Surfing Festivals- it’s on na Caparica com Joel Reis

Palex FerreiraJulho 5, 20188min1

Surfing Festivals- it’s on na Caparica com Joel Reis

Palex FerreiraJulho 5, 20188min1
Na Praia da Rainha vai acontecer um evento de surfistas para surfistas e Joel Reis explica o que consiste estes Surfing Festivals! Vais lá participar?

É já no próximo fim de semana, sábado dia 07.07.2018 que irá acontecer uma Surf Party, de surfistas para surfistas. o encontro será na Praia da Rainha logo pela manhã e promete durar até altas horas da noite. Fomos falar com um dos mentores deste “evento”, para percebermos melhor do que se passará a 7.7.18.

Como surgiu a ideia de fazer acontecer este evento?

JR. Como sabes sou fotógrafo profissional e videografo. Há uns anos a esta parte, iniciei uma empresa (com a Mélita que também fotografa) de criação de conteúdos na área do surf e lifestyle associado – A Endless Fun. Fazemos fotografia de surf, catálogos e lookbooks, vídeos, sites, conteúdos e gestão de redes sociais para marcas de surf, etc.  E a EF organizou umas festas no passado onde juntámos bons amigos, boas pranchas de bons shapers nacionais, boas fotos em boas festas com boa música e bons vinhos.

Entretanto nos ultimos anos nada mais fizemos nesse âmbito, e muitos amigos (principalmente quando o facebook faz o favor de lembrar os aniversários dessas festas) nos pressionavam a molécula p voltar a fazer qualquer coisa.

Pessoalmente, também sempre gostei de festas, de receber e de organizar coisas com amigos e pessoas que me inspiram (quem não???).

Então foi este ano que decidi avançar para um meeting, e veremos como corre, e que ideias poderão surgir desse encontro. Se o pessoal demonstrar interesse, pensaremos no futuro. Eventualmente com o apoio de algumas marcas que se queiram associar.

Será baseado como se tratasse de um DTI (Duck Tape Invitational) como o Joel Tudor organiza todos os anos com o forte apoio de uma marca (VANS) e que convida alguns amigos talentosos para participarem?

JR. Não, neste momento a única similaridade entre as 2 coisas será o primeiro nome dos organizadores (eu também me chamo Joel). Ah, e amigos talentosos também tenho alguns!

Este ano faremos um meeting na Costa da Caparica, onde vivemos. Não procurámos o apoio de nenhuma marca. Se repararem, não encontram logotipos na comunicação visual do evento. No futuro, logo se verá…

Para além do circuito nacional e internacional de longboard, já temos alguns eventos com competição, quer em Portugal quer nos países próximos de nós.

Por isso, no futuro a haver algum tipo de competição, a meu ver, teria de ser em moldes algo diferentes, dos existentes. Mas há vida para além da competição…

Existem muitas pessoas, que como eu, não competem ou não sentem pela competição clássica uma necessidade vital. Mas adoram surfar, e estar com os amigos com quem partilham essa paixão. E consomem…

Foto: Arquivo Pessoal
Qual a diferença entre um longboarder performer e um logger?

JR. O rótulo.

Para mim, se ambos se divertem e são felizes, não há grandes diferenças. Não acredito que a felicidade seja directa ou inversamente proporcional ao número de quilhas num longboard.

O que difere não é o homem/surfista, eventualmente é a forma como se expressam na parede da onda, e o tipo de prancha em que o fazem.

Single fin em todas as condições ou depende dos tipos de ondas?

JR. Há surfistas que preferem diferentes tipos de pranchas para diferentes tipos de ondas. Compreendo e concordo com isso.

Pessoalmente, no passado já tive longboards com mais quilhas (aliás, eu comecei a surfar com short boards), mas neste momento tenho uns 5 longboards, e são todos single fins (aliás, em dois deles até uso um d-fin), e não sinto necessidade de mais quilhas. Não é melhor nem pior, é diferente na abordagem á onda. É mais relax, preveligia-se a linha fluída, em detrimento do encaixar um grande número de manobras.

No entanto, um single fin pode ter tantas diferenças no shape, que a sua utilização é bastante diversa (tipo de outline, tipo de tail, tipo de rails, , tipo de bottom , concave ou com gota de água, distribuição das espessuras, localização do wide point, tipo e largura de nose, rocker, …)

Até penso que num futuro breve, a avaliar pelos novos shapes que vemos a surgir (fora do mainstreeam), quem se conseguir desligar da “ditadura” do correr para o nose ride, pode encontrar um tipo de surf muito recompensador pelo foco no glide, e não na procura de execuçao de manobras ou figuras mais ou menos clássicas. A pensar nisso, já mandei vir um blank para me shapearem um 12 pés. Nisso e por estar quase nos 50 anos…lol.

