Surf para tótós – Surf for Dummies
O surf tem vindo a ser cada vez mais mediático, qualquer praia com ondas, tem sempre de certeza alguém na água à espera das ondas. O lifestyle do deslize está a colocar Portugal como um destino para surf.
São as ondas gigantes da praia do Norte (Nazaré), são eventos dos principais circuitos mundiais (o Mundial em Peniche – Meo RipCurl Pro Portugal, os WQS Prime – Açores e Cascais, As etapas da APB – Association of Professional Bodyboarding, entre muitos outros eventos), são atletas que invadem as noticias com os seus feitos na água.
Somos de facto um país de conquistas, desde sempre, é-nos inato enquanto portugueses.
Mas e quem vai ao surf pela primeira vez, para pura experimentação? A maior parte dirige-se a uma das muitas escolas de surf que agora estão em todas as praias, e agenda a sua experiência como surfista. Mas que ideias levam estes novos aprendizes para uma aula de surf?
Muitos se vêm nas praias a observar as linhas de alguns surfistas e devem pensar que aquilo do surf, deve ser fácil, porque parece bastante acessível, ao ver um surfista ou um bodyboarder a remar para a “sua” onda e deslizar de forma controlada, e sem muito esforço aparente, la seguem eles nas suas ondas.
Mas com o passar dos anos, fui enquanto um surfista mediano, observando essas experiências de surf, eles iniciam as aulas com muito agrado, mas depois sentem-se muito cansados e por vezes sem nenhuma onda surfada na primeira lição. De certo que pensam, bolas, parecia tão fácil, e afinal a prancha e o mar, fica tudo muito mexido, e são muitas quedas”
Para mais informações sobre outras escolas, Lojas, na zona de Costa de Caparica: Consultem: SurfCaparica.com
Hoje é normal ver miúdos muito novos a surfarem muito bem, e ver outros que tentam o ensaio de ir surfar pelo menos uma onda com sucesso. Enquanto surfista se depois de uma sessão de surf só tivéssemos feito uma ou duas ondas boas, o desagrado é patente, é frustrante. Para um iniciado é algo indescritível. E grande percentagem quer repetir, e compram um pack de uma série de aulas de surf, a pensarem que chegará para serem surfistas.
Antes de começar, é preciso um fato, porque a água em praticamente o país todo é fria, exceptuando as águas do Algarve. Zona sul, depois uma prancha com elevada litragem, ou seja, muita flutuação para minimizar os movimentos da água. E juntando a isto uma grande vontade em conseguir o sucesso de curtir uma onda na boa, dominando a prancha e controlando como se fosse um jogo de uma consola.
Que facilmente podem ser adquiridas numa das muitas lojas existentes, junto dos principais spots nacionais. NA costa há por exemplo: The Collective SurfSHop, SurfersStore, Samadi, Underground, LufiSurf Co, MiramarbbShop, entre outras, por isso, mais fácil não pode ser.
Vamos lá tentar,
- Vontade e muita para resistir aos constantes fracassos de fazer uma onda, pode ser demorado.
- Escolher autonomamente a onda certa, também pode demorar;
- Não será fácil, mas será muito divertido;
- Ser resiliente face às dificuldades
- Após estes passos, o bem-bom começa a surgir
- Onda após onda, com o sentimento de conquista
- O bichinho de apanhar ondas começa a crescer desmesuradamente,
- A procura de outros spots com ondas diferentes
- A facilidade começa a ser vossa, e os amigos irão tentar também
- Continuar até sempre
- A vida nunca mais será igual.
Não é fácil, nunca foi! Fazer surf, bodyboard, ou outra coisa qualquer, em tudo temos que nos aplicar, na vida foi igual, não sabíamos andar, não sabíamos viver sem fraldas, na escola foi igual, para andar de carro foi igual, para comprar casa foi igual…. Ou seja, no fundo nada é fácil nesta vida, e no mar é igual, apenas temos a natureza que de vez em quando nos dá umas “porradas”, mas o sentimento de adrenalina é maior face às dificuldades.
A realidade para quem faz surf é, brincar com quem não sabe lá muito bem, dar umas dicas (atenção que as dicas por vezes são importantes), não remem com as pernas abertas tipo sapo só vos atrasa, e tentem saber das regras do desporto para o qual pretendem ir para curtir.
Depois de algum latim a tentar mostrar o que poderá vir a acontecer, e não falaremos de animais perigosos que habituam em alguns oceanos, “eles” são residentes, os humanos vão lá “brincar”, respeitem os animais.
Depois de conquistarem a vontade de deslizarem numa onda, vêm os primeiros passos e os termos ingleses (por acaso, são norte-americanos), vamos lá tentar falar de alguns:
Remada – Antes de conseguirmos atingir o “outside” (termo pelo qual denominamos a zona onde as ondas ainda não quebraram, devem encontrar a forma mais equilibrada, com vista a reduzir atritos de peso, quando remam. E dessa forma chegar de forma “descansada” lá ao tal “outside”. O problema será o duckdive (bico de pato- serve para furar a água e passar por baixo das ondas) no inside (onde quebram as ondas), e gerir bem a respiração para não chegarem ao outsider, estourados…. Fica a dica.
Take OFF – aquela cena muito fácil para quem já faz, e supre complicado para quem está a começar, meter-se em pé, colocar-se com o tronco num bodyboard, ou em pé numa de surf/longboard é o início de uma aventura indescritível.
Depois desta fase, então aí sim vem o bem-bom, dropar ondas, aquela coisa que a malta do surf/bodyboard se diverte à grande, descer as ondas e seguir com mais ou menos mestria, fazendo habilidades (manobras) durante essa viagem (costuma ser curta) isto se não houver uma queda (Wipeout), nesse caso é pensar, “bolas tanto esforço para chegar aqui e caio logo”, não faz mal, é voltar a remar para fora e tentar apanhar outra.
Tentar, sim sempre e muito, porque no início, falhamos em muitos aspetos, nas escolhas das ondas, umas fecham todas, outras não quebram, depois há aquelas que estão quase a meter-se em pé, e vem lá um surfista (normalmente aos gritos “Olha aí!!”), depois uns mais refilões que outros, outros mais brincalhões.
O surf no fundo, actualmente, parece uma estrada onde todos se misturam, os bons, os maus, as mulheres giras, as feias, os gordos, as gordas, pranchas caras, pranchas velhas, há de tudo…. Mas o que não deve faltar é respeito por tudo e todos! (Ver regras de Etiqueta do SURF).
Mas há espaço para todos, basta irem todos numa de curtir…
Depois há muita coisa para se rirem, os que vestem os fatos ao contrário, e dizem que já sabem surfar, os que metem as quilhas ao contrário, as quedas hilariantes.
É um lifestyle fixe curtam e divirtam-se…
Mas tenham sempre muito cuidado que o mar não é uma piscina, pode ser muito perigoso, sejam capazes de “ler” o mar, as correntes, os molhes, onde não devem estar quando alguém vem numa onda, isso podem consultar em algumas revistas, filmes, etc.
#Aloha