Sporting diz adeus ao sonho e volta à dura realidade
Sporting empata em casa com a Juventus e termina com a ilusão de uma potencial final europeia e fica agora com 6 jornadas que pouco mais servirão para fazer calendário e, quiçá, ter uma palavra indireta na luta pelo título.
Num jogo onde o Sporting precisava de marcar, pelo menos, mais um golo do que a equipa italiana, o que se viu foi um autêntico deserto de ideias ofensivas e alguma falta de vontade de arriscar, com medo de sofrer um golo. Golo esse que acabou por sofrer na mesma, em mais uma bola parada (foram 2 golos assim para a Juventus) e as possibilidades de sucesso ficaram obviamente mais escassas.
Apesar de tudo, Ugarte conseguiu “ganhar” uma grande penalidade e Edwards fez renascer a esperança leonina quando ainda faltava muito tempo para jogar, mas quando chegou a segunda parte o que se viu foi uma equipa e um banco à espera dos minutos finais para atacar a baliza adversária, deixando tudo em aberto para decidir no fim. A Juventus ficou confortável no campo, atacou apenas pela certa e ainda esteve perto do 1-2, mas foi só já com Coates na frente que o Sporting criou as duas situações finais de perigo, algo bastante curto para uma equipa que sabia que era eliminada se não marcasse mais um golo.
É certo que se pode dizer que o Sporting foi melhor na eliminatória, mas também me parece verdade que se pode dizer que a Juventus esteve quase sempre mais confortável na mesma, abanando apenas nos minutos finais de cada jogo. A equipa sem Paulinho é um vazio de ideias ofensivas, em que Pote e Trincão ficam presos na teia defensiva que Chermiti nunca consegue desmontar, nem sequer fazer abanar, sendo absolutamente irrelevante em toda a eliminatória a sua presença em campo, onde nem em duelos aéreos se notou a sua presença.
É urgente atacar a próxima temporada com uma ou duas alternativas bem mais válidas a Paulinho (ou até serem titulares, dependerá do trabalho nos treinos) para que não se volte a ter que ficar preso a um avançado que tem zero impacto na dinâmica ofensiva da equipa. É até prejudicial para a potencial evolução de Chermiti estar a ser utilizado num nível para o qual não está minimamente preparado e no qual se prejudica a si mesmo e à equipa.
Com o cenário Champions fora do horizonte resta terminar esta época, pensar na próxima e não cometer os mesmos erros, infelizmente, é provável que alguma estrela da equipa tenha que abandonar para colmatar o fracasso.