Arsenal: Uma equipa de canhões precisa de armas

Emanuel RicardoJulho 10, 20235min0

Arsenal: Uma equipa de canhões precisa de armas

Emanuel RicardoJulho 10, 20235min0
O fim da última temporada não sai da memória do clube da cidade de Londres e a necessidade de reforçar a equipa está a ser suprimida. Conseguirá o Arsenal?

A última temporada do Arsenal FC foi, no mínimo, cruel para o clube e adeptos de Londres. Podemos ver na ELEVEN Sports que, após grandes exibições, a falta de profundidade no plantel dos gunners viu a equipa perder qualidade nos momentos mais decisivos e a perda da liderança da tabela da Premier League para o Manchester City FC era, aos olhos de todos, eventual. O plantel de Mikel Arteta aguentou-se até à 32.º jornada no primeiro lugar, mas uma derrota por 4-1, frente aos cityzens, sentenciou o desfecho da Liga inglesa.

Ainda assim, ficou a ideia de que os londrinos, com um plantel rico em opções, mantendo a qualidade que já possuem, podem aspirar a voos muito mais altos. A equipa que apresentavam era de uma juventude imensa (25,1 anos de média de idade) e com grande capacidade de progressão, área em Mikel Arteta também brilha, mostrando-se um técnico capaz de desenvolver jovens atletas da melhor forma possível.

Observando o último onze que o Arsenal utilizou na Premier League, na última jornada, na vitória por 5-0 frente ao Wolverhampton Wanderers FC, vemos: Ramsdale, Thomas Partey, Gabriel Magalhães, Ben White, Kiwior, Jorginho, Xhaka, Odegaard, Saka, Trossard e Gabriel Jesus. Entraram: Tierney, Fábio Vieira, Smith Rowe, Reiss Nelson e Nketiah. A qualidade está lá, mas são claramente necessárias mais opções no plantel, tanto para o onze principal, tanto como a partir do banco.

E. Stanley Kroenke e Josh Kroenke, presidentes e donos do clube londrino, aceitaram a necessidade de reforçar o clube, com o objetivo de reivindicar o trabalho realizado em 2022/2023. A primeira contratação já aconteceu, adquirindo Kai Havertz por 70 milhões de euros, tornando-se a segunda compra mais cara do clube, apenas atrás de Nicólas Pepe, que custou 80 milhões de euros. A compra do alemão, ao Chelsea FC, também afirma a capacidade económica que os gunners vivem atualmente, estando estáveis financeiramente.

Além do alemão, que já foi confirmado, Jurrien Timber está prestes a ser oficial no clube, vindo do Ajax FC por 44 milhões de euros, reforçando a defesa de Arteta, que era claramente um dos pontos fracos da equipa. Declan Rice também deverá vestir a camisola branca e vermelha na próxima época, numa transferência que pode ascender à mais cara de sempre entre clubes da Premier League, apesar do valor ainda não estar explicito. Foi avançado cerca de 122 milhões de euros, o que ultrapassaria a mudança de Jack Grealish para o Manchester City (117,5 milhões de euros).

No sentido contrário está Granit Xhaka, ex-capitão do Arsenal, que regressou à Bundesliga para representar o Bayer 04 Leverkusen, numa verba registada em 25 milhões. A venda de Pablo Marí, defesa central, que nunca vingou nos gunners, também já foi consumada (4,9 milhões para o Monza FC).

A ideia parece clara, renovar a equipa, continuando a aposta nos jovens, utilizando-se das boas condições financeiras do clube. A qualidade também é um requisito, contratando jogadores estabelecidos e que adicionam aos que já se encontram ao serviço de Mikel Arteta, plano de mercado que não foi assumido nos últimos largos anos.

Com mais de um mês e meio de mercado de transferências pela frente, as compras do Arsenal não devem ficar por aqui e os londrinos, ao que tudo indica, procurarão continuar a adquirir peças importantes para o xadrez tático do técnico espanhol, seja a que preço for, com o objetivo de estabelecer a equipa e, a curto/médio prazo, voltar a levantar o troféu da Premier League.


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