O melhor de 2018 da “La Liga”

Bruno DiasDezembro 29, 20185min0

O melhor de 2018 da “La Liga”

Bruno DiasDezembro 29, 20185min0
2018 foi um ano repleto de surpresas e mudanças numa das mais mediáticas ligas do mundo. É altura de relembrar alguns dos acontecimentos que marcaram o ano da “La Liga”.

O ano que agora termina foi, como sempre, marcado por grandes acontecimentos, jogos fantásticos e eventos imprevisíveis e surpreendentes na liga de “nuestros hermanos”. Desde mudanças técnicas ao nível dos principais clubes até ao destaque emergente de algumas equipas e respectivas filosofias de jogo, culminando na saída de um dos principais marcos do campeonato na última década, 2018 ficará marcado como o ano em que a La Liga virou a página e iniciou um novo ciclo.

A saída de Zidane…

31 de Maio de 2018. O Real Madrid acabara de vencer a terceira Champions League consecutiva, um feito inédito neste formato da competição. Comandados por Zinedine Zidane, lenda do futebol francês e mundial, os “merengues” pareciam imbatíveis, dominando toda a oposição e superiorizando-se individualmente a praticamente todos os seus adversários. Não só o Real de Zidane era uma equipa bem organizada e cuja execução técnica não tinha rival, como demonstravam também uma capacidade de adaptação invulgar aos adversários que iam defrontando, mantendo sempre, no entanto, o poderio atacante (liderado por Cristiano Ronaldo, outra das figuras de 2018 na La Liga)

Por isso mesmo, Zidane chocou o mundo futebolístico quando, inesperadamente, anunciou nesse dia a sua saída do clube. Saía assim pela porta grande do Santiago Bernabéu, com 3 Champions League em 3 temporadas, um registo incrivelmente impressionante para um treinador que, antes desta oportunidade lhe ter sido dada por Florentino Pérez, nunca antes tinha treinado uma equipa principal. Esta saída marcaria o resto do ano de 2018, para o Real Madrid.

Zidane marcou uma era ao comando do Real Madrid, que culminou em 2018 (Foto: bola.net)

…e de Ronaldo

Outro dos marcos de 2018 (e, porque não, dos próximos anos) para o Real Madrid chegou pouco tempo depois. 10 de Julho de 2018. Após alguns dias de especulações e rumores que caíram que nem uma bomba em Madrid, Cristiano Ronaldo assinava por quatro épocas com o gigante italiano Juventus. Insatisfeito com a contínua falta de reconhecimento por parte do clube (e, sobretudo de Florentino Pérez) o português fartou-se de uma vez por todas e requisitou especificamente a saída do clube.

Era a saída de um dos dois principais marcos da competição na última década. Desfazia-se assim a “dupla” que, muito provavelmente, foi a principal responsável pela ascensão mediática da La Liga até ao topo do futebol mundial, e que marcou de forma inigualável uma era no futebol. Messi ficou em Barcelona, Ronaldo rumou a Itália e a rivalidade directa viu chegar o seu fim.

Por 100 milhões de euros, Ronaldo rumou à Serie A, que ganhou assim um jogador que marcou uma era e que, mesmo aos 33 anos, continua a ser extremamente decisivo. Já o Real Madrid perdeu o seu “abono de família”, a referência de uma década e aquele que será, igualmente, o melhor jogador da sua história.

Cristiano Ronaldo é agora decisivo em Itália, após ter trocado o Real pela Juventus (Foto: cnn.com)

As boas surpresas

Mas nem só de saídas da liga se fez este ano de 2018. O Barcelona, comandado por Lionel Messi em campo (2018 correspondeu a mais um ano genial do astro argentino), revalidou o seu título de campeão. Diego Simeone completou, recentemente, 7 anos ao comando do Atlético Madrid, e os “colchoneros” continuam a manter o estilo aguerrido e sólido que sempre os caracterizou com “El Cholo”. E novas figuras ganharam um espaço proeminente no panorama futebolístico espanhol.

Treinadores como Pablo Machín, cujo excelente trabalho no Girona o fez rumar a Sevilha, onde tem feito igualmente um trabalho bastante meritório ao comando do Sevilla; Joan “Rubi”, que transformou o Espanyol num projecto desportivo muito atractivo e digno de ser acompanhado ao detalhe, com uma equipa coesa e  assente nos valores da sua formação; e Quique Sétien, que cada vez mais se assume como um grande treinador do futebol espanhol e mundial e que tem construído, no Bétis, uma equipa que deslumbra pela forma como joga e pela margem de crescimento que apresenta para um futuro próximo. Tal como noutros anos, também em 2018 a La Liga voltou a demonstrar que, na capacidade de fazer emergir novas figuras, seja dentro de campo ou ao comando da equipa, no banco, não perde para nenhuma outra liga do futebol.

Quique Sétien foi, também ele, uma das figuras de 2018 em Espanha (Foto: ghanasoccernet.com)

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