Regresso ao Futuro: Como estão os 5 “jovens” que se estrearam na Premier League em 2018?
Em 2018 apontámos 5 nomes de recém chegados que iam brilhar na Premier League. Passados 3 anos, como está a situação destes 5 craques? Revê aqui o que dissemos em Agosto de 2018, e o que podemos dizer agora.
Naby Keita
Está na sua quarta época em Liverpool, mas tarda em afirmar-se a 100 por cento nos Reds. Chegado com estatuto de estrela, que ganhou ao serviço do Leipzig, nunca conseguiu impor-se no meio campo da turma de Klopp, somando 60 jogos na Premier League, mas apenas 37 no onze inicial.
No total, soma 86 jogos pelos Reds, com 10 golos e 6 assistências na conta pessoal. Este ano, com a saída de Wijnaldum, Keita vê-se com mais espaço, mas mesmo assim, tarda em cimentar-se no onze base.
O que dissemos em 2018:
“Um reforço bombástico para o meio campo dos reds. O guineense de 23 anos tem todas as características necessárias para vingar em Anfield, não devendo ter grandes dificuldades em ser titular num meio campo que tem nomes como Jordan Henderson, Oxlade-Chamberlain, Adam Lallana ou Georginio Wijnaldum. O ex-Leipzig tem a técnica, visão de jogo e qualidade de passe e posicionamento que se exige a um médio de topo, aliando a estas virtudes uma enorme capacidade nos duelos tanto a atacar como a defender (apesar do seu 1,70 m é muito difícil ganhar-lhe no corpo a corpo e roubar-lhe a bola).
É ainda dotado de uma velocidade assinalável, utilizando-a para sufocar os médios adversários com a sua pressão. Keita tem ainda margem de progressão, o que nos pode indicar que estaremos na presença de um dos melhores médios na próxima década na Premier League, ele que é mais uma arma que Jurgen Klopp tem à disposição para tentar colocar o colosso Liverpool novamente na rota dos títulos, nacionais e europeus”.
Fred
Muito utilizado tanto por Mourinho como por Solskajer, mas nunca apreciado pela exigente massa associativa dos Red Devils. Um médio intenso, com capacidada na recuperação de bola e no transporte, mas que desaparece em muitos jogos, ele que tem também algumas paragens cerebrais que deixam a equipa em situações delicadas.
Um habituê na seleção brasileiro, Fred chegou a Old Trafford como reforço bomba, na altura “roubado” ao Man City, mas, três anos depois, não está nas graças dos sócios.
O que dissemos em 2018:
“Um dois em um perfeito da equipa de José Mourinho. Não só o português ganhou em excelente médio, como o tirou daquele que é o seu principal rival na luta pelo título, pois o City por momentos parecia ter garantido o brasileiro ex-Shakhtar. Fred é um médio muito intenso, forte na pressão alta e na procura da bola, tento também um pé esquerdo muito evoluído, tanto no drible curto como no passe.
O internacional canarinho é ainda bastante rápido, gostando de utilizar a sua velocidade para progredir com a bola e queimar linhas. É por um médio que encaixa no estilo de jogo de Mourinho, e com características diferentes das outras opções que o técnico tem para o seu duplo pivot de meio campo, e uma sombra que vai forçar Pogba a melhorar as suas performances. O valor pago foi demasiado elevado (59 milhões de euros), mas dinheiro não é problema em Manchester, muito menos quando o principal rival também está interessado no concurso desse jogador.”
Ryan Sességnon
Um jovem que não conseguiu impor-se desde a sua saída do Fulham. Manteve-se em Londres, so serviço dos Spurs, mas, agora com 21 anos, parece estagnado. O facto de ainda não se ter definido como extremo ou como lateral, pode ser uma das causas da sua pouca utilização, pois esta “hibridez” tem afetado o jovem internacional sub 21.
Com a chegada de Antonio Conte, e o seu conhecido 3-5-2, poderemos ver Sességnon afirmar-se finalmente, pois a posição de ala esquerdo parece ser a indicada para o menini formado no Craven Cottage.
