3 destaques da 1ª ronda das Men’s Seis Nações 2025
Aí está o Seis Nações 2025, a competição de excelência das Selecções do hemisfério Norte! Na sexta-feira, Gales conseguiu aparecer durante os primeiros 20 minutos de jogo mas acabou por ser vexada por 43-0 no Stade de France.
Já no sábado, a Escócia impôs o seu sentido de jogo a uma Itália em aquecimento, ficando o resultado em 31-19 e finalmente no Irlanda-Inglaterra, tivemos a primeira parte da Inglaterra e a segunda parte de uma super-super Irlanda, quedando-se o resultado em 27-22.
Deixo aqui alguns destaques desta primeira jornada!
O trio demolidor: Dupont, Attissogbe e Bielle-Biarrey
Com o regresso de alguns jogadores com mais experiência, esperava-se um pouco mais desta Gales: deu-nos vinte minutos de assertividade mas sem beliscar o marcador. A partir do primeiro ensaio francês nunca mais se viram os Dragões vermelhos!
Dupont está com uma aura de invencibilidade, com um poder mágico em cada bola que toca, verdadeiramente fora de série. A sua superior leitura de jogo, faz de Dupont, o melhor Médio de Formação da actualidade, sem sombra para dúvidas. Ele descobre jogadores, descobre buracos, escolhe se vai jogar à mão ou ao pé com uma precisão de eexecução impressionante e acima de tudo, parece fazer com que os seus colegas de equipa encontrem as suas melhores versões, como um verdadeiro líder.
Attissogbe e Bielle-Biarrey fizeram bis cada um, com uma disponibilidade física e um sentido endiabrado que já naturalmente exibem nos seus respetivos clubes, o Pau e o Bordeaux-Bègles.
Uma nota menos positiva para Ntamack que a dez minuto do fim e com a história do jogo já feita, é de uma imprudência atroz, ao mandar o ombro para a cara do oponente, o que lhe granjeou um amarelo que teve upgrade para vermelho, podendo estar ausente dos próximos dois jogos do 6 nações.
Huw Jones, um segundo centro a fazer um hat-trick!
Em Murrayfield, o regresso de Jonny Gray fez-se notar na combatividade nos rucks (Escócia teve 123 rucks ganhos contra 73 da Itália) e na performance de alinhamentos. O talonador Dave Cherry mostrou uma clarividência e frescura que não fizeram lembrar os seus 34 anos de idade; muito activo e eficaz naquilo que são as suas responsabilidades no jogo. Darcy Graham e Blair Kinghorn, não sabem jogar mal, com o primeiro a responder muito bem, sempre que solicitado na ponta direita.
A dupla de centros Stafford McDowall e Huw Jones funcionou muito bem com este último a fazer um hat-trick. Huw Jones estreou-se pela selecção do Cardo em 2016 e conta com 31 anos de idade, sendo aquele centro que não dá muitos nas vistas mas faz um trabalho fenomenal em termos de leitura de jogo e de disponibilidade física para o ataque.
🎥 Scotland scores a simply stunning team try, Huw Jones dots it down 😍💙#guinnessm6n pic.twitter.com/Yl2fEYw9y5
— Guinness Men's Six Nations (@SixNationsRugby) February 1, 2025
Curry: Ben e Tom demolidores mas só durante 40 minutos e deixem o Prendergast jogar!
A Inglaterra de Steve Borthwick mostrou uma primeira parte de elevado nível, principalmente defensivo. Há melhorias, há alterações táticas e acima de tudo, uma intensidade defensiva que promoveu muitos erros por parte dos Irlandeses. Ao intervalo algo aconteceu: a Inglaterra entrou fisicamente exausta enquanto que a Irlanda entrou insuflada de energia. Simon Easterby operou uma série de substituições clínicas e bem conseguidas e a segunda parte foi toda do Trevo.
As entradas de Dan Sheehan e Jack Conan aos 49 minutos, mudaram a face do jogo. Dan Sheehan recuperou de um rutura de ligamentos cruzados anteriores num espantoso tempo de 5 meses e entrou como se nunca tivesse sido afectado por tal lesão, numa demonstração de vigor, que ajudou a abanar a estrutura Inglesa.
O banco Irlandês tinha cerca de 500 internacionalizações nos seus jogadores e o banco Inglês cerca de 80, o que já mostra o pendor de experiência que uma segunda parte trouxe com as mexidas inevitáveis. Sam Prendergast foi rendido aos 58 minutos por Jack Crowley e apesar de uma maior experiência no controlo de jogo por parte de Crowley, é preciso não esquecer que Prendergast está na sua 4ª internacionalização e sinceramente, apesar de não ter sido exuberante, cumpriu. E num jogo destes, com elevados níveis competitivos e a pressão que é estar lá dentro, não posso ficar mal impressionada com a prestação do abertura do Leinster. Há aqui futuro, o que é um factor muito importante, numa equipa que acumula experiência ao mesmo tempo que acumula um nível de idades já muito generoso.
Na próxima jornada, há um Le Cruch e a Escócia vai-se medir com a Irlanda, naquela que será uma jornada definidora das verdadeiras possibilidades destas quatro equipas disputarem o título do 6 Nações.
⌚️ James Lowe with the perfect offload to Dan Sheehan to score the bonus point try for Ireland in their victory over England 🤩 #Breitling #DefiningMoment @Breitling pic.twitter.com/XCSqSKgszY
— Guinness Men's Six Nations (@SixNationsRugby) February 1, 2025