“Cromos” da baliza: Bento e Rogério Ceni

Pedro PereiraOutubro 12, 20233min0

“Cromos” da baliza: Bento e Rogério Ceni

Pedro PereiraOutubro 12, 20233min0
Bento e Rogério Ceni foram gigantes dentro das balizas e a Caderneta dos Cromos conta duas histórias destas lendas

Bento e Ceni marcaram eras no futebol português e brasileiro, com o primeiro a ter um coração enorme, enquanto o segundo conseguiu superar uma série de obstáculos para chegar ao cume do futebol canarinho. Duas histórias da Caderneta dos Cromos.

BENTO, UMA PESSOA QUE SUPEROU AS EXPECTATIVAS

Manuel Bento faria anos no dia 25 de Junho.

No mesmo dia, gravei um episódio sobre Emmanuel Sanon, o maior jogador haitiano (já ouviram?). Mas não podia deixar de escrever sobre um dos melhores guarda redes português de sempre.

Tem coisas que adoro no Bento e que não esqueço nunca:

– Tinha apenas 1,73m. Apesar disso, era guarda redes classe mundial. Surreal;

– Foi convocado para a seleção Mundial (bons tempos em que isto havia) para substituir Yashin. Ainda mais incrível fica esta história quando adicionamos o detalhe de que ele foi convocado enquanto jogador do Barreirense;

– Como todo o craque que se preze, tinha um amuleto da sorte. Ele colocava o amuleto dentro de um par de luvas na sua baliza que ia defender. O amuleto era um corno esquerdo de vaca;

– Era columbófilo. Este não acho tanta piada porque não nutro qualquer simpatia por pombos (moscas e melgas no mesmo patamar de antipatia) mas coloquei aqui porque queria perguntar-vos se conhecem outro craque português que também era apaixonado por pombos. Precisam de dicas ou chegam lá?

OS RECORDES DE CENI

Rogerio Ceni tornou-se o nono dos que foram campeões do campeonato brasileiro como jogador e treinador. Mais uma página na rica história de Ceni. São muitas. Tudo começou aqui, no Sinop, clube matogrossense. Em 1990 conquista o seu primeiro título neste clube e já com um carimbo
que o distinguia: 6 golos marcados.

Foi para o São Paulo e teve que esperar que Zetti saisse da baliza do Morumbi para o novato assumir a titularidade. E nunca mais dali saiu.

Ganhou tudo o que havia para ganhar. Tornou-se no jogador com mais jogos por um único clube na história do futebol. É o guarda redes com mais golos marcados na história do futebol. No São Paulo é o 10º jogador com mais golos.

Em 2005, marcou 21 golos numa época e foi considerado o melhor jogador do Mundial de Clubes (que exibição memorável contra aquele Liverpool de Istambul). Em 2007, tornou-se no primeiro jogador do
campeonato brasileiro a estar nomeado para a Bola de Ouro da France Football.

Recentemente, foi um bom exemplo de como más oportunidades podem destruir a carreira
de quem procura dar os primeiros passos.

Primeiro no São Paulo e depois no Cruzeiro, não conseguiu seduzir os atletas a acreditar na sua forma de jogar e liderar, mas quis a história que fosse campeão pelo Flamengo.


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