Será que vem aí um novo circuito mundial de Longboard?

Decorre nas redes sociais uma hipótese de um surgimento de um novo circuito mundial de Longboard, mas high performance, onde se discute o futuro da modalidade em detrimento de ser apenas a vertente mais clássica da modalidade de surf, com regras de estilo, quilhas, manobras de bico.

Mas outras questões se levantam,  como a abordagem à onda, do seu aproveitamento, se a onda permite manobras mais ditas como radicais, devem então ser aproveitadas em vez de esperar para caminhar para o bico da prancha. Tenho observado alguns atletas que conheço meio indecisos, mas com vontade de seguir por esse caminho.

O Longboard não é para apenas andar no nose (bico), deve tal como em todas as modalidades de ondas conseguir aproveitar da melhor forma toda a extensão da onda, ou seja, misturar (como era há uns anos) estilos moderno com clássico no decorrer da acção.

Que futuro terá a modalidade?

No atual panorama tem asas para voar, o surf (englobando todas as modalidades) está forte, e tem recebido muita aposta de grandes marcas que querem estar associadas ao um estilo de vida saudável). Tentámos ouvir algumas abordagens de longboarders, shapers e treinadores de atletas, e todo(a)s que procuram estar atualizados para competirem, nesses tais circuitos – aqui, no Fair Play, têm espaço para escreverem a vossa opinião.

Mas serão esses tais circuitos abertos a todos?

Como se irá realizar a qualificação para a discussão do título mundial?

Será que a World Surf League vai assumir compromissos para que efectivamente existam muitas provas de um circuito de qualificação, sendo que em 2022 houve apenas uma etapa na Europa?

Serão considerados os que conseguirem estar no topo regional (Europa, Brasil, Austrália, EUA, etc) para discutirem o título mundial contra os melhores Longboarders mundiais?

Como acontece agora no WSL longboard Championship, que conta com 3 etapas e tem acesso limitado de atletas (32)?

Como se vai fazer, de que forma é que se pode tentar angariar fundos, empresas, que pretendam entrar na organização de uma etapa para estes circuitos de qualificação?

Como será decidido que tipo de pranchas podem ser autorizadas para entrar nestas competições? O mínimo era 9 pés mais uma polegada, 2,97 cms de prancha aproximadamente, com vários setup /configuração de quilhas, mas tornou-se mais clássico e tem afastado alguns bons atletas que não concordam com apenas ser o clássico.

Existem mil e uma questões para serem esclarecidas, mas a evolução passa por esse caminho, o longboard é a vertente mais antiga e clássica do surf, que foi evoluindo ao longos do últimos 50 anos, e tem tido várias discussões ao longo desse tempo, em que cada um escolhe o seu estilo, porque se sente identificado, isso é de respeitar. Mas devem abrir ou não essa regra do estilo clássico versus moderno ou nem por isso?

A discussão promete ser demorada, e no próximo artigo ouviremos um treinador de longboard, um ou vários shapers de longboard,  e talvez dois atletas que já estiveram no circuito mundial, para entendermos mais um pouco desta evolução, e se segue ou não o caminho certo?

The 2023 WSL Longboard Tour schedule! The 2023 Longboard Tour will host four competitions total. So far, the schedule will visit Bells Beach in Australia, El Sunzal in El Salvador, and Malibu in USA. The fourth competition will be announced at a later date. pic.twitter.com/IRaP2iQfyy

— World Surf League (@wsl) October 6, 2022