Massarelos escreve-se com Jota
Diogo Jota mais 10, será talvez o melhor slogan para epigrafar a mais recente prestação da Seleção Nacional, a contar para a Liga das Nações. Liderados pelo génio do pequeno nortenho, Portugal venceu categoricamente a seleção sueca por 3-0 e continua na luta com a seleção da França pela passagem à próxima fase da competição.
Com a, quase hercúlea, missão de substituir Cristiano Ronaldo, Diogo Jota destacou-se durante a partida pelos 2 golos e a assistência para o golo de Bernardo Silva, que deram colorido ao resultado do jogo. Mas quem é Diogo Jota? De onde apareceu este pequeno craque e por que razão o seu impacto imediato foi tão abalador? Neste artigo, tratarei de expor um pouco – de maneira biográfica, ao início – a história de Diogo José Teixeira da Silva (Diogo Jota no mundo do futebol), passando pelas suas origens nortenhas até chegar a Anfield Road, “casa” onde habita desde Setembro do mais recente ano.
Nascido no dia 4 de Dezembro de 1996 na cidade universitária de Massarelos, no distrito do Porto, Diogo Silva, de nome legal, cresceu com André Silva, seu irmão e também jogador de futebol, Isabel e Joaquim, seus pais, e que desde cedo viram no jovem um potencial tamanho.
Foi assim aos 9 anos de idade que assinou pelo seu primeiro clube, o galo de Gondomar, onde se destacou rapidamente ao ponto de saltar à frente diversos escalões e, aos 13 anos, ter sido chamado a treinar no Paços de Ferreira. Conhecido na praça pública, o clube da Capital do móvel é presença regular na Primeira Liga de futebol e sem dúvida motivo de tremendo orgulho e realce, pelo talentoso jovem de Massarelos.
Estreou-se aos 19 anos com a camisola principal da equipa da Mata Real e o impacto foi imediato nos castores. Na sua época de estreia, no ano de 2015/16, fez 14 golos e 10 assistências em todas as competições nacionais, tornou-se o mais jovem jogador de futebol a marcar na Liga pela equipa de Paços de Ferreira, e o mais jovem a bisar numa partida em Portugal desde Cristiano Ronaldo, veja-se, nos seus tempos ao serviço do Sporting Clube de Portugal. Foi essencialmente nesse ano que Diogo Jota mostrou que veio para ficar, confirmando-se tal afirmação com o prémio de melhor jogador jovem da Liga na temporada 2015/16. O futuro desde cedo se adivinhou promissor.
Seguiu-se um salto de gigante para o Atlético de Madrid, e apesar de uma época menos conseguida tal não impediu o FC Porto de o contratar por empréstimo, onde se estreou aliás a marcar na Champions League e, aos 20 anos, estabelecer outro recorde, desta vez como o mais jovem de sempre a estrear-se a marcar pelo FC Porto, na maior prova de clubes da Europa.
Seguiu-se depois a entrada no “Projeto Nuno Espírito Santo” propiciado em grande medida pelo génio de Jorge Mendes, e que coincidiu com a entrada de inúmeros portugueses no Wolverhampton – que então militava na Championship – clube que juntou Diogo Jota a nomes como Rúben Neves, Rúben Vinagre, Ivan Cavaleiro ou Hélder Costa. Alcançada a subida à Premier League, Diogo rapidamente se tornou um dos “favoritos dos fãs” e não só. Acarinhado há muito por Jürgen Klopp, Jota viu o seu trabalho recompensado com a transferência para os Reds no mais recente mercado de transferências.
Visto por muitos como o próximo substituto de Cristiano Ronaldo no lado esquerdo do ataque nacional, Diogo Jota é aos 23 anos (!!) umas das maiores pérolas do futebol português e encontra-se, sem margem para dúvida, e como o próprio já assumiu publicamente, no “melhor momento da sua carreira”.
⚡ ????? ???? ⚡ não está para brincadeiras nesta Liga das Nações.
? 4 jogos/matches
⏱ 214' minutos/minutes
⚽ 3 golos/goals
? 1 assistência/1 assist#VamosTodos #VamosComTudo #NationsLeague pic.twitter.com/LnEd4J4I9E— Portugal (@selecaoportugal) October 15, 2020