A Melhor Seleção do Mundo
Gostava de estar a escrever sobre a nossa seleção, que por acaso até é a campeã europeia em título (e vai sê-la pelo menos mais um ano), ou até sobre a empolgante Bélgica ou a renovada Itália de Mancini. Mas este artigo é sobre a seleção de um país pelo qual grande parte dos portugueses nutre uma especial e fervente animosidade. É a seleção francesa.
A equipa francesa é, como sabemos, a campeã do mundo em título, tendo vencido a competição na Rússia de forma justíssima, onde deixou pelo caminho seleções como a Argentina, a Bélgica e a Croácia. Apesar de muitas vezes não apresentar um futebol tão empolgante como a Bélgica, uma posse de bola como a da Espanha ou os rasgos individuais de um Brasil, a França é neste momento a seleção mais compacta e sólida em todo o mundo, sendo, na minha opinião a grande candidata a vencer o próximo europeu. Didier Deschamps é um técnico altamente pragmático e frio, e a qualidade e quantidade brutais que tem à disposição para todas as posições coloca a sua equipa num patamar difícil de alcançar.
Guarda-Redes
Sem grande margem para dúvidas, o capitão Hugo Lloris é o dono e senhor da baliza. Apesar de ser de forma constante esquecido quando se abordam ou invocam os melhores do mundo na sua posição, o keeper do Tottenham leva mais de uma década a jogar ao serviço dos les Bleus, sendo titular desde a qualificação para o mundial da África do Sul. O experiente Steve Mandanda, pela sua relação de proximidade com Deschamps (que o orientou no Marselha) mantém-se como número 2, e há ainda dois mais jovens talentos à espera de um lugar ao sol, Maignan do Lille, e Aréola do Real Madrid, não esquecendo o ágil Benjamin Lecomte do Mónaco.
Laterais
À direita da defesa surge aquele que é provavelmente o ponto fraco da equipa. Apesar da qualidade dos jogadores, a mesma não acompanha o nível dos jogadores das restantes posições. Benjamin Pavard tem sido o elemento mais utilizado, alternando com Léo Dubois do Lyon. No radar do técnico estará ainda Djibril Sidibé, que até foi titular durante grande parte da qualificação para o mundial, mas perdeu algum protagonismo.
À esquerda, as soluções são várias. Desde a técnica e qualidade no cruzamento de Lucas Digne, à potência e velocidade de elementos como Benjamin Mendy e Lucas Hernádez, não esquecendo ainda o outro Mendy, Ferland, ou Layvin Kurzawa, dois elementos que fazem parte das opções do técnico.
Centrais
A zona central da defesa é dum dos setores mais apetrechados da equipa gaulesa. Para suportar esta afirmação, pense que o central do Manchester City Aymeric Laporte, não soma ainda qualquer internacionalização. E apesar de poder existir algum tipo de clivagem neste caso, não se pode apontar nada a Deschamps quando tem à sua disposição nomes como Raphael Varane, Clement Lenglet, Samuel Umtiti, Kurt Zouma ou Presnel Kimpembe. Além destes, os ainda mais jovens Dayot Upamecano , Ibrahima Konaté, Issa Diop ou Abdou Diallo prometem ainda mais dores de cabeça num futuro próximo, não esquecendo Boubacar Kamara do Marselha ou Mouctar Diakhaby do Valência.
Médios
Podíamos estar aqui a noite toda. As opções são tantas que Deschamps vai sempre, e em qualquer convocatória cometer injustiças. N´golo Kanté, Paul Pogba e Blaise Matuidi parecem ser os elementos que formam o núcleo duro deste meio campo, onde ainda moram Corentin Tolisso, Moussa Sissoko, Tongay Ndombele, Mattéo Guendouzi, Adrien Rabiot ou Bakayoko, deixando aqui de parte nomes como Steven N´Zonzi, Lucas Tousart, Morgan Sanson ou Morgan Schneiderlin.
Extremos/Médios Ofensivos
Está pronto(a)? Há muito por onde escolher. Temos de começar naturalmente pelo jogador mais valioso da atualidade, o jovem Kylian Mbappé, uma autêntica locomotiva que pode aparecer em qualquer zona do ataque. Para além do craque do PSG, a seleção francesa conta ainda com nomes como Thomas Lemar, Ousmane Dembelé, Kingsley Coman, Nabil Fekir, Florian Thauvin ou Jonathan Ikoné, estando num patamar mais abaixo ou algo esquecidos nomes como Hassam Aouar, Martin Terrier, Dmitri Payet ou Christopher Nkunku.
Avançados
Mais um setor apetrechadíssimo, numa equipa que se dá ao luxo de deixar de fora há vários anos Karim Benzema, provavelmente o melhor ponta de lança francês dos últimos anos. Antoine Griezmann é a referência ofensiva dos gauleses, e a par de Pogba e Mbappé a grande figura dos campeões mundiais. Um ataque que possui ainda nomes como Alexandre Lacazette, Wissam Ben Yedder, Anthony Martial, Aléssane Pléa e claro está, a referência na área Olivier Giroud, um mal amado de muitos mas um imprescindível para o selecionador. Para terminar, referir ainda os mais jovens Moussa Dembelé, dianteiro do Lyon, e Sebastian Haller, do West Ham.
Há seleção com mais soluções do que esta Super França?