As 5 melhores (ou piores) frases de sempre de Rui Vitoria
Rui Vitória fica na Luz, sobrevivendo a um clima conturbado. Se uma das coisas que destacam o técnico em relação ao seu antecessor (Jorge Jesus) era o discurso mais ponderado e acertado. Ainda assim, o treinador dos encarnados têm já várias “pérolas” de que não se livra. Destacamos aqui 5 das melhores frases de Rui Vitória enquanto treinador do Benfica!
“Se fosse fácil não era para nós!”
Rui Vitória disse isto em 2015, sobre a passagem aos oitavos da Champions. É certo que o Benfica conseguiu, aí, passar aos oitavos e até fazer um brilharete no Vicente Calderón. Terá, nos últimos dois anos, a tarefa ficado mais difícil? Serão Manchester United, Basileia e CSKA de Moscovo adversários mais difíceis do que Atlético, Galatasaray e Astana?
A tarefa na Champions nunca será fácil, mas nestes dois últimos anos não tem sido para Rui Vitória. Veremos se a Liga Europa, uma tarefa “mais acessível”, é aquilo que o ribatejano precisa para voltar ao sucesso na Europa.
“Sou um chefe de família, um pai honrado, boa pessoa e tenho bons princípios.”
Nem os mais críticos de Rui Vitória serão capazes de duvidar da veracidade desta afirmação. Por aquilo que vemos do treinador nas conferências de imprensa e na forma como lida com os jogadores, temos a certeza que é verdade. Rui Vitória parece um senhor simpático, uma boa pessoa, um homem com princípios e um bom coração.
Apesar de o mister ser tudo isto, talvez o Benfica precise mais de alguém que domine tática e princípios futebolísticos, que perceba como aproveitar os três corredores e tenha uma ideia de construção a partir de trás. Pelo menos para a posição de treinador, claro! Com esta frase, Rui Vitória parece o homem certo para a direção da Fundação Benfica e não para o banco encarnado.
“A bola parecia que por magia não passava a linha.”
Não é magia, não é Deus nem nenhuma força imaginária. O Benfica jogou e tem jogado mal e, assim, estará sempre mais longe dos golos e da vitória. No jogo sobre o qual Rui Vitória disse isto (derrota por 2-0 com o Belenenses), o Benfica até teve algumas boas oportunidades mas não marcou. Apesar do futebol não ser aquele que já vimos os encarnados jogar nos últimos anos, as chances foram aparecendo. Mas, mesmo aí, a magia não tem nada a ver com o futebol.
A eficácia trabalha-se e, 4 derrotas e 1 empate nos últimos 7 jogos não é fruto da magia. É fruto de falta de ideias e eficácia, tudo isto num plantel superior a (quase) todas as equipas do nosso campeonato.
“É assumir a derrota. Há que saber conviver com o insucesso.”
Mesmo os mais acérrimos apoiantes de Rui Vitória terão sentido arrepios com esta frase. A cultura do Benfica obriga a vencer e, se o clube esteve vários anos sem levantar um título, desde a chegada de Jorge Jesus em 2009 o caso tem sido outro.
O discurso do treinador de um dos eternos candidatos ao título não pode ser este. Não pode conviver com o insucesso, tem que sentir desconforto ao viver com ele. O discurso, bem como o futebol praticado fazem, infelizmente, lembrar o Benfica dos negros anos 90. Hoje, mister, não podemos assumir derrotas, muito menos insucessos atrás de insucessos, como não pode ser para o Sporting CP ou FC Porto.
“O treinador da Champions com mais vitórias no rácio de jogos sou eu.”
Rui Vitória foi categórico ao afirmar que, na Champions, era o treinador do Benfica com maior rácio de vitórias. A afirmação é errada, Rui Vitória está bem longe dos melhores rácios de treinadores encarnados na Europa. Mas talvez o ribatejano se quisesse referir apenas aos treinadores mais recentes, certo? Não, no século XXI Ronald Koeman e Jorge Jesus têm um registo melhor do que o atual treinador do Benfica.
É uma gafe e ninguém está livre de as cometer. Aliás, a situação até teria piada, não estivesse o Benfica numa das sequências mais negras na Champions de que há memória (10 derrotas nos últimos 12 jogos).