Viriato Teixeira. “Ser do jogador do CRAV é algo valioso para mim.”
Viriato, o que é ser jogador do Clube de Rugby de Arcos de Valdevez? Qual é o espírito que rodeia a equipa?
VT. Ser jogador do Clube de Rugby de Arcos de Valdez é algo muito valioso para mim, é uma mística que não se explica.
Como começaste a jogar rugby? E quem te levou para a modalidade?
VT. Estava na escola com um colega de infância que praticava rugby e levou-me a treinar e desde então nunca mais deixei o rugby. Agradeço ao Pedro Silva por me ter levado a experimentar.
Tens recordações dos teus primeiros tempos no CRAV? Tens alguma recordação ou memória do primeiro ano?
VT. As memórias que tenho dos meus primeiros tempos no CRAVE é que o espírito que se vivia era bastante forte. Ainda existia o Rugby8 e lembro-me de ter sido campeão no primeiro ano que joguei.
Nunca tiveste vontade jogar por outro clube que não o CRAV? O que torna os arcuenses tão especiais nos campeonatos portugueses?
VT. Sim tenho uma certa curiosidade de saber como funcionam as outras equipas a nível de treinos/jogos e a nível de mística. Acho que somos bastantes guerreiros com as ferramentas que temos, Não é fácil para o treinador chegar a um treino de inverno e ter 12 atletas, quando são preciso no mínimo 15 para jogar. Mesmo assim vamos a luta.
És considerado um dos asas mais duros de placar e difícil de fugir do CN 1ª divisão. Sempre foste um jogador móvel e “agressivo”?
VT. Sempre procurei o contacto e uma boa placagem, não há melhor sentimento que parar o ataque do adversário.
O teu potencial físico tem feito sempre a diferença na defesa, sempre pronto para placar. Como desenvolveste a tua técnica de placagem? E que conselhos podes dar aos mais novos?
VT. A placagem é um instinto que já nasce connosco depois é melhorar treino após treino. O conselho que posso dar aos mais novos é que trabalhem muito dentro e foro do campo. Com muito trabalho os resultados vão acabar por aparecer.
Ser campeão pelo CRAV em 2018 foi dos melhores momentos da tua carreira como jogador? Que objectivos gostavas de concretizar nos próximos anos?
VT. Ser campeão pelo CRAV foi algo muito bom logo num ano tão especial para mim, poder comandar as tropas dentro do campo é um cargo de bastante responsabilidade. Gostaria que o nosso núcleo de jogadores jovens continue a trabalhar para daqui alguns anos o CRAV ter uma equipa coesa e madura, para nos podermos bater com qualquer outra equipa de Portugal.
Tens te envolvido nas camadas jovens do clube? Achas que o CRAV vai dar atletas às selecções nacionais num futuro próximo?
VT. Sim, sempre que posso vou ajudar os treinadores dos mais novos. Acho que sim temos muitos jovens talentosos a crescer e que vão ser grandes jogadores.
Achas que o rugby português está no bom caminho? O que se pode fazer mais na tua opinião?
VT. Acho que sim, tenho visto por todo o país que finalmente já estamos a dar rugby nas escolas e a procurar atletas novos. Na minha opinião não deviam concentrar o topo do rubgy só em “Lisboa”, o resto do Pais também tem qualidade.
Melhor jogador com quem jogaste até hoje? E o treinador que mais te marcou?
VT. Melhor jogador Nuno Neto, nunca conheci um homem com tanta raça e espirito. Treinador Nuno Vaz pela a maneira de ser, quando tinha que deitar para baixo deitava mas quando tinha que puxar para cima era o primeiro a faze-lo.
O ensaio que marcaste na final do CN1 em 2018 foi o teu melhor momento?
VT. Foi um dos melhores momentos da minha carreira de jogador sem dúvida.
Gostavas de tentar ir para fora de Portugal jogar? Alguma liga em especial?
VT. Claro que sim. Acho que todos os jogadores gostavam de sair de Portugal para jogar rugby profissional. A liga não importava só queria ir para uma que pudesse comer rugby a toda a hora.
Uma mensagem para o rugby português, os teus colegas do CRAV, amigos e família?
VT. Vamos continuar a trabalhar para poder levar o nome de Portugal aos palcos mais altos do rugby, CRAV/AMIGOS/FAMILIA obrigado pelo vosso apoio.