Obrigado, Diogo!

O acordar do dia 3 de julho de 2025 foi absolutamente trágico. Tudo indicava que seria mais um dia a falar de Gyökeres, Farioli, Carreras, entre outros. Mas, num ápice, todas as conversas e corações se dirigiram a Diogo Jota. O jovem internacional português faleceu num acidente de viação, em Espanha. Também André Silva, irmão do craque português, perdeu a vida no acidente. Regressava de férias, em direção a Liverpool para se apresentar aos trabalhos do clube, quando um pneu colapsou e o carro despistou-se.

As palavras faltam, é certo. Ainda nada parece real. Perder um prodígio do futebol nacional, tão cedo e de forma tão inesperada é um momento de total consternação.

Começou a carreira no Gondomar. Mais tarde, brilhou no Paços de Ferreira. Um conjunto de épocas que o fez saltar para o Atlético de Madrid. Não se afirmou na equipa da capital espanhola, mas fruto da temporada realizada na capital do móvel, reforçou o Futebol Clube do Porto. Não foi campeão nacional, nem conquistou qualquer título ao serviço dos azuis e brancos, mas deixou uma marca irreversível com o golo apontado contra o Benfica. Inesquecível para qualquer portista. Recebeu a bola aberto pela ala esquerda, encarou os adversários e fuzilou a baliza de Ederson. Nuno Espírito Santo (que o treinou mais tarde no Wolves) saltou do banco acompanhando a melodia de um dragão que cantava em completa loucura. Mais tarde estriou-se no Wolves. Após golos atrás de golos, Klopp contratou-o para o Liverpool. O resto? É história- golos, vitórias, festejos, mas, principalmente sorrisos genuínos e fraternos.

Diogo Jota nunca será esquecido. A sua alegria em campo, muito menos. Para o futuro, num momento de tal dor, apenas nos resta sentir. Sentir o momento, deixar ecoar as palavras- das mais elogiosas, as mais trágicas. Estou certo que o tempo jogará ainda mais a favor do nome de Jota. Ficará como um jovem que cedo nos deixou, mas com tanto conquistado. Que esta perda inspire os heróis do mar a descobrir os lugares nunca antes navegados.

Descansa em paz, Diogo! Descansa em paz, André!

Obrigado por tanto!