5 Emprestados que Podem Regressar ao Dragão
Um dos principais méritos de Sérgio Conceição tem sido a capacidade de potenciar jogadores a priori descartados pelos adeptos azuis e brancos. Nesse sentido, decidimos reunir uma lista de 5 jogadores portistas atualmente emprestados e que podem integrar o plantel do FC Porto da próxima temporada.
Chidozie Awaziem
O aparecimento do nigeriano na equipa principal do FC Porto causou alguma surpresa nos aficionados azuis e brancos, nomeadamente pelo facto do seu jogo de estreia ter sido num clássico na Luz. A exibição imperial de Chidozie nesse encontro abriu-lhe as portas para o onze, no entanto, o defesa não conseguiu corresponder nos jogos seguintes e o elã foi-se perdendo. Depois de uma época 2016/2017 escondido dos holofotes, Chidozie foi emprestado ao Nantes envolvido na transferência de Sérgio Conceição e a decisão não poderia ter sido mais acertada. O nigeriano tem evoluído bastante nas mãos do experiente Claudio Ranieri, especialmente nos aspectos táticos e emocionais, elementos onde Chidozie revelava inúmeras lacunas. Se por um lado o central está bastante menos faltoso e muito mais racional nas abordagens ao homem adversário, por outro lado nota-se que Chidozie é hoje um defensor com um posicionamento tático e leitura de jogo quase irrepreensíveis. Apesar de não ser titular indiscutível, é um dos homens mais utilizados pelo técnico italiano no Nantes, tendo inclusive recebido alguns elogios da imprensa especializada. Com as saídas “definitivas” de Iván Marcano e Diego Reyes, o regresso de Chidozie seria certamente muito bem acolhido por parte dos simpatizantes portistas, pois além de ser um elemento da formação tem demonstrado na presente temporada qualidade suficiente para regressar ao seu clube. Resta por último saber se o Nantes está disposto a desembolsar 16 milhões de euros para ficar com o jogador de 21 anos e, obviamente, se o FC Porto prefere dinheiro fresco na conta ou um ativo muito promissor no plantel.
Willy Boly
A contratação do francês na época transata não foi unanimemente bem recebida pelos adeptos azuis e brancos, nesse sentido, o empréstimo com opção de compra ao Wolverhampton foi acolhida com satisfação e alívio pela possibilidade de ver um jogador prescindível num campeonato muito interessante e mediático. Em terras de Sua Majestade, Boly tem demonstrado todas as suas valências físicas e aperfeiçoado as lacunas técnico-táticas, o que lhe tem dado a titularidade absoluta na formação orientada por Nuno Espírito Santo. Também neste caso as saídas de Marcano e Reyes abrem as portas para o regresso do franco-marfinense de 27 anos ao Dragão, onde seria uma mais-valia no centro da defesa portista pela imponência física, melhorada saída de bola, contributo nas bolas paradas defensivas e ofensivas (até ao momento tem 3 tentos na época), bem como, aperfeiçoado posicionamento tático. Os 12 milhões de euros da cláusula de compra não serão um obstáculo para os “Wolves”, contudo, face ao reduzido lucro líquido que o FC Porto retiraria desta transferência, fica a perceção de que Boly poderia ser uma solução sem risco para substituir Marcano e Reyes, bem ao estilo de Sérgio Conceição.
Mikel Agu
O nigeriano dispensa apresentações pois ao longo das últimas temporadas foi incessantemente apontado como um dos melhores ativos da formação azul e branca, contudo, viria a rumar sempre a outras paragens. Depois da significativa progressão em Setúbal na temporada 2016/2017, tudo apontava para que Mikel Agu fizesse finalmente parte do plantel portista, porém tal viria a não se materializar. No Bursaspor o médio defensivo não tem tido dificuldades em se impor, apresentando inúmeras melhorias no seu estilo de jogo. Primeiramente, Agu é hoje um jogador que participa mais no primeiro momento de construção da sua equipa, não tendo receio de assumir a bola e fazer a ponte de ligação entre o sector mais recuado e os homens da frente. Por outro lado, o nigeriano de 24 anos tem sabido domar a sua agressividade no centro do terreno, melhorando assim o seu contributo coletivo. Por último, o médio defensivo tem aparecido cada vez mais nos limites da área contrária, o que lhe tem permitido fazer o gosto ao pé e realizar assistências para os seus companheiros de equipa. Com a expectável cobiça por Danilo Pereira no final da temporada, Mikel Agu seria um substituto natural que traria imensos benefícios ao FC Porto: produto da formação, potencial e margem para progressão, rendimento desportivo imediato e crescente e política salarial alinhada com o estado atual das finanças do clube.
Omar Govea
O médio centro mexicano é daqueles jogadores que quando vemos a tocar na bola sabemos imediatamente que está ali um belíssimo ativo para o clube. Formado no América do México, Omar Govea começou desde logo a destacar-se no FC Porto B pelas suas qualidades táticas, recursos técnicos e mentalidade competitiva em 2015/2016. Uma lesão gravíssima retirou-o do radar do plantel principal azul e branco na temporada passada, contudo, a bela época que Omar Govea está a realizar em Mouscron (Bélgica) parece ter tido o condão de “reativar” o sinal de GPS. O mexicano de 22 anos deixou de ser meramente um pivot defensivo para se assumir como um médio completo, quase box-to-box, capaz de ser o homem no centro do terreno responsável pela destruição do jogo adversário e pela construção do momento ofensivo da sua equipa. Até ao momento, Omar Govea é titular indiscutível na modesta formação de Mouscron com 4 tentos e 4 assistências, alimentando cada vez mais a curiosidade dos principais emblemas belgas. Com o talento inato de Sérgio Conceição para potenciar e espremer ao máximo os seus jogadores, Govea seria indubitavelmente uma adição interessante no plantel da próxima temporada, rendendo com facilidade ativos que estão em claro sub-rendimento, como Paulinho, Óliver Torres ou André André. O talento do mexicano é inquestionável, veremos se a aposta do clube no jogador também o será.
Ivo Rodrigues
O extremo é quiçá um dos nomes mais comuns e próximos dos aficionados azuis e brancos, uma vez que desde cedo se esperou muito deste talentoso extremo esquerdo. Nos últimos anos, Ivo Rodrigues andava algo perdido do mundo do futebol, porém, a orientação do experiente Laszlo Boloni parece ter sido imprescindível para que o português recuperasse a alegria de jogar e conseguisse explanar todo o seu futebol. Em 2017/2018, Ivo Rodrigues rumou a Antuérpia e cedo começou a ter um papel importante na sua equipa, quer adicionando mais objetividade ao seu jogo ofensivo quer contribuindo com maior veemência para o equilíbrio defensivo da sua formação. Ao longo da primeira metade da temporada, o extremo português faturou por 3 vezes e assistiu os seus companheiros em 2 ocasiões, contudo, uma lesão em Dezembro retirou Ivo Rodrigues da equipa e levou a uma segunda volta para esquecer. Apesar deste desaire, o jovem português demonstrou uma maior maturidade e um crescimento futebolístico assinalável, nesse sentido, face às prováveis saídas de Brahimi, Hernâni e Waris, Ivo Rodrigues poderia perfeitamente ser um elemento importante na rotatividade do plantel, adicionando boa capacidade de remate e finalização ao conjunto portista.