Serão os “Leõezinhos” a solução para o futuro do Sporting?
O Sporting vive neste momento duas realidades bastantes distintas nas suas duas principais equipas de futebol profissional. Se por um lado a equipa A atravessa uma enorme crise de confiança que se traduz em exibições paupérrimas e resultados decepcionantes, a equipa de Sub-23 lidera a sua liga, conseguindo frequentemente resultados avultados que advém de grandes exibições, quer no plano individual quer no plano coletivo.
Em Alvalade pede-se a “subida” de vários “meninos”, mas não será isto uma reação exagerada fruto da aparente falta de soluções apresentada pela equipa A?
Como se viu com a experiência de Leonel Pontes enquanto treinador interino, colocar a estrutura da equipa no escalão acima não trouxe os resultados desejados. O futebol continuou pobre e nem uma vitória para amostra em 3 partidas (2 derrotas e 1 empate).
Por aqui se vê, imediatamente, que é preciso olhar com atenção para as diferenças de competitividade entre os dois escalões.
Com o devido respeito pelos adversários do Sporting Sub-23, o nível que a Liga Revelação apresenta é demasiado reduzido, fator que facilita a explosão dos homens de Leonel Pontes, catapultando-os para exibições muito boas.
É portanto ponto assente que “atirar os jovens às feras” com a esperança de que sejam eles a resolver é o caminho errado e o primeiro passo para estragar um excelente grupo de jovens!
Pedro Mendes parece neste momento o jogador mais perto de chegar à equipa A, mas é uma situação que advém da falta de uma solução a Luiz Phellype e não da capacidade de Pedro Mendes. O avançado é bom, mas não é um ponta de lança com nível para ser titular do Sporting, pelo menos se a equipa quiser atacar o título, apesar de ter tudo para vir a ser uma peça importante no futuro.
Aos treinos da equipa A costumam também ir Eduardo Quaresma, João Ricciulli, Tomás Silva, Rodrigo Fernandes e Matheus Nunes.
Os dois centrais apresentam-se como promissores e não seria mal pensado trocar o 4º central (Ilori) por um jovem. Mantinha praticamente todos os centrais com ritmo de jogo e ainda reduzia a carga de ordenado ao ver-se livre de um jogador que não tem qualquer retorno desportivo.
No entanto, estes jovens parecem mais pensados para substituir Mathieu na próxima época e não para assumir ainda esta época um lugar no plantel.
Nos médios é que a situação fica mais difícil de esclarecer. Rodrigo e Matheus são dois médios que poderiam ser opções neste plantel leonino.
Doumbia é um jogador extremamente limitado, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista tático. Esconde-se do jogo, tem uma tendência absurda de jogar para trás, não traz verticalidade ao jogo do Sporting, e mesmo do ponto de vista defensivo é muito pouco intenso, permitindo a todos os médios adversários que pensem o jogo com toda a clama do mundo.
Ora tendo alguém tão limitado no plantel, não era de estranhar que alguém avançasse para o seu lugar, pois parece claro que pior é impossível, sendo que, pelo menos do ponto de vista tático, os atletas de Alcochete tiveram uma melhor “escola” que o costa-marfinense.
Ainda assim é comum a todos os técnicos apostar em Doumbia e até em Wendel que são neste momento o entrave a todo o jogo do Sporting, prejudicando a equipa com bola e sem bola.
Com a correção destas duas posições, o futebol leonino aumentaria radicalmente de qualidade e aí sim, faria sentido pensar no ponta de lança que finalizaria as jogadas, porque nenhum ponta de lança finaliza numa equipa que não faz a bola chegar lá à frente com qualidade.
Não estranharia pois que Matheus e Rodrigo fizessem a sua estreia pelo Sporting num futuro próximo, até porque não podemos esperar eternamente por Battaglia, apesar de fazer muita falta ao meio campo do Sporting, sendo provavelmente o melhor reforço que o Sporting poderia receber.
De qualquer maneira não serão todos os atletas a “dar o salto” para o plantel principal do Sporting. Mais importante que tudo convém analisar a qualidade dos atletas e perceber se são jogadores com a qualidade necessária para fazer o Sporting lutar pelo que sempre lutou, o título nacional.