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De acordo com o Autosport, Miguel Oliveira é o favorito para ocupar o lugar de Márc Márquez na Honda, que vai correr pela Gressini, na próxima temporada. Assim, o piloto português, cinco vezes vencedor de grande prémio de MotoGP, poderá ver a sua carreira afetada, mas, a acontecer, será a mudança totalmente positiva?
O percurso de Miguel Oliveira na MotoGP começou ao serviço da Tech 3, equipa satélite da KTM, onde conquistou, por duas vezes, um grande prémio. Por um lado, o seu primeiro na Áustria, quando ultrapassou na última curva, da última volta os dois pilotos que seguiam à sua frente. Por outro lado, nesse mesmo ano, dominou o grande prémio de Portugal, tendo conquistado a pole e a corrida categoricamente. O sucesso desportivo conseguido na Tech 3 valeu-lhe uma promoção. Em 2021 reforçou a equipa de fábrica da KTM, onde conquistou mais três grandes prémios (Catalunha no mesmo ano, Tailândia e Indonésia, em 2022).
A época não terminou como Miguel esperava. A KTM contratou Miller à Ducati para ocupar o lugar do português- acabou por se confirmar uma aposta errada, pelo menos, até ao momento- que se viu reduzido a duas hipóteses: Aceitar a despromoção e rumar novamente à “segunda equipa” da marca austríaca, ou “abandonar o barco” e procurar uma nova equipa. Foi o que fez. Acabou a ligação com a KTM e depois de associado à Gressini (curiosamente nova equipa de Márquez), assinou com a RNF Aprilia até 2024.
2023 está a ser um ano ingrato para Miguel Oliveira. Perdeu o pódio na corrida Sprint no Algarve e na corrida principal foi abalroado por Márquez (Quem mais seria?), tendo ficado afastado da corrida e visto em risco a sua participação no grande prémio seguinte por lesão. Uma vez recuperado, voltou, forte como sempre e azarado como nunca. No arranque da corrida de domingo do grande prémio da Argentina sofreu uma queda aterradora, depois do toque despropositado de Quartararo. Ficou de fora de um par de grande prémios para recuperar das mazelas comprimidas. Desde aí, a sua época não tornou a ser mesma.
Com a saída de Márquez da Honda, a marca nipónica inicia a procura pelo sucessor do trono que poderá ser Miguel Oliveira, com alguma naturalidade e ,diria até, notoriedade. Retomando a noticia que introduziu o presente artigo, o Autosport apresentou Miguel Oliveira como sendo o favorito à sucessão do espanhol. É de resto uma noticia que deve agradar os portugueses, mesmo que não se venha a concretizar.
Não passando de um rumor, mas, a confirmar-se, poderá ser uma oportunidade única para o “falcão”. À data, Miguel Oliveira já se pronunciou sobre a possível mudança para Honda. Não desmentido, acrescenta que não há nada em concreto, pese embora, segundo o próprio “tudo seja possível”.
Neste cenário, seria positiva a mudança da Aprilia para a Honda?
No meu ponto de vista, sim. Não obstante da maior competitividade da Aprilia, Miguel Oliveira ocupa “apenas” o lugar de piloto principal da RNF e não é certo que algum dia venha a ter possibilidade de correr com a Aprilia de fábrica. Se a RNF assegura competitividade para o próximo ano, na mesma medida, não garante futuro. Não se fazem campeões em derivações de fábrica, muito menos quando esta é a RNF (cumpre o seu primeiro ano na MotoGP).
Assim, a troca pela Honda seria um passo atrás, para de seguida dar dois à frente. Trocar competitividade momentânea, por estabilidade futura é todo o que o #88 necessita nesta fase da carreira. Para não comparar o prestigio de “renascer das cinzas” a Honda, em detrimento de vaguear com a “segunda” Aprilia em pista. Só por Márquez ter abdicado da Honda, não significa que este seja um mau projeto. Os altos e baixos das equipas motorizadas são constantes e inevitáveis, mas não são eternas. O retrocesso da Honda há de parar e permitir a quem lá esteja ser competitivo e lutar, como os japoneses nos habituaram, por vitórias e títulos. Oxalá que Miguel lá esteja nesse momento. Porque reitero: Competitividade momentânea, não assegura futuro!
SERÁ O CAMINHO CERTO PARA MARQUÉZ?
Com a confirmação da ida de Márquez para a esfera Ducati através da Gresini surgem algumas dúvidas que devem ser respondidas. O espanhol vai para uma marca mais competitiva e fiável, capaz de dar aos seus pilotos condições para lutar por vitórias, regularmente. Não há grandes dúvidas que terá sido o principal argumento para persuadir Márquez. Se tudo isto é inquestionavelmente verdade, não o deixa de ser o que doravante acrescentarei.
O oito vezes campeão do mundo de MotoGP vai encontrar na Ducati os seus principais rivais. Bagnaia, Martin e Bezzecchi. O primeiro é campeão do mundo em título e o principal candidato para 2023 e, naturalmente, se confirmar o favoritismo na presente temporada, para 2024. Alinha pela equipa de fábrica o que é uma clara vantagem. Os restantes dois juntam-se a Bagnaia para lutar pelo campeonato. Assim, Márquez vai encontrar três jovens pilotos sedentos de vitórias, dos quais, dois são italianos (Bagnaia e Bezzecchi) e Martin espanhol, não esquecendo que vai ser colega de equipa do seu irmão (Álex Márquez).
A escolha pode não ter sido a melhor, mas apenas 2024 responderá a todas as dúvidas. Até lá, vai ser decidido o campeão de 2023 que pode influenciar o futuro de Márquez.
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