Mas eu não sou exemplo…não crio nem sigo tendências. Deixo fluir.

Foto: Arquivo Pessoal
Dentro de água as diferenças atenuam-se, e todos se divertem de igual forma, certo?

JR. Sim, acho que sim.

O que te pode roubar a diversão é a frustraçao ou a má onda (vulgo o mau feitio). Quem está na água para se divertir, para partilhar, sempre sai feliz da água, e quase sempre com mais amigos. Independentemente do tipo de prancha.

Será este festival para evoluir de futuro e continuar, mesmo que seja noutras áreas de portugal?

JR. Sim, continuar e evoluir parece-me um bom plano.

Agrada-me a idéia de aproximar a comunidade do longboard.

Foto: Arquivo Pessoal
Quantos surfistas estarão a pensar em receber?

JR. Não faço ideia. É o primeiro ano, não há histórico.

Neste momento faltam quase 2 semanas e  temos reserva prévia para cerca de 50 jantares. No evento criado no FB diz que vêm cerca de 80 pessoas (mais respectivas namoradas(os), lol). E cerca de 300 têm interesse” (o que quer que isso queira dizer).

A festa promete ser o dia todo e durante a noite adentro, o que vai acontecer?

JR. O encontro será a partir das 8.30 frente ao Bar da Casa do Sol, nas areias da Praia da Rainha na Costa da Caparica). Espero fazermos uma surfada com todos os presentes pela manhã, talvez uma coisa tipo Expression Session onde os surfistas irão escolher quem surfou mais bonito, e num espírito Endless Fun. Vamos fazer uma boa cobertura fotográfica, dentro e fora de água (com ajuda de alguns bons fotógrafos convidados).

Claro que não nos iremos esquecer de fazer a clássica foto de grupo, antes de almoço, para mais tarde recordar.

Ás 15h faremos um cordão de surfistas e banhistas, em apoio ao movimento “Petróleo é má onda”.

Durante o dia, se as ondas permitirem, experimentaremos as pranchas uns dos outros (a melhor forma de testar coisas novas/diferentes) e certamente beberemos umas fresquinhas enquanto falamos de ondas, de pranchas, de quilhas, de viajens, do passado, do futuro, enfim, onde conviveremos. Uns levarão o seu pic-nic, outros recorrerão aos bons serviços do Bar Casa do Sol, do Tiago Loureiro.

Ás 20.30 estaremos no Clube Knock Out, do João Valente (fica a cerca de 4km da Praia da Rainha, na Sobreda) onde jantaremos uma bela cachupa com uma grelhada mista para desenjoar. Durante isso, teremos o longboarder que também é o DJ Thruster a animar o pessoal. Estou a pensar em projectar as fotos do dia, e fazer a entrega do troféu “Log Summer Fest 2018” (que foi feito á mão pelo “QuIlhas Alfredo” ), ao surfista que melhor tiver representado o espírito Endless Fun, que queremos imprimir nestes encontros.

Por volta das 23h começam os concertos ao vivo dos Pestox e depois destes dos Rock em Stock.

Pelo meio haverão algumas surpresas, que não iremos revelar para se manterem surpresas…

Quem pode se juntar a esse evento?

JR. Isto foi pensado para juntar amigos com uma paixão comum: deslizar nas ondas com pranchas grandes. E amigo do meu amigo, meu amigo é.

Quem organiza?

JR. Chamar “organização” é um excesso de linguagem… É um meeting deliberadamente “amador” no sentido mais romântico do termo. Mas houve muitos amigos que ligaram e se prontificaram para ajudar no que fosse preciso.

Este ano estaremos a criar o histórico que nos permitirá, no futuro evoluir para outra coisa que ainda não sei o que será. Mas será provavelmente melhor! E diferente!

Obrigado pela entrevista e pela divulgação Palex e Fairplay. Aloha!

Dia 07.07.2018 na caparica o lifestyle surf estará on.

Foto: Arquivo Pessoal

One comment

  • Pedro Camara

    Julho 7, 2018 at 10:43 am

    Que pena não poder estar presente. Para a próxima

    Reply

Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS