Mundial da Rússia 2018: o onze da Inglaterra

Gonçalo MeloMaio 26, 20185min0
A seleção inglesa é um crónica candidata nas grandes competições, apesar dos muitos fracassos recentes. Em 2018 chega à Rússia com uma das seleções mais jovens e promissores do certame, e vai querer certamente melhorar em relação às ultimas prestações.

Com uma das seleções mais jovens da prova, a seleção inglesa chega a terras russas com a pressão de limpar a imagem das suas ultimas prestações em grandes competições, e para isso conta com uma jovem talentosa geração, e um também jovem e ambicioso selecionador. Os 23 da Inglaterra:

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Foto: Footy Headlines

O Trajeto

A seleção Inglesa é uma das cronicas candidatas nas grandes competições, ainda assim, tem feito pouco por merecer esse estatuto. Apenas um grande titulo, o mundial jogado em casa em 1966, e muitas desilusões nos anos recentes são o cartão de visita de uma seleção constantemente colocada entre os melhores, mas que não é das melhores. Para se ter uma ideia, desde 2004, incluindo mundiais e europeus o máximo que esta seleção atingiu foram uns quartos de final no Euro 2004 e quartos no mundial 2006, tendo mesmo ficado de fora do Euro 2008, e tendo caído na primeira fase a eliminar dos torneios de 2010, 2012 e 2016, sendo o maior escandalo a eliminação na fase de grupos do mundial do Brasil com apenas 1 ponto em três jogos. Em 2018, as expectativas voltam a ser elevadas, pois a seleção dos três leões apresenta sempre um elenco com jogadores das melhores equipas inglesas. Para chegar à Rússia os comandados de Southgate realizaram uma excelente qualificação, com apenas 2 empates em 10 jogos,  num grupo de contava com Escócia, Eslovénia e Eslováquia.

A equipa

O selecionador inglês tem apostado num 3-5-2/5-3-2 desde que chegou à equipa, devendo ser esse o esquema apresentado no mundial, uma tática que permite dominar o meio campo e beneficiar da profundidade dos seus alas.

Na baliza reside uma das maiores duvidas em relação ao onze que Southgate vai apresentar. Com o experiente Joe Hart fora das opções depois de uma má época ao serviço do West Ham, existe a duvida sobre qual dos jovens guarda redes vai ser lançado no onze. Se Nick Pope é claramente o terceiro na hierarquia, Jordan Pickford e Jack Butland perfilam-se como possíveis donos da baliza, pendendo a balança na nossa opinião para o guardião do Stoke City. Butland é um guarda redes mais fiável que Pickford, mais alto, melhor nos postes e na saída aos cruzamentos. Pickford é um guardião mais “espetacular”, no entanto tem momentos de autêntico pânico devido à sua excessiva confiança a sair da baliza e ao seu demasiado conforto a jogar com os pés. Butland portanto.

Na defesa, um trio de centrais a parar as investidas adversárias. Kyle Walker deverá jogar como central do lado direito, utilizando a sua força e potência para parar os ataques adversários. Mais pelo meio, dúvida entre John Stones e Phil Jones, com a balança a pender para o defesa do Manchester City devido à sua qualidade com bola, enquanto que mais à esquerda deverá estar o mais experiente Gary Cahill. Nas laterais, a fazer todo o corredor, estará Kieran Trippier à direita. Com uma capacidade notável de fazer o vaivém na direita, e uma qualidade incrível no cruzamento, o lateral do Tottenham será à priori o dono do lugar, devido à pouca experiência de Alexander Arnold e também ao facto de Walker desempenhar outra função. À esquerda a outra dúvida no onze. Ashley Young vem de uma melhor época, mas é uma adaptação, enquanto Danny Rose sempre foi lateral. O facto de ser uma defesa com três centrais poderá beneficiar o jogador de José Mourinho, que aos 32 anos joga o seu primeiro mundial.

No meio campo há poucas ou nenhuma dúvida. Eric Dier e Jordan Henderson vão formar o duplo pivot que vai proteger o criativo Dele Alli. Os dois médios defensivos destacam-se pela sua capacidade física e envergadura, sendo também muito dotados ao nível do passe. Foram dos mais utilizados na qualificação, e devem manter a confiança de Southgate. Dele Alli tem também a sua titularidade assegurada pelo menos na fase inicial, ele que é um “10” de grande qualidade técnica, que aparece muitas vezes em zonas adiantadas para finalizar com classe. Ainda assim, Jesse Lingard é uma alternativa de peso, não sendo de estranhar que o médio do Manchester United tenha muitos minutos. Oxlade-Chamberlain é a grande ausência dos Três Leões, ele que deveria atirar um dos três elementos acima apontados como titulares para o banco.

No ataque ,os dois lugares são de Sterling e Kane. O jogador do City teve a sua melhor época da carreira em 17/18, tendo apontado 23 golos e feito 17 assistências em 46 jogos esta temporada. Já Harry Kane é a principal figura desta equipa, tendo sido nomeado o novo capitão de equipa recentemente, com apenas 25 anos e 23 internacionalizações. O fenomenal ponta de lança ainda não rendeu ao serviço da sua seleção o que tem rendido no seu Tottenham, ele que tem o estratosférico número de 140 golos em 213 jogos pelos Spurs. Prontos a sair do banco e a agitar o ataque estarão o jovem prodígio Marcus Rashford, uma autêntica locomotiva letal capaz de levar uma equipa às costas, o experiente, veloz  e matador Jamie Vardy e o muito criticado Danny Welbeck, que parece estar a voltar à sua melhor forma.

Onze:

GR: Butland

DCD: Walker

DCC: Stones

DCE: Cahill

LD: Trippier

LE: Young

MDef: Dier

MDef: Henderson

MO: Alli

SA: Sterling

PL: Kane

 


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