A nova vida do Monaco com Thierry Henry ao leme
Depois do início desastroso do Monaco na Ligue 1, os dirigentes monegascos tomaram a decisão de despedir o treinador português do comando técnico, assim sendo, Leonardo Jardim saiu e entrou Thierry Henry para o seu lugar.
Já se previa que esta época podia ser a mais complicada da carreira de Leonardo Jardim no Monaco. As principais peças da equipa eram constantemente vendidas ano após ano, e esta época não pareciam haver substitutos à altura para manter a exigência de outros tempos.
O técnico madeirense sempre foi conhecido por potenciar muitos jogadores jovens, mas não se pode pedir que Leonardo Jardim crie qualidade nos seus jogadores, este apenas leva a qualidade já existente a níveis perto do 100% e não é todos os dias que se conseguem substituir jogadores como Mbappé ou Bernardo Silva.
Apesar de tudo, a equipa do Monaco continuava a ser melhor que a maioria dos seus adversários, pelo que estar em zona de descida na 9ª jornada da liga com apenas 6 pontos não pode ser apenas justificado com a preparação de um plantel novo e que precisa de ser melhorado. Apenas 1 vitória é forte indicador da falta de qualidade da equipa e que Leonardo Jardim não podia continuar lá mais tempo.
O substituto apareceu rápido na equipa do principado, Thierry Henry, ex-jogador do clube e que fazia parte da equipa técnica que levou a Bélgica à melhor classificação de sempre em Mundiais.
Mas Henry trouxe com ele um técnico português, mantendo assim presente a alma lusitana no plantel. Falámos de João Tralhão que tão bom trabalho fez nas equipas jovens do Benfica, e que parece encaixar como uma luva nesta política do Monaco.
A vida do técnico francês também não começou de feição, e o Monaco voltou a perder, e para pior foi ultrapassado pelo Nantes e ocupa agora o penúltimo lugar da tabela. É certo que o técnico não podia fazer milagres em apenas alguns dias no clube, mas nem o tónico extra que por vezes a “chicotada psicológica” têm nos jogadores o técnico conseguiu explorar e arranca com o pé esquerdo a sua carreira nos bancos.
Agora, Henry vai ter pela frente o Club Brugge para a Champions League. É um bom adversário para iniciar uma nova vida no clube, visto ser, em teoria, a equipa mais débil do grupo e o Monaco precisar de fazer os primeiros pontos no grupo, para, pelo menos, conseguir um lugar na Liga Europa.
Ganhar na Bélgica significaria também a primeira vitória desde 11 de Agosto quando o Monaco, na já longínqua primeira jornada, foi a casa do Nantes bater a equipa, na altura, de Miguel Cardoso, num duelo de técnicos lusos que abandonaram ambas as equipas na zona de despromoção.
O Monaco ainda pode acabar a época num lugar europeu e conseguir fazer uma boa campanha na Liga Europa, pelo que nada está perdido para Henry, mas os milagres não vão acontecer e há um Monaco vs PSG já no dia 11 de Novembro, pelo que não ganhar nas próximas duas jornadas pode ser um golpe muito duro para a equipa à chegada para o jogo com o campeão francês.
Tem a palavra agora Thierry Henry para provar que não fazia a diferença apenas dentro do campo, mas que também pode ser uma figura de destaque no banco de suplentes e levar o clube onde já jogou a regressar aos lugares cimeiros do campeonato.