Escola de Rugby do Porto – 15 anos de história
A História e o fundador
A história da Escola de Rugby do Porto (ERP) começou a ser escrita no ano 2004 de pelas mãos de José Luís Vareta. Fundador icónico da ERP, José Luís Vareta está ligado ao rugby há mais de 45 anos, entre carreiras como jogador, treinador e árbitro. É sem dúvida um homem que respira e vive rugby e tem sido essa dedicação e paixão pela modalidade que tem feito crescer a ERP. Sempre focada nos escalões de formação, tem uma intervenção directa no desenvolvimento de jovens jogadores que já participam nas divisões seniores e inclusivé na esfera das Selecções Nacionais. É portanto inegável, o valor do trabalho que tanto a escola como o seu corpo técnico têm colocado à disposição do Rugby Nacional.
Os desafios do crescimento
Com o sucesso e desenvolvimento da ERP vieram os desafios inerentes a esse crescimento. O aumento do número de atletas e de escalões em que participam as suas equipas exigem um espaço maior e adequado para o natural desenvolvimento desses atletas. A indisponibilidade de infraestruturas na cidade não é apenas um desafio para a ERP mas para todos os clubes que pretendem (de forma sustentada) crescer! Assim, entre alternância de espaços de treino e menor espaço por escalão, a ERP tem conseguido manter o seu objectivo fundamental, formar pessoas pelo Rugby.
A ERP tem como objectivo participar em todos os escalões de formação e se possível vir a ter uma equipa sénior autónoma na próxima época. Se for possível, tentarão formar uma equipa mais jovem na Challenge, em parceria com os outros clubes da cidade uma vez que seria fantástico existirem pelo menos duas equipas no Porto, sempre num conceito de viveiro e formação de atletas.
O Director da ERP, José Guimarães, afirma: “Obviamente, que é uma ambição e uma necessidade da Cidade, haver mais equipas nos escalões superiores das competições nacionais de Rugby. Contudo e que para que tal aconteça é fundamental que a Cidade encare o Rugby de outra forma disponibilizando espaços condignos para a sua pratica.
Além da questão dos campos, o Rugby também necessita de financiamento, sendo para isso necessário o apoio das forças vivas da Cidade: Câmara Municipal do Porto, Juntas de Freguesia e toda a teia de Empresas que poderão ajudar no financiamento do crescimento da modalidade, como se verifica em Lisboa.
Ao longo destes anos temos tido enormes dificuldades, em crescer pois temos de treinar em 2 campos, o que nos dificulta enormemente a logística, principalmente nos escalões mais jovens e posteriormente a fixação dos atletas nos escalões superiores.
Obviamente, que há uma certa expectativa de todos com as promessas de mais envolvimento da FPR neste processo, bem como a existência de uma voz na direcção que representa o Norte, o Luís Sarmento– Vice presidente da FPR, que conhece bem os nossos problemas.”
A parceria APJR/CDUP
A Associação Prazer de Jogar Rugby surgiu no sentido de dar a jogadores seniores a possibilidade de continuar a jogar Rugby a nível sénior. Depois de um interregno de 4 anos, a Associação volta às actividades em finais de 2015, desta feita através de uma parceria com o CDUP Rugby. Esta parceria visa colmatar uma lacuna notada por muitos que era o facto de haver bastantes jogadores com vontade de jogar rugby sénior mas que por falta de oportunidade para tal, acabavam por desistir, uma vez que a alternativa seria jogar pelo Clube de Rugby de Famalicão ou pelo Braga Rugby. Assim sendo, e no modelo de clube satélite, a APJR e o CDUP Rugby estabeleceram uma parceria que tenta, bilateralmente, promover o desenvolvimento dos seus jogadores e do Rugby na cidade como um todo.
Parceria que se tem revelado de sucesso, uma vez que muitos ex-jogadores regressaram aos relvados e têm elevado o nível do Rugby. De realçar a importância dos treinadores que têm contribuído para o projeto como Jaime Rocha, Francisco Fragateiro, Bernardo Marques, entre outros. Um dos principais dinamizadores e impulsionadores da parceria é Diogo Reis que inclusivamente jogou vários jogos pela equipa Challenge do CDUP. É sem dúvida um modelo que beneficia ambas as partes, não só pela permuta de jogadores em alguns jogos, mas pelas sinergias criadas à volta dos dois clubes em termos de patrocínios e apoios que muito promovem a modalidade.
A inclusão como ponto central
A ERP propõe-se, através do Rugby, a promover a inclusão social de jovens da cidade do Porto. Apesar dos desafios que o clube enfrenta, estes não o têm impedido de cumprir com os objectivos traçados. Para além disso, a inclusão dos pais nas actividades do clube é não só importante, como fundamental para o sucesso da ERP, nesta sua missão social: “Fazer de Gente pequena, Grandes Homens no Futuro!”. Nas palavras de José Guimarães, director da ERP: “É de enaltecer a cumplicidade dos pais que, inclusive, tiveram o cuidado de oferecer chuteiras novas a estes miúdos”.
José Guimarães acrescenta: “Como todos os clubes do Porto, a ERP pretende alargar a base de captação a toda a Cidade e cidades vizinhas como Vila Nova de Gaia e Maia. Neste processo há que ter a certeza que caso haja sucesso na atracção de novos atletas, estes têm onde treinar ou jogar.” Refere ainda que “no próprio Porto, o Rugby tem espaço para crescer sendo fundamental que haja mais eventos ligados à modalidade, como jogos e treinos das Selecções Nacionais para que a modalidade tenha visibilidade. Lembro que o Norte é onde o Rugby pode crescer, pois tem cerca de 40% da população jovem entre os 4 e os 18 anos.”
A atitude construtiva em relação ao conceito de parceria entre clubes tem tido iniciativa da ERP, como a constituição de equipas mistas entre CDUP, Sport Rugby, Braga, Famalicão e Cercar-te. “A nossa visão é que um atleta de Rugby está em formação até aos Sub 20, pelo que até lá, há que lhe dar espaço para se revelar, e tal só acontece com a pratica”.
“Aliás foi essa máxima, que nos levou a promover o Torneio do Viso há seis anos atrás, em que de 15 em 15 dias as equipas do Norte de Sub 14 e Sub 16 jogavam Rugby de XIII, numa uma lógica de formação.”
A formação de atletas
No que respeita aos atletas, a ERP tem sido um bom viveiro de atletas para os Clubes Nacionais principalmente o CDUP e GD Direito, bem como para as próprias selecções Nacionais e Regionais:
Jogadores como Zé Maria, Afonso e Francisco Vareta, Nuno Sousa Guedes, João Lima, João Mota (sub 16/18), Dinis Mota ( sub 16) e Diogo Guimarães (selecção regional e Nacional sub 16, 18 e 20) são alguns deles.
Onde a ERP sobressai é na formação de jogadores das linhas atrasadas, porque apesar de tudo é mais simples o trabalho, no que respeita aos espaços de treino disponíveis.
Neste momento têm cerca de 35 ex-atletas espalhados pelas diversas equipas principais senior e Challenge.
Como jogar na ERP?
Sub 8 e sub 10: Campo dos Choupos, segundas e quartas das 18:00h às 19:00h.
Sub 12 e sub 14: Campo do Viso, segundas e quartas das 19:00h às 20:00h.
Sub 16: Campo do Viso, segundas e quartas das 20:00h às 21:30h.
Seniores: Parque desportivo de Ramalde (Inatel) segundas das 21:30h e Campo da Pasteleira quartas às 22:00h.
Vem jogar na ERP!