Premiership 17ª Jor – em ronda de alterações, Sale e Quins ganham!

Helena AmorimSetembro 1, 20206min0

Premiership 17ª Jor – em ronda de alterações, Sale e Quins ganham!

Helena AmorimSetembro 1, 20206min0
Os Sale Sharks obtiveram uma vitória essencial que lhes garantiu o 2º lugar a 5 jogos do fim da Premiership e Helena Amorim explica como foi possível a exibição dos "tubarões" frente ao Bristol nesta 17ª jornada!

E passadas quatro jornadas, volta tudo à mesma: à 13ª jornada Sale seguia em segundo com 40 pontos e Bristol em terceiro com 38; à 17ª, Sale segue em segundo com 50 pontos e Bristol em terceiro com 48.

O AJ Bell Stadium dos Sale Sharks recebeu os Bristol Bears, na abertura da jornada e naquele que seria o jogo com maior curiosidade.

Pat Lam escalou uma segunda equipa para o embate com os Sharks e estes, com uma primeira meia hora demolidora, aproveitaram a situação. Bis do defesa Luke James, com ensaios dos dois pontas, Yard e Solomona, assim como de Sam James e do “Mini Hercules” Faf de Klerk, com 5 conversões em 6 de AJ McGinty. Os Bears foram tenrinhos de mais para as mandíbulas asfixiantes dos Tubarões. Pelo Bristol, ensaio por Alapati Leiua, numa perspicaz intercepção de passe do Samoano.

Muito bem Manu Tuilagi, Faf e os asas: os Manos Curry, que belíssima exibição: 42 placagens para Tom, 8 para Ben; 7 turnovers para Tom e 5 para Ben!

Sale Sharks vinha de uma série menos boa mas não é de esquecer que são uma equipa extremamente eficaz quando alerta e fisicamente são muito fortes. Os Bears foram claramente ultrapassados mas tem muito que ver com a juventude escalada, a falta de experiência e rodagem e aqui a grande questão é o porquê de Pat Lam fazer uma revolução tão profunda nesta altura e para este jogo em particular.

SAINTS NÃO SUSTERAM A FORÇA DOS QUINS

No embate entre sextos e sétimos, o Northampton deslocou-se a Londres para defrontar os Harlequins. Paul Gustard operou 13 mudanças e uma delas foi colocar Danny Care de início. O início de jogo foi um pouco caótico com erros de parte a parte, mas mesmo assim houve dois ensaios para cada lado: Nathan Earle e Scott Baldwin pelos Quins e Rory Hutchinson e Ryan Olowofela pelos Saints.

A segunda parte foi melhor disputada, com mais fluidez no jogo, com Robshaw a fazer toque de meta aos 46 minutos. Mike Brown com números fantásticos, fez a jogada que levou ao ensaio do Chris Ashton, que também está a fazer jogos de grande qualidade. Voltando aos números de Brown: 61m, 17 carries, 10 passes, 2 placagens, 1 turnover, 6 defesas batidos, 1 clean break e 1 assistência para ensaio! Prova de vida muito importante, esta vitória dos Quins.

No embate entre Exeter e Worcester era esperada uma certa facilidade para os actuais líderes e essa facilidade resultou num 59-7, com 11 ensaios pelos Exeter com poker de Sam Simmonds e hat-trick do segunda linha Jonny Hill. De referir mais um ensaio de Cowan-Dickie, na sua maneira de jogar rápido perto da linha e avançar com tudo. Ensaios de elevada dificuldade técnica de Jake Nowell, mais um de Hogg e ainda Jacques Vermeulen. Worcester respondeu com dois ensaios na segunda parte.

