5ª etapa do World Rugby Sevens Series – Las Vegas
Após um mês de paragem, o Sevens Series voltou para mais dois fins-de-semana seguidos desta entusiasmante e eletrificante variante de rugby.
Realizou- se, de 2 a 4 de Março a quinta etapa do Circuito Mundial de Sevens, em Las Vegas, nos Estados Unidos da América, que é já uma das etapas que movimenta mais adeptos. Como equipa convidada participou o Uruguai.
Dia 1
No primeiro dia realizaram-se duas rondas da fase de grupos.
Logo no primeiro jogo, houve emoção até ao fim! A Argentina começou a controlar bem o jogo na primeira parte e início da segunda, mas a Escócia respondeu depois com dois ensaios seguidos que podiam ter carimbado o empate na partida, não fosse a última conversão falhada.
A segunda surpresa do dia foi novamente obra da Argentina, com a vitória sobre a Nova Zelândia por 19-26, num encontro em que os Pumas estiveram sempre na liderança do marcador.
A última surpresa do dia foi carimbada pelos imprevisíveis Estados Unidos, que super motivados com o fator casa, superaram a Austrália por uns impressionantes 7-28. Perry Baker a marcar logo nos primeiros segundos do jogo e mais tarde a carimbar o bis, em conjunto com Martin Iosefo que também bisou, foram as figuras do jogo.
Dia 2
No quarto jogo do segundo dia, o Quénia venceu as Fiji por 14-17. Num jogo em que os fijianos até começaram a vencer, os quenianos conseguiram responder positivamente, mas só garantiram a vitória por escassos três pontos com um ensaio na bola de jogo.
Com a fase de grupos terminada, era tempo de se fazerem contas, onde os dois primeiros de cada grupo seguiam para a disputa da Cup e os restantes para a Challenge.
Consulte as tabelas em: https://goo.gl/x3xXYc
Nos quartos-de-final da Challenge a França venceu facilmente o Uruguai, a Escócia e o Canadá venceram em jogos mais renhidos com a Rússia e a Espanha, respetivamente, já o País de Gales teve de suar bastante para conseguir ultrapassar a Samoa, vencendo por apenas dois pontos (uma conversão).
Na Cup, como já é habitual, assistem-se a verdadeiras finais antecipadas, isto porque normalmente todas as equipas qualificadas são potenciais finalistas e vencedoras.
As Fiji a perder ao intervalo com a Nova Zelândia por 7-10, conseguiram reverter o marcador na bola de jogo, num jogo extremamente físico.
Os Estados Unidos, com Perry Baker novamente em destaque, venceram por 17-12 à Inglaterra, com três ensaios do velocista que é, hoje em dia, uma séria ameaça aos adversários, não só pela velocidade que detém, mas também pelas skills adquiridas ao longo destes últimos anos.
Pelo mesmo resultado de 17-12, a Argentina venceu o Quénia e a África do Sul no último jogo destes quartos-de-final, despachou a Austrália com maior facilidade.
Dia 3
Para o último dia estavam reservadas as meias-finais e as finais.
Nas meias-finais para o 13º lugar, a Samoa venceu o Uruguai por 12-26, já a Espanha venceu a Rússia por 17-19, num jogo em que esteve a perder ao intervalo por 12-7.
Na luta por um lugar na final da Challenge a França venceu sem margem para dúvidas o País de Gales. O outro lugar viria a ser ocupado pelo Canadá que estava empatado na bola de jogo com a Escócia, mas que com uma destemida penalidade aos postes do experiente Nathan Hirayama conseguiu arrancar a vitória.
Na luta pelas vagas do jogo do quinto lugar, a Nova Zelândia e a Austrália venceram ambos por 5 pontos frente à Inglaterra e ao Quénia, em jogos bastante disputados.
Nas meias-finais da Cup, os Estados Unidos continuavam imparáveis e a não dar hipóteses aos oponentes. As Fiji ainda foram a vencer para o intervalo por 7-0, mas Perry Baker voltou a fazer estragos ao marcar dois ensaios e a deixar os fijianos de olhos trocados.
Para uma final do Las Vegas World Series exclusivamente americana, juntou-se depois Argentina aos Estados Unidos, ao vencer a África do Sul por apenas dois pontos, mostrando mais uma vez a importância da conversão dos ensaios.
Hora de se disputarem as finais, com a Samoa a garantir o 13º lugar da etapa contra uma Espanha sem grande poder de resposta.
A Challenge foi vencida pela França, que ao intervalo impunha já expressivos 19-7 frente ao Canadá. Os Canadianos ainda assustaram os franceses com o empate no marcador, mas estes últimos pegaram novamente no jogo e marcaram o ensaio convertido da vitória.
Na disputa pelo quinto lugar, um eletrizante Nova Zelândia-Austrália. E se já era de se prever um jogo bem disputado e renhido, o próprio jogo veio comprová-lo. A Nova Zelândia acabou por vencer, mas só no prolongamento da partida, depois da Austrália empatar a mesma na bola de jogo.
No Fiji-África do Sul não foi necessário prolongamento, mas foi também uma partida bem disputada de parte a parte, com as Fiji a levarem a melhor e a conquistarem o 3º lugar.
A final foi uma ode ao rugby de sevens por parte dos Estados Unidos, que deixou a Argentina de mão e pés atados. Perry Baker, Danny Barret (2 ensaios) e Carlin Isles marcaram os ensaios da vitória norte-americana que congratularam mais uma vez o apoio do seu público.