Os 10 Melhores Futebolistas Portugueses de 2018

Francisco IsaacDezembro 13, 201811min0

Os 10 Melhores Futebolistas Portugueses de 2018

Francisco IsaacDezembro 13, 201811min0
Cristiano Ronaldo tem de estar na lista, mas consegues adivinhar os outros 9? Quem são os outros melhores futebolistas portugueses deste ano?

O Fair Play escolhe o seu top-10 de Melhores Futebolistas Portugueses de 2018, só observando ao que foi o ano civil de 2018, passando não só pelos golos, assistências ou defesas, mas também pelo impacto que têm nas equipas e Selecção Nacional.

Quem deveria estar aqui?

CRISTIANO RONALDO (REAL MADRID/JUVENTUS)

Mais uma ano, mais uma Liga dos Campeões e mais golos e momentos geniais de Cristiano Ronaldo. O Mundial de Futebol não foi fantástico para Portugal, apesar dos 4 golos marcados de CR7 e de um hattrick inesquecível contra a La Roja (será que na altura já estava consumada a saída de Madrid?). Foi fundamental na conquista do Real Madrid na Liga dos Campeões, com mais 15 golos e uma série de exibições inesquecíveis.

Nos primeiros cinco meses ao serviço da Vecchia Signora demonstrou que não só não estagnou, como está melhor: 20 jogos, 11 golos e 9 assistências. É um registo notável para o extremo-avanço trintão, que caminha para os 34 anos de idade e continua no topo do Mundo ao lado de Lionel Messi (Luka Modric está no patamar abaixo, atenção!), sendo o melhor jogador português neste momento.

Só no ano civil de 2018, Cristiano Ronaldo fez 43 golos, 15 assistências… até quando vamos ter o 5x Bola de Ouro a assustar guarda-redes e defesas?

BERNARDO SILVA (MANCHESTER CITY)

Os génios não se medem aos palmos e Bernardo Silva faz questão de lembrar a Premier League desse pormenor. O médio-ofensivo/extremo tem dado show no Etihad, com uma visão de jogo genial, muito ao género de um “abre-latas” português de alta qualidade.

Pep Guardiola tem elogiado o seu jogadores repetidamente, destacando a importância de Bernardo Silva na fase de criação, de lançamento de novas fases-de-jogo e na intensidade total ofensiva do City.

2018 foi também o ano que Bernardo Silva começou a liderar o processo ofensivo da Selecção Nacional, com o destaque a ir para a fase-pós Mundial 2018. No processo de apuramento para a fase-final da Liga das Nações, o médio foi um dos “motores” de ideias e criação de oportunidades para Portugal, sendo um dos melhores períodos de qualidade de jogo dos comandados de Fernando Santos.

É possível que Bernardo Silva chegue ao topo dos Melhores do Mundo no próximo ano?

JOÃO CANCELO (INTERNAZIONALE/JUVENTUS)

O lateral-direito português é, sem dúvida, um talento total com a bola nos pés, um defesa moderno voltado para as recuperações rápidas, dotado no ataque pelo meio do terreno e munido de um entendimento de como e por onde atacar. Era o lateral que Portugal precisava e ansiava, e a par de Ricardo Pereira (que está nesta lista) é quem combina melhor as tarefas na defesa com a assistência ao ataque.

Se no Inter de Milão a experiência não foi excelente, muito por culpa da estratégia ilógica de Luciano Spalletti, já ao serviço da Juventus tudo mudou, com a titularidade assegurada, rubricando excelentes exibições semana após semana.

A capacidade de sair em velocidade para o ataque e a versatilidade em trabalhar com os dois pés, permitem à Juventus ter um assistente perfeito à direita… que pode também ir para a esquerda.

Foi também em 2018 que ganhou o lugar no onze titular de Fernando Santos e ao fim de 5 jogos foi notória a melhoria na qualidade da faixa-direita.

RICARDO PEREIRA (FC PORTO/LEICESTER CITY)

Campeão pelo FC Porto, ida ao Mundial 2018, transferência para a Premier League e exibições que têm cativado interesse de alguma das melhores equipas da liga inglesa, foi por assim dizer um ano “gordo” para Ricardo Pereira.