TIGERS DESTROÇADOS POR SUPER ATAQUE DO GLOUCESTER

O Gloucester-Leicester teve como resultado final um 46-30. Começo pelo final porque apesar  de estarmos perante um jogo com 76 pontos, a grande questão continua a ser o facto dos Tigers não se encontrarem de volta a uma forma que esteve de todo afastada deles toda a época. Apesar de ser essa questão que todos colocam, parece que essa é uma não-questão para Steve Borthwick; Steve está em pré-época com os seus Tigers, está a construir uma equipa e está a testar

. Ao colocar Tom Smith, o asa de 21 anos como capitão, ao dar a estreia na Premiership ao abertura Zack Henry (bons pés aliás!), ao escalar uma equipa da formação e com pouca experiência, naturalmente que não está a pensar ganhar a uma equipa oleada e carburada como o Gloucester; quer construir uma equipa. Mas veja-se os números do jovem Ollie Chessum vindo do Nottingham: 24m, 8 carries, 1 turnover, 5 passes, 5 placagens e 6 alinhamentos ganhos; não são números despiciendos para um jovem a jogar com a camisola “6” e tendo apenas 19 anos.

Nesse sentido, os Tigers até tiveram uns bons cinco minutos iniciais e um ou dois bons apontamentos ofensivos na primeira parte com trabalho a ser feito a nível dos alinhamentos, drives e melée. Em duas idas aos 22 dos “Cherries”, vieram de lá com seis pontos…não é mau! Mas não havendo experiência ou líderes, a coisa torna-se complicada e a defesa apresentava buracos que perante uma ligeira aceleração do Gloucester se tornaram em  autênticas charneiras! O Gloucester apresentou bom handling, boa corrida, boas linhas, experiência e excelentes jogadores como Twelvetrees que faz sempre muita mossa a primeiro centro, um Cipriani a fazer jogar muito e Jonny May , um ás dos ares e um jogador com a calma necessária para ser uma referência na defesa.

De mencionar o poker do ponta direito do Gloucester, Ollie Thorley, que está numa forma verdadeiramente invejável e dentro da marca dos 30 minutos da primeira parte, fez estes quatro toques de meta. Na segunda parte, o Leicester recompôs-se um pouco mais conseguindo dois ensaios mas a retirar daqui, está o espírito de união que conseguiram reunir para a segunda parte.

SARACENS CONQUISTAM MAIS UMA BOA VITÓRIA

Os Saracens visitaram os London Irish no Twickenham Stoop e venceram com relativa facilidade por 12-40. London Irish conseguiu os seus doze pontos na primeira parte e ficou a zero na segunda. Foi de facto uma primeira parte mais equilibrada com ensaio de Agustin Creevy na estreia pelos Exilados. Rapidamente, no entanto, a máquina de performance de poder que é a equipa dos Saracens se pôs me andamento com muita precisão e sentido clínico nas suas investidas à área de 22 adversária. Três ensaios por dois homens da primeira linha Jamie George e Richard Barrington diz muito da composição dos ensaios: alinhamento, driving maul e toque de meta.

Billy Vunipola teve uma exibição de encher o olho como também já não se vi há muito tempo.

No último jogo da jornada, um importante embate entre Bath e Wasps, quarto e quinto com 44 e 43 pontos, respectivamente. Um empate a treze ao intervalo representou o equilíbrio entre as equipas que se manteve também no segundo tempo.

McConnachie aproveitou um erro dos Wasps para fazer um ensaio na ponta logo no primeiro minuto de jogo. Os Wasps endiabrados com boas decisões e boa ligação entre formação e abertura, fazem um ensaio vistoso por Jacob Umaga aos 26 minutos. Na segunda parte o pilar Tom West finaliza mais uma jogada recheada de fantasia e força dos wasps (56 minutos) para dez minutos depois o Bath marcar através de Jack Walker que substituira o talonador Tom Dunn.

Aos 76 minutos, Sam Underhill previne um ensaio certo dos homens de amarelo e leva por sua vez amarelo, com ensaio de penalidade a ser marcado, permitindo mesmo na ponta final do jogo a superioridade pontual dos Wasps.

Jack Willis, o asa dos Wasps e Dan Robson, o formação, foram jogadores muito inspirados.

A grande exibição dos Sale vs Bristol


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