Longboard Lifestyle na Hangfive em Matosinhos- à conversa com Patrick Barros
Sabes quem é Patrick Barros? Esta entrevista com um dos longboarders mais emblemáticos do Norte, mais especificamente, de Matosinhos, é aqui deixada para tu poderes conhece-lo melhor!
Nome: Patrick Barros
Idade: 44
Anos de prática: 8 – “Desde pequenino nos meus sonhos era num longboard que surfava”
Matosinhos tem sido palco de crescimento de uma comunidade grande de surf, entre os quais alguns longboarders clássicos e performance se unem para desfrutar das ondas.
Como nasceu a HangFIVE, e qual é o propósito da loja?
A HANGFIVE MATOSINHOS, é um sonho meu tornado realidade, e nasceu por coincidência no dia Internacional do Surf em 16 de Junho de 2018 com o especial carinho e apoio da HANGFIVE – Baleal, que por sua vez nascera em 2014 através da Sandra & Luís Cunha . Hoje somos mais um Surf Club com loja.
A Hangfive Surf Club cresceu e abriu as portas da cultura e do lifestyle do surf, em especial do LONGBOARD e SURF CLASSICO “Anorte” de Portugal, e a ambição foi a mesma da Hangfive Baleal, aquela que nos salga o sangue de espalhar a nossa maneira a vibe genuína das sessões de surf partilhadas com amigos nas matinais frias de inverno ou num qualquer final de tarde de verão, assim como fazer acontecer alguns eventos realizados a moda do norte,e a HANGFIVE Surf Club – Matosinhos cresceu aos poucos através de todo o Hangfive(r) que a acarinhou Anorte, ao centro ,a sul e alem fronteiras.
Que marcas têm a HangFive (HF) disponíveis para os seus clientes?
Na Hangfive os seus clientes são mais membros de uma família e estes fazem acontecer a Hangfive.
Gosto de ver a Hangfive como “Casa do Artista” ou “Casa das Gomas”, onde podes encontrar o “Sonho/Obra” ( afinal de contas diante de um longboard por exemplo, somos como crianças a sonhar/olhar para arte) sendo a maior parte das pranchas,quilhas e arte feitas pelas mãos de quem tem o sonho de as criar e tornar especiais para quem as adquirir quer para deslizar ou admirar ( caso de fotos, pinturas, ilustrações, livros) .
Não temos as famosas pranchas de surf feitas em série, ou em plástico, e cheias de lucro para quem as vende…cheias de boa ou má tecnologia. Mas temos pranchas artesanais cheias de alma e paixão dos seus shapers maioritariamente Nacionais reconhecidos nacional e internacionalmente. Sim, a Hangfive privilegia o Handcrafted que de bom cá se faz, em alguns casos até em parceria com shapers estrangeiros.
É uma honra ter o carinho de todos os shapers com quem trabalhamos dos quais destaco o Dan Costa da Retro Movement (que me apoiou desde o 1º momento ainda a Hangfive Matosinhos estava no papel), o Paulo Jacinto, o Nico da Wavegliders e de jovens promissores shapers como o Diogo Appleton, dos residentes Pedro Vieira da Feelflows, Garrido Wooden Surfboards, Helder da P-Unit, Gustavo da G.U.R.U. surfboards assim como do Manila da MSD Surfboards e Pedro Ribeiro da Razman, e obviamente, também de uma grande referência no longboard é o LUFI e que me tem feito a vontade e cria umas pranchas mais clássicas handcrafted para o nosso projecto. Mas, há muitos mais com valor e com toda a certeza outros shapers de valor se irão juntar a Hangfive no futuro próximo.
Além de Shapers nacionais já passaram na Hangfive pranchas raras, feitas e assinadas pelos imortalizados e admirados Dale Velzy, Donald Takayama ou Terry Martin mas também agora de reconhecidos shapers como é o caso do Josh Hall, do Tyler Warren,e de alguns que trabalham em parceria com shapers cá em Portugal como é o caso do Jim Phillips, do Davenport, do Ryan Lovelace, do Sean Cusik, do Nick Palandrani,do Donald Brink, do Travis Reynolds, entre outros.
