PLL: Previsões para cada plantel da Premier Lacrosse League (Parte 2)
Chrome
Os Chrome tiveram uma época infernal em 2019. Sendo uma das equipas da PLL com maior potencial, foi uma enorme surpresa quando esta terminou a época com duas vitórias e oito derrotas, o pior resultado da liga. Apesar do seu recorde, a equipa foi um dos planteis mais competitivos da liga. Se olharmos para grande parte das derrotas dos Chrome no ano passado, podemos encontrar um padrão: derrotas em prolongamento ou por poucos pontos de diferença. Quatro das oito derrotas da equipa surgiram com uma diferença de um golo, duas com a diferença de dois pontos, um com a diferença de três e um (o último da época) com uma diferença de onze pontos. Por outro lado, as suas duas únicas vitórias surgem com uma diferença de oito e quatro pontos, incluindo um triunfo contra os eventuais campeões Whipsnakes.
Então, de que se deve esta falta de vitórias? Podemos espalhar as culpas um pouco por todo lado, mas talvez o alvo mais merecedor será a defesa. A defesa dos Chrome sofreu 137 pontos em 2019, o pior resultado da liga. Este ano, vemos um plantel dos Chrome com uma defesa melhorada. Através do Draft, a equipa adicionou Jesse Bernhardt, um dos melhores defesas vindos da liga rival, Major League Lacrosse (MLL). Bernhardt torna-se no líder que a defesa dos Chrome precisa neste momento e traz consigo a esperança de uma defesa superior. Donny Moss chega aos Chrome já com experiência no sistema do novo treinador Tim Soudan e torna-se num dos midfielders com maior potencial da PLL pela sua versatilidade.
No ataque, os Chrome adicionam Matt Gaudet através de uma troca com os Chaos, depois deste ter sido escolhido na quinta posição do Draft de 2020. Gaudet jogou no passado com Justin Guterding, uma das grandes estrelas do ataque dos Chrome. No ano passado, a combinação de Guterding e Jordan Wolf transformou o ataque dos Chrome num dos melhores da PLL, sendo a unidade com mais golos marcados na competição. Se o ataque já era um dos mais dominantes, agora com a ajuda de Gaudet podemos esperar ainda mais sucesso deste grupo.
Falando do treinador, Tim Soudan iniciou a sua carreira como treinador em 2011 com os Rochester Rattlers da MLL, onde treino o plantel até 2017. Durante o seu tempo com os Rattlers, Soudan levou a equipa duas vezes à final e conquistou o prémio de melhor treinador da liga em 2014. Este é o nível de potencial que os renovados Chrome têm em 2020. Com uma defesa melhorada e um ataque e midfield ainda mais reforçado, o céu é o limite para os Chrome.
Archers
Em 2019, os Archers tiveram uma temporada mediana com cinco vitórias e cinco derrotas que lhes permitiu chegar aos playoffs em terceiro lugar. À semelhança dos Chrome, as derrotas dos Archers ocorreram por um golo de diferença, muitas vezes em prolongamento.
No midfield, os Archers têm uma das maiores estrelas da liga, Tom Schreiber. Schreiber tem consistentemente acumulado números e recordes impressionantes. Se existe um midfielder de referência na PLL é Tom Schreiber. Depois de perderem Ben McIntosh e Dan Eipp para os Waterdogs, a equipa adicionou Christian Mazzone através do Entry Draft. Mazzone chega aos Archers, depois de ter garantido um lugar no top 5 da sua posição na rival MLL no ano passado. Tendo perdido tanto talento na unidade, será interessante ver o progresso do midfield dos Archers este ano.
No ano passado, os Archers foram a defesa que permitiu menos golos. Com dois defesas dominantes e agressivos como Scott Ratliff e Matt McMahon, seria difícil que isto não acontecesse. A unidade mantém-se praticamente igual ao ano passado, tendo ainda adicionado Eli Gobrecht, que se encaixa perfeitamente ao lado de Ratliff e McMahon. De mencionar o duo de guarda-redes Drew Adams e Adam Ghitelman, que tiveram performances fenomenais na passada temporada. Com poucas mudanças neste grupo e com uma adição de elite, será de esperar que os Archers continuem a ter uma das melhores equipas defensivas da liga.