O lateral-direito foi uma peça fundamental no desenho estratégico de Sérgio Conceição, apresentando-se como um 2º extremo que cumpria com excelência os processos defensivos, impulsionando a equipa para outro patamar.

Convocatória para a maior prova de selecções do Mundo, Ricardo Pereira só foi opção nos oitavos-de-final, num jogo de má memória quer pelo resultado final ou pelos dois golos sofridos “nascidos” no corredor-direito defensivo. Mas, tudo melhorou com a ida para o Leicester City em que agarrou o lugar no onze titular de Claude Puel, realizando exibições de qualidade para gáudio dos foxes.

Será o Leicester um “trampolim” para outros voos? E para quando o regresso à Selecção Nacional, de um dos jogadores mais polivalentes do futebol português que joga bem tanto à esquerda como direita e pode surgir como extremo?

RUI PATRÍCIO (SPORTING CP/WOLVES)

Será que Rui Patrício já está ao nível de lendas do futebol português como Vítor Baía, Vítor Damas, Bento? É o homem que segura as redes nacionais desde 2010 e que está a poucos jogos de ultrapassar o recorde de internacionalizações de Baía (80), merecendo claro destaque por cada nova “sapatada” que deu na bola quando esta se dirigia para o interior da baliza.

Em 2018 foi importante para o Sporting de Clube de Portugal, apesar do tratamento recebido por uma falange de adeptos e pela direcção do clube, esquecendo-se por completo os anos de serviço de categoria de Patrício em Alvalade.

De qualquer forma, foi fundamental para a chegada aos quartos-de-final da Liga Europa, com grandes defesas e uma voz de comando sempre pronta para resolver os problemas dos “leões”.

No Mundial 2018 esteve em bom nível, salvando as cores lusas contra Marrocos e Espanha… já contra o Uruguai não esteve tão bem, consentindo dois golos, um dos quais em que o seu posicionamento não foi o melhor. Todavia, voltou em força na Liga da Nações, com uma série de paradas de alto nível que voltaram a colocá-lo no top-5 de melhores guardiões do Mundo.

Ah e na Premier League tem feito furor, uma vez que não pára de ser um dos “pilares” da equipa de Nuno Espírito Santo.

ANDRÉ SILVA (AC MILAN/FC SEVILHA)

É, talvez, a entrada mais controversa… verdade que no AC Milan não esteve bem e no Mundial 2018 também não, mas há que aplaudir a recuperação genial em Sevilha e durante a fase-de-grupos da Liga das Nações, conseguindo chegar aos 20 golos em 2018.

André Silva é um ponta-de-lança de nova geração, fadado não só para marcar golos, mas também pronto para ser um pólo de criação de movimentações no ataque, munido de inteligência e velocidade, adaptando-se com relativa facilidade a mutações tácticas.

Não tendo sido um ano fenomenal, não deixou de ser curioso ver que atingiu a fasquia dos 20 golos, um número só ao nível dos melhores, para além de já estar na lista de Top-15 melhores marcadores de sempre da Selecção Nacional.

A “paz” encontrada em Sevilha, longe dos devaneios e futebol “agressivo” de Gattuso, permitiu ao bomber encontrar a sua forma quase ideal, com 8 golos concretizados em 14 jogos na La Liga.

Com Cristiano Ronaldo de fora dos convocados de Portugal até 2019, a verdade é que André Silva terminou na Liga das Nações com 3 golos em 4 jogos, um claro sinal da sua importância desta nova era de Portugal. Conseguirá André Silva ultrapassar as lendas da grande área portuguesa dos últimos 30 anos como Nuno Gomes, Pauleta, Hélder Postiga?

RICARDO QUARESMA (BESIKTAS JK)

2018 foi definitivamente um ano bom para Ricardo Quaresma e os números sustentam esta nossa hipótese: 6 golos, 16 assistências pelo Besiktas em que ajudou o clube a chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, uma classificação histórica para os turcos.

Lembrar que o extremo completou 35 anos nesta ano civil, continuando a mostrar um nível de excelência no ataque, com um estilo vibrante que ninguém consegue ficar indiferente.

