Os Nomes Associados ao Benfica- O que podem trazer?

Gonçalo MeloAgosto 2, 20206min0

Os Nomes Associados ao Benfica- O que podem trazer?

Gonçalo MeloAgosto 2, 20206min0
O Benfica 2020/2021 vai ser certamente muito diferente. Dos vários nomes que têm sido associados ao clube, trazemos alguns dos mais fortes e mais chamativos.

O mercado de transferências é pródigo em noticias diárias que apontam jogadores aos vários clubes, mas em Portugal, nenhum clube vê tantos nomes associados a si como o Sport Lisboa e Benfica. Neste último mês, já foram pelo menos duas dezenas de nomes ligados ao clube da Luz, e cabe agora tentar perceber o que alguns deles podem trazer de importante a um Benfica que precisa de um abanão forte e de uma nova vida.

Helton Leite

O guardião brasileiro parece estar apenas à distância de uma oficialização, pois a sua contratação já vem sendo confirmada há algumas semanas. Um dos melhores guardiões da nossa liga, Helton Leite destaca-se pela sua enorme envergadura (1,96 m), mas nem esta fisionomia impede o brasileiro de 29 anos de ser incrivelmente ágil e dotado de grande reflexos, juntando a isso um muito razoável jogo de pés. Fará tremer Vlachodimos?

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Gilberto e Guga

Dois laterais brasileiros, em diferentes fases da carreira. Guga, de 21 anos, tem sido o titular da seleção olímpica brasileira, mas deverá ser difícil tirá-lo de um Atlético Mineiro que está a investir forte sob o comando de Jorge Sampaoli, ainda para mais tendo em conta a sua idade e potencial, já que é muito dotado tecnicamente. Já Gilberto, é um nome difícil de compreender. Aos 27 anos nunca se conseguiu destacar ao ponto de ser associado a um clube da dimensão do Benfica, havendo pelo menos 5 laterais direitos claramente melhores no Brasileirão (Marcos Rocha, Fagner, Marcinho, Léo Gomes ou Zeca, não colocando aqui nomes como Dani Alves ou Rafinha).

Ezequiel Garay, Robin Koch e Leandro Cabrera

Três nomes que elevarão o nível do centro da defesa encarnada. Jardel continua a ser o melhor central encarnado a par de Rúben Dias, algo que tem de ser considerado inaceitável. Dos três nomes referidos, dois deverão chegar ao clube da Luz, existindo ainda em carteira o nome de Lucas Veríssimo. Garay é um dos melhores centrais da última década no futebol europeu, e a sua experiência será certamente bem vinda. No entanto, a lesão grave no joelho que contraiu em Fevereiro e os seus 33 anos poderão hipotecar o regresso do argentino.

Robin Koch, pelo contrário, deveria ser um alvo prioritário. O alemão de 24 anos, já internacional, ainda comete alguns erros, muito graças a algum excesso de confiança (é muito forte com bola, e muito capaz no passe) que por vezes saem caro, mas teria em Jorge Jesus um técnico que o catapultaria para o nível de alguns compatriotas seus, como Niklas Sule ou Jonathan Tah. Já Cabrera é um central diferente. Canhoto, também pode em ultimo caso atuar a lateral esquerdo, destaca-se pela sua agressividade, bem característica dos centrais uruguaios. A descida de divisão do Espanhol pode facilitar a negociação pelo central de 29 anos.

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Gerson

Um box to box que traria algo diferente à posição 8 do Benfica, uma espécie de híbrido entre Gabriel e Taraabt. Ainda assim, a contratação do jovem brasileiro de 23 anos é praticamente impossível, pois para além do seu talento e idade, o Flamengo dificilmente negociará o seu passe, ele que tem uma cláusula de rescisão no valor de 60 milhões de euros.

No entanto, Gerson é o protótipo de 8 que Jesus aprecia, devido à intensidade, velocidade, técnica e capacidade de chegar rápido ao ultimo terço, um pouco à semelhança do que fazia Enzo Pérez, com a particularidade de, ao contrário do argentino agora do River Plate, ser esquerdino.

Éverton Cebolinha e Bruno Henrique

Dois elementos que rendem sobretudo a partir da esquerda, mas com características marcadamente diferentes. Everton é um extremo à “moda antiga”, fortíssimo no um para um, com uma capacidade de drible em velocidade ao nível dos melhores, e que se destaca ainda pela boa meia distância. Já Bruno Henrique destaca-se pela sua enorme velocidade de ponta, uma autêntica locomotiva, que privilegia os ataques à profundidade e que explora como poucos as costas da defesa.

Tanto um como o outro obrigam a um investimento elevado, no entanto é impossível não salientar a diferença etárias entre ambos, com Everton, com os seus 24 anos, a justificar uma atenção maior, por ser um jogador que facilmente possibilitará retorno financeiro.

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Luca Waldschmidt e Edinson Cavani

Uma dupla que, a confirmar-se, seria um problema sério para os adversários. Waldschmidt já vem há muito a ser associado aos encarnados, e nesta última semana alguma imprensa já deu o acordo como fechado por 15 milhões de euros. Um segundo avançado com um pé esquerdo notável, que aparece em todas as zonas do ataque e que consegue ser influente a juntar-se aos médios e a construir, destacando-se ainda pela precisão no remate e pelo perigo nas bolas paradas. Um internacional alemão de 24 anos por 15 milhões? Parece pouco.

Cavani dispensa apresentações. Um nome que na opinião da maioria continua a ser utópico e inalcançável para o Benfica, um jogador que tem algo como 341 golos em 556 jogos oficiais a nível de clubes, aos quais junta mais 50 golos em 116 internacionalizações pelo seu Uruguai, o que dá uma média de 1 golo a cada 126 minutos de utilização. Estará o melhor marcador da história do PSG a caminho da Luz?

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