Seis Nações 2024: os jogadores a ter debaixo de olho

Helena AmorimJaneiro 25, 20243min0

Seis Nações 2024: os jogadores a ter debaixo de olho

Helena AmorimJaneiro 25, 20243min0
Helena Amorim escolheu os jogadores que deves seguir com uma atenção extra nestas Seis Nações 2024 com algumas surpresas pelo caminho

O Seis Nações que se segue a um Mundial é sempre recheado de surpresas; os jogadores estão cansados, lesionados e surgem, normalmente, um conjunto de caras novas a animar o evento, além das normais mexidas nas equipas técnicas. A minha curiosade prende-se com novas e velhas caras mas também com as novas dinâmicas que se irão formar neste Seis Nações 2024, nomeadamente num jogo que já não conta com Sexton, Dupont, Ntamack e Rees-Zammit e com a eterna incógnita na dupla de abertura/centro no caso da Inglaterra.

Duas questões pertinentes se levantam:

  • Como irá funcionar a nova dupla de formação/abertura na França? Fabien Galthié terá à disposição Maxime Lucu e Nolan Le Garrec a formação e Antoine Gibert e Matthieu Jalibert a abertura. Haverá a tentação de colocar os jogadores da mesma equipa juntos: Le Garrec e Gibert do Racing 92 e Lucu e Jalibert do Bordeaux Bégles. Na minha opinião a dupla Le Garrec e Gibert têm feito um bom trabalho no Racing e poderão e deverão ter a titularidade.
  • E depois de Sexton? Jack Crowley deverá ser o titular. O jogador do Munster conta com 9 internacionalizações, mas o jovem de 24 anos tem crescido e desenvolvido muito bem o seu desempenho como abertura.

Além destas questões, há algum interesse em ver os desempenhos de Finn Russell. Este abertura, tem feito desenhos táticos muito interessantes no Bath, com o tempo que passou no Racing a ter-lhe apurado as suas características. Apesar dos seus 31 nos, poderá ser um elemento decisivo para uma oportunidade que a Escócia terá aqui, com Gales em eterna remodelação, com a Inglaterra a subir de rendimento mas longe do seu melhor e com a França lesada no seu orgulho, pelo resultado menos conseguido no Mundial e com a Irlanda a testar-se na era pós-Sexton.

A equipa capitaneada por Gregory Alldritt, terá em Emmmanuel Meafou, o segunda linha do Toulouse, um centro de curiosidade, na media em que tem sido muito destacado pelas suas exibições. De Damian Penaud, esperam-se muitos ensaios e muitas disrupções e quebras da linha de vantagem. Louis Bielle-Biarrey é a nova “coqueluche” e de certeza que também irá mobilizar a nossa atenção com o seu recorte técnico e a sua velocidade.

Do lado Galês, o capitão Dafydd Jenkins enche sempre o olho mas também há curiosidade em ver os desempenhos de Tommy Refell.

Jamie George foi apontado como o novo capitão da Rosa e apesar da excelência do seu trabalho como talonador, há algum interesse em perceber quem vão ser os seus pilares e como esta dinâmica irá funcionar. A selecção comandada por Borthwick tem em Henry Slade, uma aposta certa a segundo centro e Ben Earl será concerteza o oito a seguir; ele conta mais vezes com a camisola 7 nas costas mas as suas características são mais de 8, nomeadamente a sua velocidade e o seu poderio no breackdown; segura bem a bola na mélêe, faz muito bem a ligação entre os avançados e as linhas atrasadas e quando está em modo defensivo é muito efectivo.  Depois de ter representado os sub-16, 18 e 20, foi a estrear nos séniores em 2020 frente à Escócia.

Tem 1043 minutos jogados por Inglaterra, tendo participado em 18 vitórias e 7 derrotas. A percentagem de placagens é de 90% (igual à sua prestação nos Saracens), com 97% de taxa de sucesso nos passes feitos em jogo aberto. Soma ainda 552m, 10 clean breaks e 32 defesas batidos.


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