Os Archers conquistaram o torneio pela primeira escolha do Draft universitário de 2020 e com esta vantagem selecionaram o atacante Grant Ament. Ament tem o talento para ser o rookie do ano e, numa unidade tão dominante, o seu sucesso é esperado. Os Archers têm um dos melhores ataques da PLL. Ao lado do novato Ament, os Archers têm um dos atletas mais versáteis da liga (Marcus Holman) e um goleador de elite que já é uma estrela da PLL (Will Manny). O potencial deste grupo é impossível de negar e parece improvável que esta unidade não atinja as expectativas.
Chaos
Os Chaos terminaram a temporada regular em primeiro lugar com sete vitórias e três derrotas, já nos playoffs vimos uma equipa totalmente diferente. Durante a época, os Chaos foram uma das equipas mais explosivas, com um jogo rápido influenciado pela versão box da modalidade. No entanto, no final da temporada a equipa parecia ter perdido o ritmo, marcando menos golos e tendo um impacto menor contra as defesas oponentes.
O ataque dos Chaos foi reconhecido no ano passado pela sua intensidade e golos marcados à distância (valendo dois pontos). Esta unidade não sofreu grandes mudanças e não esperamos ver muita diferença num dos grupos mais eficientes da competição. Encabeçado por Connor Fields, Miles Thompson e Josh Byrne, os Chaos trouxeram a dinâmica de jogo do box lacrosse para os relvados. Após um final de temporada mal conseguido, será de esperar que o grupo volte à sua melhor forma.
As maiores mudanças no plantel dos Chaos surgem no midfield. Brodie Merrill e Kyle McClancy foram selecionados pelos Waterdogs no Expansion Draft. Myles Jones foi transferido para os Redwoods, numa troca que lhes permitiu adicionar Sergio Salcido. Salcido deverá contribuir para o jogo de transição dos Chaos, focando-se em criar novas oportunidades para os seus colegas de equipa.
A perda do midfielder Brodie Merrill poderá trazer repercussões para a defesa da equipa, mas a contratação de Jason Noble (outro jogador de box lacrosse) deverá cobrir o vazio deixado por Merrill. A defesa dos Chaos continua a ter Jarrod Neumann, Troy Reh e Jack Rowlett. Neumann foi considerado o melhor defesa da PLL no ano passado e, apesar de muita controvérsia, foi um prémio totalmente merecido. O defesa deve agora tomar conta do comando do grupo, agora que Merrill está a liderar os Waterdogs. Na baliza, os Chaos têm o melhor guarda-redes da liga, Blaze Riordan, e draftaram Dillon Ward, um dos melhores guarda-redes do mundo. O grupo de guarda-redes dos Chaos é facilmente o melhor da PLL.
Whipsnakes
Chegamos finalmente aos campeões de 2019. Os Whipsnakes terminaram a época regular em segundo lugar com seis vitórias e quatro derrotas. Nos playoffs, a equipa surpreendeu e garantiu o primeiro campeonato da história da competição. Devido ao seu talento, os Whipsnakes foram uma das equipas que mais sofreram com o Expansion Draft.
No ataque e no midfield, os Whipsnakes perderam Ryan Drenner, Drew Snider, Ben Reeves e Connor Kelly. Todos estes jogadores tinham importância no jogo de transição da equipa, mas os Whipsnakes continuam a ter um dos plantéis mais recheados de talento. No midfield, a equipa adicionou TJ Comizio e Max Tuttle. Ambos são atletas com talento para ajudar a manter esta unidade, liderada por Michael Ehrhardt, versátil e dominante no jogo de transição.
No ataque, os Whipsnakes continuam a ter o MVP Matt Rambo. Rambo é um dos melhores jogadores que alguma vez pegaram num stick e a sua liderança deverá garantir que o ataque dos Whipsnakes continua a ser um dos mais consistentes. Jay Carlson, Dylan Maltz e o recém-contratado Zed Williams deverão manter esta unidade num nível digno de um campeão.
A defesa dos Whipsnakes é a melhor da liga, não existe grande debate quanto a isso. Este é o grupo que garantiu a longa jornada do plantel até à grande final. Os Whipsnakes têm uma unidade quase sem falhar que coloca o sucesso da equipa à frente de qualquer sucesso individual. Por esse motivo, a equipa tentou proteger este grupo ao máximo no Expansion Draft. Acreditamos que os Whipsnakes continuarão a dominar a PLL com a ajuda de Bryce Young, Matt Dunn, Tim Muller e Kyle Bernlohr.