“Cromos” dos Gunners: David Seaman e Thierry Henry

Pedro PereiraMarço 12, 20233min0

“Cromos” dos Gunners: David Seaman e Thierry Henry

Pedro PereiraMarço 12, 20233min0
O Arsenal FC deu-se ao luxo de ter algumas lendas do futebol mundial no seu clube, como Henry e Seaman e contamos duas histórias de ambos

A Caderneta dos Cromos traz duas histórias de David Seaman e Thierry Henry, duas lendas do Arsenal FC, e que marcaram uma era não só na Premier League como no futebol mundial!

O BIGODE DE SEAMAN

David Seaman marcou a baliza do Arsenal de uma forma ímpar. A disputa do titulo de guarda redes mais cool da Premier League com Peter Schmeichel foi uma dura batalha para mim que ponderava muito bem quem contratava para a minha equipa no FIFA. A figura dele era inconfundível. Para além disso, fora de campo, o seu estilo marcava a diferença, o que lhe garantiu o prémio de “mais bem vestido” em 1998 pela revista Elle. Mas o factor distinto dele era aquele bigode que fez questão de usar até ao fim da sua carreira (2004 no City).

Conta ele que, durante a sua carreira, só tirou o bigode uma vez e foi em… Portugal. Oh yeah. Provavelmente envergonhado por perceber que o bigode dele tinha muito a evoluir até chegar aos calcanhares de um bigode tuga. Diz ele que veio passar férias a Portugal, ainda conseguiu aguentar uns dias com o bigode, mas depois de passar tanto calor, decidiu tirá-lo. A verdade é que ficou com a cara toda vermelha (turista style) e com uma marca branca na zona do bigode.

AQUELE GOLO ÚLTIMO GOLO DE HENRY

Se não foi o melhor jogador da história do Arsenal FC esteve muito perto. Certo é que marcou uma era na Premier League, fazia com que dorminhocos levantassem cedo o rabo da cama para poder ver o jogo da Premier League onde ele estivesse envolvido. Uma passada galopante, fino no toque e um faro para golo digno de um ave rapina. Ao todo foram 236 golos na equipa do Norte de Londres. Mas há um que de certeza todos se lembram: o último, contra o Leeds a contar para a FA Cup. Entrou aos 67 minutos. Primeiro lance, fora de jogo.

Segundo lance, bola enfiada na área e Henry faz o golo. O jogador histórico, que quando saiu se tornou adepto e quando voltou a jogar pelo arsenal anos mais tarde viveu aquele momento como um jogador adepto. Os festejos de Henry ao longo da sua carreira eram pouco fervorosos, denotavam uma certa calma, como se ele quisesse dizer: mais um, com facilidade característica que vos habituo. Desta vez, saiu a correr, a gritar. Junto aos seus adeptos e ao seu treinador Wenger, aquele que ele diz que é dos melhores treinadores da história do futebol.

Depois do jogo, Henry falou sobre este golo:

“É meio estranho. Eu só voltei de férias do México 16 dias atrás. Eu não achei que iria jogar pelo Arsenal novamente, e muito menos marcar novamente. Eu amo o clube. Eu quero ajudar e espero que eu possa fazer mais. Espero que não seja o último golo. A sensação que tive quando eu marquei foi incrível. Eu estou a aproveitar o clube como um fã. Eu sempre me lembrarei (desta noite). Não sei porquê, mas quando se trata de Arsenal, algo acontece comigo. Eu amo este clube. Eu fico chateado quando as coisas correm mal, como se fosse um adepto. As pessoas podem pensar o que quiserem, mas é amor verdadeiro. O mais importante é o Arsenal, seja o Tony Adams que tenha jogado aqui, o Overmar,s o Bergkamp ou o Alan Smith ou qualquer outro. Quem jogou aqui ou veio depois, pouco importa. O que importa é o Arsenal.”


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