidas mais decisivas. Pode ocorrer, numa final de copa por exemplo, que será no Metlife Stadium em Nova Iorque.
Impacto no cronograma e na audiência
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Interrupções repetidas afetam datas, logística, transmissão e também a experiência dos torcedores, que podem sair antes do fim dos jogos .
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É necessário revisões urgentes: horários noturnos, infraestrutura adequada e realinhamento do calendário para evitar choques climáticos.
Como a lei que trata as tempestades é Federal acho improvável uma alteração com grandes alterações até o mundial de 2026.
Principais Pontos a se discutir
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As tempestades elétricas e o calor extremo atrapalharam seriamente o Mundial de Clubes 2025.
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O desabafo de Maresca: o futebol foi distorcido, questionou a escolha do país-sede e pediu revisões urgentes.
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Para 2026, as autoridades precisam agir:
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Redesenhar horários (noites, tardes mais amenas)
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Introduzir pausas extras e reduzir a exposição ao calor
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Planejar suspensão de jogos por tempestades para proteger atletas e torcedores
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Garantir logística robusta para ajustes de calendário de transmissões e segurança
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A pressão já está aí – a Fifa, as federações e selectores de torneios terão que responder com medidas específicas para evitar que o clima transforme o espetáculo do futebol em um risco à saúde e à qualidade das partidas.