O que dissemos em 2018:
“Um futuro caso sério do futebol inglês. O jovem de apenas 18 anos (no papel estaria a entrar agora para a sua ultima época de júnior) é já a principal figura do clube londrino que está de volta à Premier League, não sendo seguro que um grande do futebol inglês não cometa uma loucura para o contratar até setembro. Sessegnon é uma espécie de novo Bale, pois começou como lateral esquerdo mas a sua qualidade técnica, drible, velocidade e capacidade no ultimo terço tanto a assistir como a finalizar, adiantaram-no no terreno para ser o melhor extremo esquerdo do Championship na ultima época.
Com apenas 18 anos, Sessegnon soma já uns impressionantes 75 jogos no Championship, onde apontou 21 golos e fez 11 assistências (a maioria em 17/18). Estamos perante um craque dos pés à cabeça, e um futuro caso sério do futebol inglês a médio prazo. Soma 35 partidas pelas camadas jovens da seleção inglesa, sendo já aos 18 anos internacional sub21.”
Issa Diop
Em 2018 chegou como reforço bomba ao West Ham, sendo aos 21 anos já capitaão do Toulouse. Nas duas primeiras épocas, Diop foi um titulas quase indiscutível na equipa londrina, somando nesses dois anos 65 jogos na Premier League. No entanto, a época passada marcou a estagnação do central, que era apontado como futuro internacional francês, mas que já foi ultrapassado por Upamecano ou Koundé.
Nesta época, ainda não foi utilizado na liga inglesa, estando na sombra da dupla formada por Craig Dawson e Kourt Zouma, compatriota que lhe veio retirar protagonismo.
O que dissemos em 2018:
“Um dos muitos jovens defesas centrais franceses que prometem dar muitas dores de cabeça ao selecionador francês Didier Deschamps num futuro próximo. Diop é um central muito promissor, e que aos 21 anos já soma 85 jogos na principal divisão francesa, tendo sido diversas vezes capitão de equipa do Toulouse. O internacional sub21 gaulês não é exímio na saída de bola como os seus compatriotas Laporte, Umtiti ou Upamecano, mas compensa isso com a sua envergadura, velocidade e capacidade no desarme e no jogo aéreo.
O seu 1,94 m permite-lhe dominar no jogo aéreo defensivo, ele que também gosta de fazer moça nas bolas paradas atacantes. Na Premier League, campeonato intenso, físico e rápido, o jovem de 21 anos tem tudo para brilhar num West Ham que promete muito sob o comando do experiente chileno Manuel Pellegrini, e que já garantiu reforços como Lukasz Fabianski, Jack Wilshere, Andreyi Yarmolenko e Felipe Anderson.”
James Maddison
Certamente, o elemento desta curta lista que mais brilhou desde 2018. Quem vê James Maddison tocar na bola, sabe que está perante um predestinado do ponto de vista técnico. Fortíssimo ao nível do drible, passe e receção, Maddison tem sido uma das principais caras do Leicester de Brendan Rogers, ele que desde a sua chegada so topo do futebol inglês, já envergou a camisola da seleção dos 3 leões numa ocasião, embora tenha estado presente em várias convocatórias (Maddison é um dos muitos criativos ingleses que lutam por um lugar na seleção, como Mason Mount, Phil Foden, Jack Grealish ou Dele Alli).
Desde que chegou a Leicester, soma já 136 jogos em todas as competições, com 29 golos e 22 assistências, sendo um dos responsáveis pela afirmação dos foxes entre os “grandes” ingleses.
O que dissemos em 2018:
“Um dos mais talentosos jogadores da nova geração inglesa, que vai estar na seleção principal a médio prazo. Com apenas 21 anos, o jogador contratado pelos foxes ao Norwich por 25 milhões de euros notabiliza-se pela sua qualidade técnica, visão de jogo e forma hábil como tira os adversários do caminho. É muitas vezes apelidado de Isco inglês, devido à sua enorme qualidade individual e forma como guarda a bola e tira adversários do caminho.
O internacional sub21 inglês soma números muito interessantes, com 16 golos e 13 assistências em 53 jogos pelo Norwich. No Leicester, vai encontrar uma equipa habituada a jogar em 4-4-2, o que pode ser um obstáculo tendo em conta que o médio está habituado a alinhar na posição 10. Ainda assim, a saída de Riyad Mahrez abre uma vaga à direita, e não existe no plantel dos foxes nenhum jogador tão criativo e desequilibrador como Maddison, que pode muito bem ser aposta para substituir aquele que foi o melhor elemento do Leicester nas ultimas três épocas, e conseguir assim ser protagonista no ano de estreia na Premier League.”