“Cromos” que deixam uma saudade eterna: Vialli e Pelé
No fim de 2022, Pelé deixou-nos, seguindo-se Gianluca Vialli logo no início de 2023, abrindo uma saudade imensa aos seus adeptos, cidadãos, família, e todos aqueles apaixonados pelo desporto… em jeito de despedida, a Caderneta dos Cromos compõe este texto como último “adeus” a estas lendas do futebol mundial.
VIALLI, CHAMPAGNE E UM TREINADOR-JOGADOR MEMORÁVEL
Partiu Vialli. Lutou muito. Partiu cedo. Não o esqueceremos. Vou deixar uma história sobre ele que tinha sido colada tempos atrás sobre este cromo raro:
Vialli chega ao Chelsea enquanto Ruud Gullit era o treinador. Vialli não era menino fácil de aturar. Ao longo da sua carreira teve alguns problemas disciplinares com os treinadores. Com Gullit não teve nada concreto mas havia tensão, com Vialli a pedir mais minutos e Gullit a pedir que o cromo fumasse menos e comesse menos fish and chips.
A verdade é que no final da época de estreia de Vialli, o Chelsea não renova com Gullit. E quem assume? Vialli, esse mesmo. Treinador-jogador. Como eu acho encantador este conceito. Ficou a pairar no ar que houve algum tipo de facada. Mas Vialli estava nem aí.
Chega o primeiro jogo como treinador a suceder o holandês. Era hora de mudança. Tinha chegado Gianluca Vialli. E logo contra o Arsenal numa segunda mão da Taça da Liga. Nessun drama.
No momento da palestra, Vialli pegou numa série de copos, puxou de uma garrafa de champanhe e PLOC. À nossa. Beberam uma garrafa antes de entrar no relvado. E deu certo.Venceram por 3-0 e passaram à final. Lindo. Mas a melhor parte estava reservada para mais o final do jogo. Vialli decide tirar-se do campo. O treinador vai sair. Já com o resultado em 3-1 e com a passagem segura. Stamford Bridge levanta-se em massa e ovaciona o italiano. Momento lindo.
DICO QUE DEPOIS PASSOU A PELÉ
Ainda te lembro, Rei Edson Arantes do Nascimento.
Os pais chamavam-lhe Dico e essa era a única forma carinhosa com que se dirigiam a ele. A famosa alcunha pela qual o conhecemos hoje chegou cedo, ainda o menino nascido em Três Corações (Minas Gerais (eita povo bonito)) andava na escola.
O nome surgiu por inspiração de um amigo que a dada altura achou que Pelé encaixava bem. Porém, Pelé achava o nome muito infantil e, por isso, não aceitava que o chamassem assim. De tal forma que quando o seu amigo o passou a chamar constantemente de Pelé (de tal forma que pegou na escola toda) o craque deu-lhe um valente soco na cara. Foi suspenso dois dias na escola. E está no Código de Ruas que quando queres afastar uma alcunha, mais rápido ela pega.
Assim Edson ficou Pelé.