Longboard no Feminino com Chloé Calmon – Vice-Campeã Mundial WSL
QUEM É?
- Vice campeã mundial de longboard WSL 2016
- Bicampeã do LQS Longboard Pro Gaia – Portugal
- Campeã da primeira etapa do WSL Longboard Tour 2017
- Campeã brasileira mais jovem – com 14 anos
- Primeira brasileira a surfar a Pororoca da China
Prancha de sonho:
CC. Meu modelo desenvolvido pelo Neco Carbone e New Advance – uma prancha 2+1 progressiva e para o surf clássico (Chloe Calmon Longboard Series).
Durante a estadia em Portugal, conviveu de perto com alguns dos novos valores da modalidade em Portugal (Kat Barrigão, João Dantas, João Gama entre outros) como foi essa experiência?
CC. Desde a minha primeira vez em Portugal fui super bem recepcionada por todos e de cara ficamos amigos, e buscaram me mostrar o melhor de seu país. Isso faz com que eu me sinta muito a vontade em Portugal. Eles dominam o cenário nacional ainda jovens e tenho certeza que é uma questão de tempo até representarem Portugal no circuito mundial. Minha torcida é sempre para eles.
Como classifica as ondas portuguesas que surfou?
CC. Portugal tem ondas com um potencial incrível para o longboard; desde ondas favoráveis ao estilo clássico à ondas desafiadoras. Gostei das ondas de Vila Nova de Gaia, Costa da Caparica e Ericeira ; mas sei que ainda há ondas muito boas a conhecer! Costa da Caparica, Guincho e Ericeira; mas sei que ainda há ondas muito boas a conhecer!
Como é o dia-a-dia de uma surfista profissional?
CC. Passo muito tempo fora de casa em viagens, então quando estou em casa tento estabelecer ao máximo uma rotina de treinos junto aos meus outros compromissos; como pedidos dos meus patrocinadores, cursar a faculdade de Administração, desenvolver meu equipamento e aproveitar minha família.
Como são os treinos para as etapas do Circuito Mundial (WSL)?
CC. Sou uma pessoa ativa, que está sempre buscando alguma coisa para fazer. Surfo, nado, corro na praia, treino na academia, faço yoga, alongamento, medito… O nível no Circuito Mundial é bem alto então cada detalhe faz a diferença – uma remada mais rápida, mais tempo no bico, controlar o nervosismo…
Achas que o Surf Relik é o futuro dos eventos de Longboard no mundo?
CC. O Surf Relik veio com uma proposta inovadora de unir as duas vertentes do longboard em ondas de alta qualidade, criando a plataforma ideal para os atletas. Sempre ficamos um pouco de lado em relação à pranchinha, mas é muito bom ver tantas pessoas engajadas com o crescimento da modalidade no mundo, e melhor ainda é fazer parte disto.
Que ondas são as melhores para longboard?
CC. Hoje em dia, devido à evolução do equipamento e da técnica, o longboard é muito versátil, quebrando aquela ideia de que é uma prancha para ondas menores e mais fáceis. Vemos longboarders surfando ondas grandes e entubando, por exemplo. A partir da minha experiência, as melhores ondas para o longboard estão na Gold Coast e Byron Bay na Austrália; Malibu, San Onofre e Ventura na Califórnia; Praia da Macumba aqui no Rio de Janeiro; La Saladita no México; Pavones na Costa Rica…
Estilo clássico, progressivo ou uma mistura de ambos?
CC. Por ser brasileira, cresci surfando em beach breaks e com uma triquilha, tendo em vista uma linha de surf mais progressiva. Mas sou amante do estilo clássico, na minha opinião é o verdadeiro ballet do surf; então eu me encaixo bem na mistura dos dois estilos.
Durante a competição, surfas sempre com FairPlay ou por vezes aplicas as regras para passar baterias?
CC. Estou acostumada a competir com FairPlay no circuito mundial. Não concordo com essa linha de competir de alguns brasileiros de vencer a qualquer custo, mesmo supostamente usando as regras. Quem realmente é um bom surfista vence no surf e respeita os outros atletas. Nunca precisei fazer coisas do tipo para chegar na liderança do ranking, e eu respeito e sou respeitada pelas surfistas no Tour por conta dessa atitude.
Uma palavra a todos os longboarders portugueses..
CC. Muito obrigada por me fazerem sentir tão bem em seu país, e posso dizer que Portugal é um dos lugares que eu mais gosto no mundo!