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Gyokeres é o grande nome de um Sporting onde tudo parece estar envolto num mar de rosas: Primeiro lugar na Liga, presença em todas as provas que disputa, e um “tanque” sueco que vai fazendo as delícias dos adeptos, mas há um outro nórdico que não tem tido o destaque que merece. Falo claro de Morten Hjulmand
O Dinamarquês foi o homem escolhido para substituir Manuel Ugarte e tinha uma tarefa dificílima pela frente, muito mais complicada que a de Gyokeres. Afinal de contas Ugarte deixava um vazio enorme não só no meio campo mas também nos corações dos sportinguistas. Habituados à capacidade de recuperação e à garra do uruguaio, os leões tinham que acertar em cheio na contratação de uma alternativa e passados 6 meses parece que acertaram em cheio.
O dinamarquês chegou em cima do início de temporada e demorou alguns jogos a ganhar o ritmo necessário para mostrar a qualidade que lhe tinha sido reconhecida no Lecce, mas desde que se afirmou é um dos indiscutíveis na equipa de Ruben Amorim. Hjulmand tem uma capacidade fora do normal para jogar de costas, sabendo sempre o que fazer com a bola antes de a receber, quer seja rodar para se orientar, ou soltar de primeira para um colega de equipa, Hjulmand não se deixa afetar pela pressão jogando sempre de forma confiante e sem medo dos adversários, o que diminui bastante a probabilidade de erro.
Apesar de ainda longe dos níveis de desarme de Ugarte e Palhinha, também aqui o médio se tem destacado, como se viu na partida com o Porto, usando muito bem a sua inteligência tática para jogar na antecipação e a fazer, sempre que possível, com que os seus desarmes permitam à sua equipa ficar com a posse de bola e iniciar o ccontra-golpe.
Hjulmand acrescenta ainda uma capacidade muito boa de chegada a zonas adiantadas, quer a defender, quer a atacar. É engraçado reparar como em momento defensivo por vezes o duplo pivot inverte com Morita a recuar para Hjulmand fazer parte da primeira linha de pressão, mas também a forma como Hjulmand aparece à entrada da área com frequência para tentar a meia distância e que já deu frutos esta temporada ao desbloquear a partida com o Moreirense. Uma característica que Ugarte e Palhinha não possuem (Palhinha dava ofensivamente algo que nenhum dos outros dois tem dado: capacidade na bola parada).
Hjulmand apesar do pouco tempo no clube já é também um capitão sem braçadeira, algo notório em vários jogos, quer na forma como fala com árbitro e adversários, mas principalmente na forma como exige mais aos colegas quando sente que os mesmos não estão ao máximo rendimento. Uma característica que já era visível no Lecce onde era capitão de equipa. Com Coates e Adán a entrarem na fase final da carreira e caso Hjulmand fique mais anos no Sporting não tenho dúvidas que a braçadeira vai chegar com naturalidade.
Numa boa época dos leões onde os números de Gyokeres são fenomenais, onde Paulinho está num nível muito positivo e onde Diomande e Inácio encantam a Europa, há que ver que no meio campo há um dinamarquês que é peça chave no sucesso dos leões.
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