Na Hangfive Matosinhos podem-se igualmente encontrar os melhores Fins do mundo (True Ames, DRD4 fins, 101 fins co, RFC fins, Fin unlimited, Futures, Neyra Fins, Macho Fins, Captain Fin), parafusos ou Finjak bem como os nossos sacos artesanais da Mar Dentro. A Arte da Lizzy , da Joana Fernandes, da Filipa Costa, e do Mathew, das Fotos do João Bracourt, do Miguel Constantino, do Jorge Carcavelos, do Edgar Pereira, do Abílio Meneses, do Zeca Neto, do José Ribeiro, do Fredrik Azevedo, do Juliano entre muitos outros.
Temos fatos de surf Oldshool all black e outros classicos e alternativos alem dos all black, mas temos muitos livros e outros projetos cheios de sonhos e alma dos seus criadores. E não menos importante, gostamos de receber bem e no final de cada surfada, ou no meio de cada conversa temos sempre a Cerveja (mini) para os Hangfivers.
Que procura existe hoje em termos de materiais e porquê?
Quem vem a Hangfive procura e encontram um objeto de arte único, com a qualidade, com alma e paixão e desenvolvidos com o conhecimento do Artista que o criou, apenas em PU ou Madeira no caso das pranchas.
Não somos admiradores e não se encontrará na Hangfive Matosinho pranchas de epoxy, carbono, plástico… ou esponja.
Como vês a HangFive daqui a uns anos, mesmo tendo em conta este período difícil para as marcas que é o COVID-19?
A Hangfive atualmente está em confinamento…mas em breve tudo passará, sem nunca termos parado de remar contra as adversidades para ter um futuro melhor. Já imagino os membros da Hangfive preparados para o regresso de grades de minis nos braços, como que a fazer um exercício preliminar de braço para as próximas remadas, brindaremos a isso! Estamos a espera dos próximos eventos que foram adiados mas que levaremos a cabo ou participaremos em grupo assim que a segurança da nossa saúde de todos o permita.
Assim que possível, não faltará novidades e eventos relacionados com a Hangfive. Tenho a certeza que os sonhos de pessoas fantásticas que compõe a Família Hangfive ( shapers, artistas, surfistas e membros do surf club ) que a abraçam e acarinham cada um a sua maneira, darão o seu contributo e a Hangfive continuará a fazer crescer uma cultura de surf, aliada a crescente preocupação ambiental e responsabilidade social que será transmitida de geração em geração.
Como vês o estado actual do Longboard em Portugal? em termos de surfistas e de marcas?
Na minha opinião o Longboard está uma vez mais no caminho certo, depois de uma passagem pelo progressivo que também trouxe alguma evolução. Fez-se uma fusão e tudo voltou a retomar e bem a base mais clássica e Portugal não é excepção felizmente. Apesar de gostar de ver competição/desporto, vejo o futuro do longboard mais associado a diversão de quem procura não passar o heat, mas o maior sorriso em cada onda surfada ( ” We surf with a Smile” ) com os amigos ou mesmo com os filhos que começam também a gatinhar até ao nose.
A evolução também é consequência de se passar uma educação de geração para geração, que depois contribui para a cultura e filosofia de vida dos surfistas mais novos. Prefiro os eventos tipo festival, do que apenas competição/campeonato. Felizmente os eventos vão multiplicando-se. A transmissão dessa cultura de surf e do espírito ALOHA é cada vez o mais importante, quer para quem aprende a surfar saber estar e respeitar o próximo, alicerçando os valores dos reconhecidos e respeitados shapers/surfistas da velha guarda mas também nos da nova vaga, sempre com a ideia do “Handcrafted”, “Surf with Style” e “Respect”.
Começamos a ver surfistas de longboard com um nível de surf muito bom, e alguns com o Classic Style que muitos como eu adoram. Os Shapers handcraft que conservam a tradição de pegar num bloco com as mãos, mantém a chama viva de uma tradição de criar pranchas únicas de sonho. Todos dentro de água devemos ensinar e educar os mais distraídos e indisciplinados. Como muitos já dizem, o melhor surfista é aquele que mais se diverte!
Relativamente a marcas? Adoro saber e dar a conhecer a negrito as Pessoas que as fazem acontecer, e as tornam especiais. A todos o meu pedido: “Surf with a Smile”
Aloha!