Mesmo na Selecção Nacional foi autor de um golo de bandeira contra o Irão no Mundial 2018, para além de ter assistido os companheiros das Quinas por três vezes durante os amigáveis de Primavera.

Não sendo um ajuda de primor na defesa (as pernas já não dão conta do recado se tiver de actuar mais que 50 minutos), continua a suscitar grandes momentos no ataque, munido de uma volatilidade para dar outra dimensão às alas, fugindo pela linha até entrar na área.

É dos veteranos em melhor forma na Europa, mesmo que o campeonato onde jogue seja o turco.

BRUNO FERNANDES (SPORTING CP)

Não há dúvidas alguma que Bruno Fernandes foi o melhor reforço em Portugal da temporada passada, dominando por completo o meio-campo verde-e-branco, abrindo o ataque da formação de Alvalade para outro patamar.

Rápido, exigente, inteligente e genial na visão de jogo, não há dúvidas que foi um dos jogadores do ano e se somarmos “só” o que fez durante 2018, terminamos com números impressionantes: 16 golos e 19 assistências.

A prestação de excelência no Sporting Clube de Portugal possibilitou-lhe a chamada ao Mundial de 2018. Na competição foi por uma vez titular, logo no jogo de abertura ante a Espanha, mas sem grande impacto no encontro.

Continua a ser a unidade mais importante dos leões a par de Bas Dost e está na senda de se afirmar como um dos jogadores mais versáteis e dinâmicos na sua posição.

RICARDO ESGAIO (SC BRAGA)

O SC Braga foi, para muitos, a equipa que melhor futebol jogou na Liga NOS em 2017/2018 com um colectivo bem trabalho, assente em dinamismos muito próprios, idealizados pelo mestre da companhia, Abel Ferreira. Entre os “apetrechamentos” que chegaram em Junho de 2017 estava Ricardo Esgaio. O lateral-direito formado em Alcochete tinha sido dispensado por Jorge Jesus e acabou como reforço dos bracarenses, incluído no negócio Rodrigo Battaglia.

A entrada de Esgaio para o onze titular foi imediata, alinhando como titular em 29 jogos, apresentando-se inicialmente na posição de defesa direito para depois subir no terreno como extremo-direito.

Não é um jogador brilhante com a bola nos pés, mas tem uma capacidade de trabalho extraordinária, inesgotável e sempre disponível por lutar pela recuperação do controlo do esférico, seguindo-se um acompanhamento célere para o ataque.

A par de Paulinho, foi sem dúvida alguma um dos melhores portugueses do SC Braga, merecendo todas as honras e menções possíveis. 2018 foi um ano em grande para Esgaio que provou ter a qualidade suficiente para sobreviver no topo da Liga NOS.

RÚBEN NEVES (WOLVES)

Setembro de 2018 marcou o início de uma nova era para a Selecção Nacional, não só pela entrega da criação de jogo de Bernardo Silva ou pela excentricidade de Bruma, mas pela forma como se entregou a camisola 6 a um dos jogadores mais inteligentes do futebol português: Rúben Neves.

O médio tem uma classe total no controlo da bola e na sua reposição, fazendo uso de um passe de longo ao ritmo de uma leitura única de jogo que já pôs Pep Guardiola a contar os “tostões” do seu City, para ver se dá para recrutar o português.

O Wolves subiu de divisão sob o pulso e génio de Neves e Fernando Santos não conseguiu não chamá-lo para os encontros de preparação para o Mundial 2018 e revelou-se uma excelente confirmação. Curiosidade para o facto de ter sido um dos raros jogadores portugueses a ir à Selecção Nacional quando estava numa divisão secundária europeia, o que prova a qualidade do médio formado no FC Porto.

Apesar de não ter conseguido fazer parte do elenco convocado para o Mundial 2018, a chegada da Liga das Nações abriu-lhe a porta da titularidade ao lado de William Carvalho. Foi fulcral esta combinação para garantir outro tipo de saída para o ataque e ao mesmo tempo dar uma ajuda no processo defensivo, abrindo as Quinas para um novo tipo de jogo, mais veloz e intenso em relação ao passado-recente.


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