Mundial da Rússia 2018: Mile Jedinák, o pulmão australiano

José Nuno QueirósMaio 6, 20182min0
O Grupo C é um dos mais complicados do Mundial da Rússia e a Austrália conta com Jedinák para complicar ainda mais as contas.

MILE JEDINÁK

Idade: 33
Clube: Aston Villa (Inglaterra)
Posição: Médio centro
Internacionalizações/golos: 75/18
Conquista mais importante na carreira: Taça Asiática (2015)
Avaliação de qualidade:
 3 em 5 estrelas

Um nome algo desconhecido para quem não acompanhou as equipas de fundo da tabela da Premier League nos últimos anos, Jedinák já nem atua no principal escalão inglês desde a descida do seu clube na última temporada.

No entanto o médio australiano sempre foi um jogador de qualidade acima da média nas escolhas do seu país e isso levou-o a ser chamado com enorme regularidade para os confrontos dos Socceroos, principalmente na Taça Asiática, onde Jedinák foi uma peça chave na conquista do primeiro lugar em 2015.

Sempre escondido na sombra de Tim Cahill e de Mooy, Jedinák nunca conseguiu ser a figura chave da sua seleção num campeonato do mundo como o de 2014 no Brasil. No entanto é a sua presença no meio-campo que ajuda esta equipa a construir o jogo quando alia o seu bom posicionamento à sua qualidade de passe, sendo muitas vezes dele o último toque antes da bola chegar aos pés do ponta de lança.

Outra característica importante e que joga a favor de Jedinák nesta qualificação para o mundial é a sua aproximação do ponta de lança para chegar a zonas de finalização e onde costuma ser premiado com regularidade como provam os números na sua seleção e o hat-trick apontado no jogo decisivo com as Honduras e que permitiu aos Socceroos começar a preparar as malas para a Rússia. Um jogador decisivo que apareceu no jogo mais decisivo do ano para os australianos.

A jogar com regularidade no Aston Villa numa liga bastante competitiva e com companheiros de equipa bastante experientes, Jedinák pode chegar ao mundial motivadíssimo e num grande momento para combater aquele que é um dos grupos mais complicados do mundial.

Com lutas com o meio campo da França e da Dinamarca, vai ser na raça e na força, aliados a um posicionamento inteligente que os médios australianos podem fazer a diferença para a sua equipa e é aqui que Jedinák pode vir a ser decisivo.

Outros destaques da Austrália: Tim Cahill (Millwall) ou Mathew Ryan (Brighton & Hove Albion).


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