“Cromos” antigos da Premier League: três “reis” de Liverpool e Tony Adams

Pedro PereiraAgosto 1, 20203min0

“Cromos” antigos da Premier League: três “reis” de Liverpool e Tony Adams

Pedro PereiraAgosto 1, 20203min0
O futebol inglês está carregado de jogadores lendários e que marcaram para sempre o futebol europeu e a Caderneta dos Cromos conta alguns episódios de quatro superstars da Premier... três do Liverpool e um do Arsenal!

Mais uma página preenchida pela Caderneta dos Cromos que regressa ao futebol inglês para falar de quatro jogadores marcantes nas Terras de Sua Majestade, com a três a terem vestido o manto do Liverpool e o outro do Arsenal!

RUSH, DAGLISH E BARNES… OS FAB 3 DE LIVERPOOL

O Liverpool é o novo campeão inglês. Trinta anos depois, Anfield festeja o troféu mais cobiçado pelos ingleses. Um título que atesta a teoria de que existe um antes e um depois de Klopp, assim como existe um antes e um depois de Dalglish, o treinador que alcançou a glória no ano de 1990. Como jogador, Dalglish foi um dos melhores escoceses, tendo representado apenas dois clubes: o Celtic e o Liverpool.

Começou a sua carreira de treinador ainda em Liverpool e ainda como jogador. Depois de um dos piores momentos da história do clube no desastre do Estádio de Heysel, Dalglish assumiu o comando da equipa. Passados 5 anos de se estrear como treinador, chegou ao título de campeão com uma equipa recheada de bons cromos, porém, dois brilhantes: Ian Rush e John Barnes. Barnes foi o melhor marcador daquela equipa. Um número 10 com um poder fenomenal capaz de levar com a equipa às costas, empurrando-a com o seu habilidoso pé esquerdo. Já Rush era um ponta de lança que levava sempre golos na mochila. Antes de Ryan Giggs, era o grande símbolo da seleção gaulesa.

TONY ADAMS E UMA LIÇÃO DE VIDA

Tony Adams histórico do Arsenal. Jogou a sua vida inteira no melhor clube do norte de Londres. Mas nasceu em Dagenham, na zona leste de Londres, um subúrbio. A sua mãe era obesa e o seu pai alcoólico. Dois dos seus primeiros vícios: comida e álcool. Ainda assim, ele mesmo afirma que o primeiro vício foi o futebol. “Não tive uma infância fácil. Eu era um miúdo muito tímido e inseguro. Não me sentia bem na minha pele. O futebol levou-me para longe dos meus sentimentos e dos meus pensamentos. Assim como o álcool me fez uns anos depois”.

Era comum Tony Adams ir bêbado ou ressecado para os jogos. Ainda mais comum era ver o capitão do Arsenal nos pubs londrinos em figuras lastimáveis. 1990, Tony Adams espeta o seu carro contra uma parede. Descobriram que tinha 4 vezes o valor admitido de álcool no sangue. Foi para a prisão. Um jogador do Arsenal na prisão, de loucos. Na prisão, convenceu o um dos cozinheiros da prisão (que era o guarda redes da equipa de futebol dos reclusos) a dar-lhe frango frito durante todas as refeições. Frango frito que era o cozinhado que a mãe lhe dava a maioria das vezes enquanto criança. Hoje, recuperado do álcool, diz que o único vício que não consegue largar é frango frito com batatas fritas. Freud explica. Enquanto jogador do Arsenal, todos os Natais havia uma festa do clube com muito álcool (a cultura boémia do inglês que se estendeu ao futebol ainda viveu até aos anos 2000). Tony Adams disse que, depois de ficar sóbrio, nunca mais bebeu nessas festas. Diz ele que, enquanto os colegas bebem 23 cervejas ele bebe 23 cappuccinos. No final da sua carreira, Tony Adams abriu uma clínica de reabilitação para alcoólicos anónimos.


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